Книга: Desenvolvimento web com PHP e MySQL



Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

© Casa do Código

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rização prévia por escrito da editora, sejam quais forem os meios: fotográficos,

eletrônicos, mecânicos, gravação ou quaisquer outros.

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Livros para o programador

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04101-300 – Vila Mariana – São Paulo – SP – Brasil

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Agradecimentos

A vida não é uma sequência de acontecimentos aleatórios. Muita coisa teve que acon-

tecer em uma certa ordem para que este livro fosse possível, desde uma longínqua

oportunidade de fazer o primeiro curso de informática, passando por curso técnico,

faculdade, grupos de estudo, palestras, até a chance de trabalhar com pessoas que

me fizeram evoluir. Por isso agradeço a Deus por ter me dado as ferramentas e o

discernimento necessários para encontrar os caminhos que me trouxeram até este

livro.

Este livro não seria uma realidade sem o apoio da minha amada esposa Cássia

Luz. Quando eu falei para ela da oportunidade de escrever um livro, ela disse você

tem que escrever um livro! e isso me motivou bastante a encarar essa tarefa tão

difícil. Obrigado, Cassinha! (E obrigado também pela ideia da ilustração da capa,

ficou demais!)

Agradeço também aos meus pais, Silvana e Evaldo, meus irmãos, Jenner e An-

tonio Paulo, e à sra. Creuza e ao sr. Mário, tios da Cássia, que me desculparam por

não comparecer aos almoços e jantares em família porque estava escrevendo só mais

um pedaço do livro.

Na verdade, eu sempre quis escrever um livro sobre programação e até cheguei

começar alguns rascunhos, mas acabei deixando todos de lado. Até que um dia o

Caio Ribeiro Pereira, que estava terminando seu livro de Node.js, me perguntou se

eu não queria escrever um livro de Python e me apresentou ao Paulo Silveira da

Caelum/Casa do Código. Depois disso trocamos alguns e-mails e comecei a escrever

este livro de PHP e MySQL, finalmente colocando no “papel” o que pensei em fazer

por muito tempo. Obrigado, Caio! E obrigado, Paulo!

Agradeço também aos meus alunos da Unimonte que pacientemente aguarda-

ram os quase seis meses de escrita deste livro. Não falei para vocês que eu terminaria

logo?

Obrigado também ao pessoal que leu alguns rascunhos e me deu ideias do que

i

Casa do Código

poderia ser abordado.

Não posso esquecer do pessoal do GCCSD que foi bastante incentivador quando

eu ainda dava passos pequenos em TI.

ii

Casa do Código

Sobre o autor

Evaldo Junior Bento trabalha com TI desde 2004. É desenvolvedor web com foco

em boas práticas e padrões de desenvolvimento utilizando PHP como sua principal

linguagem desde 2008. É professor universitário, ministrando disciplinas relaciona-

das a desenvolvimento de software e também palestrante em eventos relacionados a

software livre e desenvolvimento de software. Possui formação em Processamento

de Dados pela Fatec e Pós Graduação em Gestão Estratégica de TI. Mantém um blog

sobre desenvolvimento e tecnologia em http://evaldojunior.com.br/blog/ e projetos

open source no GitHub em https://github.com/InFog.

iii

Casa do Código

Prefácio

Muita gente que pensa em Web lembra logo de HTML, CSS e JavaScript. Claro,

são as linguagens fundamentais dos navegadores. Mas elas só contam metade da

história. Muita coisa precisa acontecer do outro lado da conexão, nos servidores. E,

se você quer programar seriamente na Web, vai precisar dominar uma linguagem de

programação que rode no servidor.

Nesse cenário, o PHP é a melhor escolha se você quer evoluir suas páginas es-

táticas HTML para páginas dinâmicas e sistemas complexos. Há muitas opções de

linguagens de programação e de bancos de dados, mas a dupla PHP e MySQL é das

mais importantes no mercado Web atual, com aplicações em sites de conteúdo, co-

mércio eletrônico e até sistemas grandes como Facebook.

Esse livro é obrigatório para quem quer começar com PHP e MySQL. O Evaldo

é um excelente autor com grande experiência, e conseguiu chegar em um livro fácil

de ler e acompanhar, com uma escrita dinâmica e vibrante. Segue o modelo de livros

objetivos da Casa do Código e fará você entrar nesse mercado rapidamente e com

bastante conhecimento.

Uma boa leitura, bons estudos e bem-vindo ao imenso e importante mundo do

PHP.

Sérgio Lopes

— Instrutor e desenvolvedor na Caelum, autor do livro “A Web Mobile” também

da editora Casa do Código

http://sergiolopes.org

v

Casa do Código

Sumário

Sumário

1

Introdução

1

1.1

Ganhando a web 2.0 com páginas dinâmicas

. . . . . . . . . . . . . .

1

1.2

O navegador e a exibição de páginas web estáticas . . . . . . . . . . .

2

1.3

E como funciona uma página dinâmica? . . . . . . . . . . . . . . . . .

2

1.4

E onde entra o PHP e o MySQL? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3

1.5

Mas, por que escolher PHP e MySQL? . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3

1.6

O que vou precisar para acompanhar este livro? . . . . . . . . . . . . .

3

1.7

Sobre este livro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4

2

O primeiro programa em PHP

7

2.1

Instalando o PHP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7

2.2

PHP no Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

12

2.3

E vamos ao primeiro programa! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

14

2.4

A minha página está mostrando a hora errada! . . . . . . . . . . . . .

15

2.5

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

16

2.6

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

17

3

Construindo um calendário com PHP

19

3.1

Definindo nosso calendário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

19

3.2

Começando o calendário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

3.3

Usando funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

22

3.4

Entendendo e se entendendo com os erros . . . . . . . . . . . . . . . . 26

3.5

Meu PHP não mostrou os erros! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

27

3.6

Finalizando o calendário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

3.7

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

3.8

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

vii

Sumário

Casa do Código

4

Entrada de dados com formulário

31

4.1

Definindo a lista de tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

31

4.2

O formulário de cadastro de tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

32

4.3

Entrada de dados

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

33

4.4

Pegando os dados da URL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

34

4.5

Sessões no PHP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

39

4.6

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

41

4.7

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

41

5

Tratamento de diferentes campos de formulários

43

5.1

Organizando o código em arquivos separados . . . . . . . . . . . . . . 44

5.2

Adicionando mais informações às tarefas

. . . . . . . . . . . . . . . . 46

5.3

Conclusão do capítulo e do uso de sessões . . . . . . . . . . . . . . . . 50

5.4

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

51

5.5

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

51

6

Acessando e usando um banco de dados

53

6.1

O banco de dados MySQL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

54

6.2

Instalando o MySQL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

54

6.3

PHPMyAdmin, administrando o banco de dados . . . . . . . . . . . .

55

6.4

Criando o banco de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

57

6.5

Criando a tabela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

58

6.6

Cadastrando e lendo os dados de uma tabela . . . . . . . . . . . . . .

61

6.7

Filtrando os resultados do SELECT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

6.8

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

63

6.9

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

63

7

Integrando PHP com MySQL

65

7.1

PHP e MySQL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

65

7.2

Conectando ao MySQL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

7.3

Buscando dados no banco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

7.4

Cadastrando as tarefas no banco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

72

7.5

Cadastrando o prazo das atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

77

7.6

Marcando uma tarefa como concluída . . . . . . . . . . . . . . . . . .

81

7.7

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

7.8

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

viii

Casa do Código

Sumário

8

Edição e remoção de registros

85

8.1

Edição de tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

85

8.2

Remoção de tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98

8.3

Evitando o problema com a atualização de página

. . . . . . . . . . . 100

8.4

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101

8.5

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

9

Validação de formulários

103

9.1

Validação na lista de tarefas

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

9.2

Entrada de dados usando POST . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104

9.3

Validando o nome da tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106

9.4

Adicionando o aviso de erro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110

9.5

Validando a data digitada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114

9.6

Expressões regulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

9.7

Validando o formulário de edição de tarefas . . . . . . . . . . . . . . . 121

9.8

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124

9.9

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

10 Upload de arquivos

127

10.1

Anexos para a lista de tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

10.2 Mudanças no banco de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

10.3 Página com os detalhes das tarefas

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130

10.4 O formulário para cadastrar anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132

10.5 Recebendo arquivos pelo PHP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134

10.6 Gravando os dados do anexo no banco dados . . . . . . . . . . . . . . 138

10.7 Exibindo os anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139

10.8 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142

10.9 Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142

11 Lembretes de tarefas por e-mail

143

11.1

Definindo o e-mail de aviso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143

11.2

Unificando a configuração da aplicação com constantes . . . . . . . . 145

11.3

Adicionando a opção de aviso por e-mail . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

11.4

A função enviar_email() . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

11.5

Escrevendo o corpo do e-mail usando um arquivo com o template . . 151

ix

Sumário

Casa do Código

11.6

Instalando uma biblioteca para enviar e-mails . . . . . . . . . . . . . . 154

11.7

Finalizando a função enviar_email() . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

11.8

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

11.9

Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

12 Hospedagem de aplicações PHP

161

12.1

Sua aplicação para o mundo! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161

12.2 Escolhendo um servidor para hospedagem

. . . . . . . . . . . . . . . 162

12.3

Hospedagem com a Hostinger . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162

12.4 Criação da conta na Hostinger . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163

12.5

Configurando a aplicação para a Hostinger . . . . . . . . . . . . . . . 170

12.6 Enviando a aplicação para a Hostinger . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170

12.7 Hospedagem no Jelastic da Locaweb . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173

12.8 Criação da conta no Jelastic da Locaweb . . . . . . . . . . . . . . . . . 173

12.9 Configurando a aplicação para o Jelastic . . . . . . . . . . . . . . . . . 179

12.10 Enviando a aplicação para o Jelastic . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180

12.11 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182

12.12 Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182

13 Programando com orientação a objetos

183

13.1

A classe Tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184

13.2

Buscando tarefas dentro da classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185

13.3

Buscando apenas uma tarefa dentro da classe . . . . . . . . . . . . . . 187

13.4 Gravando e editando tarefas dentro da classe . . . . . . . . . . . . . . 189

13.5

Usando o MySQLi orientado a objetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191

13.6 Avançando em orientação a objetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195

13.7

MVC e Frameworks . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195

13.8

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197

13.9 Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197

14 Proteção e ajustes

199

14.1

Protegendo-se contra SQL Injection . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200

14.2 Exibindo campos com aspas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201

14.3 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202

14.4 Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202

x

Casa do Código

Sumário

15 Ao infinito... E além!

203

15.1

Onde posso buscar mais informações? . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203

xi

Capítulo 1

Introdução

1.1

Ganhando a web 2.0 com páginas dinâmicas

Imagine a internet na qual você pode apenas consumir conteúdos, como se fosse um

jornal, uma revista, ou ainda, um programa na televisão. Chato, né? Mas quando

se aprende as linguagens da web, como HTML e CSS, é isso que se aprende, pois

usando apenas HTML podemos montar sites que são como revistas e servem apenas

para leitura, sem permitir interação com os internautas.

O segredo da famosa web 2.0 é a capacidade de interação entre as pessoas e os

serviços online. Mas, para que esta interação seja possível, é necessário que os sites

sejam capazes de receber informações dos internautas e também de exibir conteúdos

personalizados para cada um ou de mudar seu conteúdo automaticamente, sem que

o desenvolvedor precise criar um novo HTML para isso.

Estes dois tipos de sites são chamados de estático e dinâmico, respectivamente.

1.2. O navegador e a exibição de páginas web estáticas

Casa do Código

1.2

O navegador e a exibição de páginas web estáti-

cas

Você já parou para pensar em tudo o que acontece quando você digita um endereço

em seu navegador web? A história toda é mais ou menos assim:

• O navegador vai até o servidor que responde no endereço solicitado e pede a

página solicitada.

• O servidor verifica se o endereço existe e se a página também existe em seu

sistema de arquivos e então retorna o arquivo para o navegador.

• Após receber o arquivo HTML, o navegador começa o trabalho de renderiza-

ção, para exibir a página para o usuário. É neste momento que o navegador

também requisita arquivos de estilos (css), imagens e outros arquivos neces-

sários para a exibição da página.

Quando se desenvolve páginas estáticas, este é basicamente todo o processo ne-

cessário para que o navegador exiba a página para o usuário. Chamamos de estáticas

as páginas web que não mudam seu conteúdo, mesmo em uma nova requisição ao

servidor.

1.3

E como funciona uma página dinâmica?

O processo para páginas dinâmicas é muito parecido com o das páginas estáticas.

A diferença é que a página será processada no servidor antes de ser enviada para

o usuário. Este processamento no servidor é usado para alterar dinamicamente o

conteúdo de uma página, seja ele HTML, CSS, imagens ou outros formatos.

Pense, por exemplo, em um site de um jornal. Em geral, este tipo de site contém

algumas áreas destinadas às notícias de destaque, outras áreas para notícias gerais

e ainda outras áreas para outros fins. Quando o navegador solicita a página para o

servidor, ele irá montar o conteúdo antes de enviar para o navegador. Este conteúdo

pode ser conseguido de algumas fontes, mas a mais comum é um banco de dados,

onde, neste caso, as notícias ficam armazenadas para serem exibidas nas páginas

quando necessário.

2

Casa do Código

Capítulo 1. Introdução

1.4

E onde entra o PHP e o MySQL?

PHP é uma ferramenta que possibilita o pré-processamento de páginas HTML.

Dessa forma, PHP consegue alterar o conteúdo de uma página, antes de enviá-la

para o navegador. Além disso, PHP também permite capturar entradas de dados do

usuário, como formulários e outras formas de interação.

Já o MySQL é o banco de dados no qual guardamos informações em estruturas

no estilo de tabelas, sendo que cada linha da tabela é um novo registro. É em bancos

como o MySQL que os sites de notícias, redes sociais etc., guardam suas informações

para que depois sejam recuperadas e exibidas nas páginas.

A dupla PHP e MySQL se conhece há muitos anos e trabalha bem em equipe.

1.5

Mas, por que escolher PHP e MySQL?

Há alguns dias, ao final de uma aula na faculdade, um aluno veio até mim e per-

guntou por que as empresas escolhem PHP e MySQL para desenvolver seus sites e

até mesmo seus sistemas. Ele me disse que existem linguagens superiores ao PHP e

bancos que são tidos como melhores que o MySQL.

Responder a esta questão não é fácil, pois existem diversos motivos para escolher

esta ou aquela tecnologia. No caso da dupla PHP e MySQL, alguns motivos são:

• PHP nasceu para a web e sua integração com servidores web é simples.

• PHP tem uma curva de aprendizado suave, comparada a outras linguagens.

• PHP e MySQL são tecnologias livres.

• É fácil encontrar serviços de hospedagem que oferecem PHP e MySQL.

• Serviços de hospedagem PHP e MySQL são mais baratos que serviços seme-

lhantes para outras tecnologias.

• MySQL é leve e rápido, mesmo para quantidades razoavelmente grandes de

dados.

1.6

O que vou precisar para acompanhar este livro?

Para desenvolver software são necessárias algumas ferramentas. Neste livro, farei uso

e indicarei apenas ferramentas em software livre, mas você pode usar ferramentas

3

1.7. Sobre este livro

Casa do Código

que já conhece e com as quais se sinta confortável, apenas se certificando de fazer as

devidas adaptações quando necessário.

No geral tudo o que será necessário é um computador com o ambiente WEB com

PHP e MySQL, um bom editor de textos e um navegador WEB para testar as páginas

que serão criadas.

Uma dica importante para quem busca aprender uma nova linguagem de pro-

gramação, ou mesmo a primeira linguagem de programação, é reservar tempo para

estudar e praticar bastante. Se você conseguir separar um certo tempo por dia e re-

almente se dedicar à leitura e prática dos exercícios propostos, rapidamente você se

sentirá mais confortável com PHP e com o ambiente WEB, o que vai lhe dar con-

ceitos gerais para desenvolvimento de páginas dinâmicas até mesmo usando outras

linguagens.

Ou seja, um dos requisitos para o estudo será mesmo o tempo e, quanto mais

tempo você conseguir dedicar aos estudos, mais conseguirá absorver novos conhe-

cimentos e mais rápido conseguirá desenvolver suas aplicações.

1.7

Sobre este livro

A ideia central deste livro é oferecer a oportunidade de o leitor começar a desen-

volver suas primeiras páginas dinâmicas utilizando a linguagem PHP associada ao

banco de dados MySQL. Este livro apresenta uma experiência de aprendizado que

pode (e deve) ser aplicada não somente ao PHP, mas também a quaisquer outras

tecnologias para desenvolvimento de aplicações, sejam elas web ou não. Durante os

capítulos, os exemplos são construídos aos poucos e alguns erros são encorajados,

além de haver algumas reescritas e melhorias em códigos que já funcionam — mas

que podem sofrer por não utilizarem técnicas que simplificam a lógica e garantem

maior facilidade para futuras alterações.

Este livro não é um guia de referência para PHP e MySQL e, assim sendo, não

apresenta listas de funções e bibliotecas disponíveis para estas tecnologias. O foco

aqui é realmente um processo de aprendizado, através da construção gradual de apli-

cações e assimilação dos conceitos.

Estudantes de cursos relacionados a desenvolvimento de sistemas, curiosos estu-

dando programação para web e hobistas podem se beneficiar grandemente do con-

teúdo deste livro. Porém, desenvolvedores mais avançados que desejam apenas um

guia de referência para tirar aquela dúvida sobre uma função ou outra da linguagem

podem não encontrar benefícios nestas páginas.

4

Casa do Código

Capítulo 1. Introdução

Web designers com experiência em HTML e CSS que desejam aprender a desen-

volver para backend também podem se beneficiar bastante do conteúdo deste livro.

Mesmo sendo focado no iniciante, este livro busca trazer conteúdo atualizado

com as práticas mais recentes do PHP e seu ambiente.

Sempre que estiver com alguma dúvida, não deixe de perguntar na lista

de discussão do livro.

Ela está em https://groups.google.com/forum/#!forum/

phpemysqlcasadocodigo.

Os exemplos de código usados neste livro podem ser baixados no GitHub em

https://github.com/InFog/phpmysql

Agora, acomode-se na cadeira e bons estudos!

5

Capítulo 2

O primeiro programa em PHP

Chegou o momento de escrever o nosso primeiro programa em PHP! Para isso, é

necessário ter o PHP e algumas outras ferramentas instaladas no nosso computador.

Ainda não é hora de se preocupar com todas as ferramentas, pois precisamos

realmente apenas do PHP. Mesmo assim iremos instalar um pacotão com pratica-

mente tudo o que precisaremos durante o livro. Apenas não se preocupe com essas

ferramentas agora, tudo bem?

2.1

Instalando o PHP

Uma ótima opção para instalar o PHP é o XAMPP. Este pacote contém tudo o que é

preciso para começar a programar em PHP. Para instalar, acesse o site do XAMPP e

clique na opção XAMPP para Windows, veja na imagem:

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

2.1. Instalando o PHP

Casa do Código

Figura 2.1: Site do XAMPP com link para o XAMPP para Windows

Ah, o site do XAMPP é este aqui: http://www.apachefriends.org/pt_br/xampp.

html.

Na próxima página, clique no link XAMPP logo abaixo do título Download:

8

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 2. O primeiro programa em PHP

Figura 2.2: Opção para Download do XAMPP para Windows

Agora clique no link Instalador, você será direcionado para a página de

download. O arquivo tem cerca de 100MB, aproveite para tomar um café enquanto

baixa:

9

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

2.1. Instalando o PHP

Casa do Código

Figura 2.3: Download do instalador do XAMPP para Windows

Após finalizar o download, abra o instalador e use todas as opções padrão, apenas

clicando em Próximo ou Next até finalizar a instalação.

Depois de instalar, clique em Finalizar ou Finish, deixando a opção de

abrir o painel do XAMPP marcada:

10

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 2. O primeiro programa em PHP

Figura 2.4: Finalizando o a instalação do XAMPP

No painel que abrir, clique no botão start apenas do serviço chamado Apache:

Figura 2.5: Painel do XAMPP, use a opção de iniciar o Apache

O Apache é o servidor web que será responsável por entregar as páginas quando

o navegador solicitar.

Pode ser que seja necessário liberar o Apache no firewall do Windows:

11

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

2.2. PHP no Linux

Casa do Código

Figura 2.6: Liberar o Apache no Firewall do Windows

O XAMPP será instalado na pasta C:\xampp\.

2.2

PHP no Linux

Se você usa Linux, use o gerenciador de pacotes da sua distribuição favorita para

instalar o PHP. É bem fácil usar o apt-get no Debian e no Ubuntu ou o yum nos

derivados do Fedora. Apenas procure pelos pacotes do PHP e do Apache e faça a

instalação.

PHP no Debian/Ubuntu

Para instalar o PHP no Debian/Ubuntu, use o comando abaixo. Isso

irá instalar o PHP, Apache e o MySQL e deixar tudo pronto para usar.

sudo aptitute install php5 php5-mysql apache2

libapache2-mod-php5 mysql-server

12

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 2. O primeiro programa em PHP

PHP no Mac OS X

Usuários do Mac OS X também podem usar o XAMPP, a página para

download fica em http://www.apachefriends.org/en/xampp-macosx.

html

Baixe o pacote DMG e siga as instruções de instalação.

Após a instalação, abra seu navegador e acesse o endereço localhost. Você deverá

ver uma página de boas vindas do XAMPP, ou uma página dizendo que o Apache

está funcionando:

Figura 2.7: Homepage do XAMPP instalado localmente

O que é o localhost?

Acabamos de acessar o endereço localhost através do navegador. Este

é o endereço local do computador — ele corresponde sempre ao próprio

computador. Após instalar o XAMPP, um servidor web também estará

instalado no computador, por isso será possível acessá-lo através do na-

vegador.

13

2.3. E vamos ao primeiro programa!

Casa do Código

2.3

E vamos ao primeiro programa!

Certo, com o XAMPP instalado, é hora de escrever o primeiro programa em PHP!

Abra um editor de textos e digite o seguinte código:

<?php

echo "Hoje é dia " . date('d/m/Y');

Agora, salve o arquivo como C:\xampp\htdocs\programa.php e acesse

através do navegador o endereço localhost/programa.php, você deverá ver

uma página assim:

Hoje é dia 26/05/2013

Onde salvar os arquivos no Linux e no Mac OS X?

Se você usa Debian ou Ubuntu, a pasta para salvar o arquivo é

/var/www. Lembre-se de dar permissão para seu usuário criar arqui-

vos nesta pasta.

Usuários do Mac OS X que instalaram o XAMPP devem salvar os

arquivos em /Applications/XAMPP/htdocs/.

O que é a pasta htdocs do XAMPP?

Esta pasta é a raiz do servidor Apache. É a partir dela que podemos

acessar nossos arquivos dentro do Apache. Por exemplo, um arquivo

chamado pagina.php dentro da pasta htdocs poderá ser acessado

através do endereço localhost/pagina.php.

Agora, se você criar uma pasta nova dentro de htdocs, por exemplo,

a pasta site e dentro dela um arquivo pagina.php, o acesso será feito

através do endereço localhost/site/pagina.php.

É claro que a data exibida no seu navegador será diferente, pois ela será gerada

automaticamente pelo PHP. Vamos alterar um pouco este código, para enxergarmos

melhor as mudanças acontecendo. Altere o arquivo programa.php, colocando o

código a seguir:

14

Casa do Código

Capítulo 2. O primeiro programa em PHP

<?php

echo "Hoje é dia " . date('d/m/Y');

echo " agora são " . date('H:i:s');

Atualize a página no navegador, para isso use a opção de recarregar ou aperte o

botão F5. Percebeu o que aconteceu? Agora ele também exibe a hora, os minutos

e os segundos da hora da requisição. Experimente atualizar a página algumas vezes,

veja que a cada requisição os dados serão alterados. E se você não atualizar mais o

navegador? O que acontece?

NADA!

Isso mesmo, nada acontecerá. Mas, não era para ele continuar atualizando a

hora?

Requisição, processamento e entrega

O que acontece é o seguinte: Quando o navegador pede uma página

nova, ou atualiza uma sendo exibida, acontece uma requisição. O Apa-

che recebe esta requisição e pede para o PHP fazer o processamento. É

nesta hora que o PHP preenche os dados pegando a data e a hora do com-

putador. Depois de processar tudo, o PHP devolve tudo para o Apache,

que entrega para o navegador.

O navegador, então, exibe os dados já processados, e é por isso que a

página não muda mais se uma nova requisição não for feita.

Alias, você sabia que PHP significa PHP Hypertext Preprocessor? Ou,

em português: PHP Pré-processador de Hipertexto, sendo que hiper-

texto é o HTML. Legal, né?

2.4

A minha página está mostrando a hora errada!

A sua página poderá mostrar a hora errada, pois o PHP do XAMPP vem configurado

com o a hora de outro país. Para corrigir isso, basta editar o arquivo de configuração

do PHP dentro da instalação do XAMPP. O arquivo é o php.ini e, no XAMPP, ele

fica em c:\xampp\php\php.ini. Neste arquivo procure pela linha que começa

com date.timezone =. Na minha configuração ele veio assim:

date.timezone = Europe/Berlin

15

2.5. Resumo

Casa do Código

Veja que ele está com o horário de Berlim! Basta alterar para um horário brasi-

leiro. No meu caso, ficou assim:

date.timezone = America/Sao_Paulo

Se você não estiver no horário de São Paulo (Brasília), você poderá pesquisar o

seu timezone na lista de timezones da América que fica neste endereço: http://php.



net/manual/en/timezones.america.php.

Usuários de Debian/Ubuntu vão encontrar o arquivo

php.ini

em

/etc/php5/apache2/php.ini.

Após alterar e salvar o arquivo, será necessário reiniciar o Apache. Use o painel

do XAMPP para parar e iniciar novamente o Apache. Se você usa Debian/Ubuntu,

use o comando sudo service apache2 restart.

Qual editor de textos devo usar?

ATENÇÃO: Não utilize editores como o Word ou o Writer, pois estes

editores gravam várias informações além do texto nos arquivos.

Existem diversos editores de texto que podem ser usados para edi-

tar seus códigos em PHP. No Windows, o mais simples deles é o bloco

de notas, mas existem outras opções. A minha recomendação é o No-

tepad++ um ótimo editor de textos que permite escrever em diversas

linguagens, inclusive PHP e HTML. Se você ainda não usa um editor de

textos para seus códigos, ou está começando agora, eu recomendo usar

o Notepad++.

Para baixar o Notepad++ acesse http://notepad-plus-plus.org/ e cli-

que na opção

Downloads.

Na próxima página, clique no link

Notepad++ Installer. O instalador é simples, basta usar as opções

padrão.

Se você usa Linux, recomendo o Gedit ou o Kate.

2.5

Resumo

O que fizemos até agora é bem simples, mas já nos dá algumas informações impor-

tantes sobre o PHP. Primeiro, você deve ter percebido que um programa em PHP

começa com <?php. É este pequeno trecho que diz a partir daqui, o PHP deverá

processar os códigos.

16

Casa do Código

Capítulo 2. O primeiro programa em PHP

Outra coisa que podemos perceber é que a instrução echo é usada para impri-

mir informações para o navegador.

Este arquivo também nos mostra que, assim como em outras linguagens, em

PHP uma linha de instruções termina com ; (ponto e vírgula).

Um último aprendizado deste arquivo é a função date(), que recebe um for-

mato de data para formatar a data atual do computador. Usamos algumas opções de

formatação como Y para exibir o ano com quatro dígitos e H para exibir a hora no

formato 24 horas.

2.6

Desafios

Ao final de cada capítulo colocarei alguns desafios como forma de praticar o que

foi visto até aquele momento e até forçar um pouco mais. Dessa forma, você pode

pesquisar mais sobre PHP e resolver novos problemas.

Agora que já conseguimos exibir a data e a hora, tente fazer os desafios abaixo:

• Na função date(), experimente mudar o Y para y. O que acontece?

• Você consegue exibir a hora no formato de 12 horas, am e pm?

• E se você tivesse que exibir o dia da semana? Como faria?

• Exiba quantos dias faltam para o próximo sábado. Por exemplo, se hoje for

quarta, então faltam 3 dias para sábado.

• Exiba também o nome do mês atual.

17

Capítulo 3

Construindo um calendário com

PHP

Ok, nosso primeiro programa apenas exibia a data e a hora do processamento reali-

zado pelo PHP. Agora vamos criar uma página que exibe um calendário.

Neste capítulo, conheceremos mais sobre o PHP. Leia com atenção, faça e até

refaça os exercícios. É fundamental para compreender melhor algumas partes do

PHP, então fique de olho nas novidades que serão apresentadas.

3.1

Definindo nosso calendário

Nossa página exibirá um calendário, usaremos tabelas HTML que serão montadas

pelo PHP a cada nova requisição, dessa forma teremos sempre o calendário gerado

pelo PHP, sem ter que criar a página manualmente.

Como estão seus conhecimentos HTML? Hora de desenferrujar e praticar, mas

usaremos PHP para escrever uma parte do nosso HTML.

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

3.2. Começando o calendário

Casa do Código

Ao final desde capítulo, você terá desenvolvido um programa PHP que vai gerar

um calendário parecido com o abaixo:

Figura 3.1: Exemplo de como ficará o calendário

Perceba que o calendário é apenas uma tabela HTML. Aliás, repare também que

você poderá adicionar esta tabela em outros programas em PHP que você esteja de-

senvolvendo! Isso é bem legal, seu primeiro componente PHP.

Vamos em frente. Neste capítulo você também aprenderá novos comandos e

conceitos do PHP.

3.2

Começando o calendário

Vamos começar definindo a primeira parte do calendário, crie um novo arquivo cha-

mado calendario.php e salve em c:\xampp\htdocs. Lembre-se que um ar-

quivo salvo nesta pasta poderá ser acessado usando o localhost através do nave-

gador.

Pois bem, vamos ao código:

<table border="1">

<tr>

<th>Dom</th>

<th>Seg</th>

<th>Ter</th>

<th>Qua</th>

<th>Qui</th>

<th>Sex</th>

<th>Sáb</th>

20

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 3. Construindo um calendário com PHP

</tr>

</table>

Pronto, bem simples. Acesse o endereço localhost/calendario.php e

você verá uma saída parecida com esta:

Figura 3.2: Cabeçalho do calendário

Mas, espera um pouco. Isso é HTML! Não iríamos escrever PHP? Este é mais um

atributo interessante do PHP: Podemos escrever HTML dentro de arquivos PHP.

Veja este outro exemplo de integração de HTML e PHP:

<h1><?php echo "Título dentro do H1"; ?> </h1>

Perceba que o conteúdo da tag h1 é Título dentro do H1 e este conteúdo foi

adicionado usando o echo do PHP. Note também que iniciamos o PHP com <?php,

assim como da outra vez, mas desta vez também fechamos o PHP com ?>. Após o

?>, podemos voltar a colocar HTML.

Podemos iniciar e fechar o PHP diversas vezes dentro de uma estrutura HTML,

mas devemos nomear o arquivo como .php. Tente fazer este exemplo, em um novo

arquivo chamado hoje.php:

<html>

<head>

<title>Dia <?php echo date('d'); ?> </title>

</head>

<body>

<h1>Estamos em <?php echo date('Y'); ?> </h1>

<p>

Agora são <?php echo date('H'); ?> horas e

<?php echo date('i'); ?> minutos.

</p>

</body>

<html>

21

3.3. Usando funções

Casa do Código

3.3

Usando funções

Bem, voltando ao assunto do calendário, vamos adicionar uma função ao arquivo

calendario.php para desenhar uma nova linha na tabela. Uma linha deve conter

sete colunas, para os sete dias da semana:

<?php

function linha()

{

echo "

<tr>

<td></td>

<td></td>

<td></td>

<td></td>

<td></td>

<td></td>

<td></td>

</tr>

";

}

?>

<table>

...

</table>

Adicionamos a função antes da tabela. Agora vamos adicionar as linhas:

<table border="1">

<tr>

<th>Dom</th>

<th>Seg</th>

<th>Ter</th>

<th>Qua</th>

<th>Qui</th>

<th>Sex</th>

<th>Sáb</th>

</tr>

<?php linha(); ?>

<?php linha(); ?>

<?php linha(); ?>

22

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 3. Construindo um calendário com PHP

<?php linha(); ?>

<?php linha(); ?>

</table>

Adicionamos cinco chamadas à função linha(), assim, quando acessarmos

localhost/calendario.php será renderizada uma tabela parecida com esta:

Figura 3.3: Calendário ainda sem os dias

Agora vamos adicionar uma nova função para desenhar o calendário. Esta fun-

ção será chamada de calendario() e deverá ser adicionada logo após a função

linha:

<?php

function linha()

{

...

}

function calendario()

{

$dia = 1;

$semana = array();

while ($dia <= 31) {

array_push($semana, $dia);

if (count($semana) == 7) {

linha($semana);

$semana = array();

}

$dia++;

}

23

3.3. Usando funções

Casa do Código

}

?>

Aqui temos bastante coisa nova. Pela primeira vez estamos usando variáveis no

PHP. Repare que as variáveis sempre começam com um cifrão ( $). Esta é uma regra

do PHP: elas sempre iniciam com cifrão seguido de uma letra ou um underline.

Sendo assim, as variáveis $dia, $semana, $pessoa e $_nome são válidas para o

PHP, mas as $1, $-nome e $!nome são inválidas.

Neste trecho também estamos usando um tipo de dados do PHP chamado de

array.

Reparou no uso da instrução while? Viu que esta instrução é praticamente

igual ao while de linguagens como C? Outra instrução bem parecida é o if, que

verifica se uma condição é verdadeira.

Para desenhar o calendário, iniciamos no dia primeiro e usamos o while para

fazer um laço que se repetirá até o dia 31. O array $semana é usado para colocar

os dias da semana e garantimos que ele não terá mais que sete dias usando o if. A

função array_push() adiciona mais um valor em nosso array e dentro do if o

array é reiniciado.

Ah, uma nova função apresentada foi a count(). Seu funcionamento é fácil de

deduzir, certo? Ela conta a quantidade de itens do nosso array $semana.

Mas repare que a nossa função linha() foi chamada com um parâmetro, que é

um array com os dias da semana. Então, precisamos alterar a função linha() para

receber este array e exibir seus valores. Altere a função linha() para ficar como

esta:

<?php

function linha($semana)

{

echo "

<tr>

<td>{$semana[0]}</td>

<td>{$semana[1]}</td>

<td>{$semana[2]}</td>

<td>{$semana[3]}</td>

<td>{$semana[4]}</td>

<td>{$semana[5]}</td>

<td>{$semana[6]}</td>

</tr>

24

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 3. Construindo um calendário com PHP

";

}

Veja que agora ela recebe um parâmetro chamado $semana e o conteúdo de

$semana é exibido usando os colchetes para acessar cada um dos itens. Atenção:

Um array inicia seus itens no número zero! Por isso, exibimos do zero ao seis.

Agora precisamos fazer mais uma alteração para exibir o calendário que temos

até agora. Na tabela, retire aquelas cinco chamadas para a função linha() e troque

por uma chamada para a função calendario():

<table border="1">

<tr>

<th>Dom</th>

<th>Seg</th>

<th>Ter</th>

<th>Qua</th>

<th>Qui</th>

<th>Sex</th>

<th>Sáb</th>

</tr>

<?php calendario(); ?>

</table>

Agora, acesse localhost/calendario.php, ou atualize a página, caso já es-

teja aberta, e você verá um resultado parecido com este:

Figura 3.4: Calendário, mas sem todos os dias do mês

Já está parecido com um calendário! Mas ele está exibindo apenas até o dia 28!

Isso está acontecendo por estarmos verificando se o número de itens na variável

25

3.4. Entendendo e se entendendo com os erros

Casa do Código

$semana é igual a 7. O problema é que este número não vai chegar a sete, já que

de 28 para 31 são apenas 3 dias de diferença.

3.4

Entendendo e se entendendo com os erros

Uma possível solução seria chamar a função linha() após o laço while passando

o array semana com menos dias. Altere seu código para fazer esta chamada:

<?php

function calendario()

{

$dia = 1;

$semana = array();

while ($dia <= 31) {

array_push($semana, $dia);

if (count($semana) == 7) {

linha($semana);

$semana = array();

}

$dia++;

}

linha($semana);

}

?>

Atualize a página. Veja que os dias estão sendo exibidos, mas perceba a quanti-

dade de erros que apareceram!

26

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 3. Construindo um calendário com PHP

Figura 3.5: Calendário completo, mas com alguns erros

Veja que o erro informado é Undefined offset: 3. Isso quer dizer que ele

está tentando acessar o índice 3 no array $semana e não está encontrando. O mesmo

acontece com os índices 4, 5 e 6, por isso esse monte de erros apareceu.

A importância das mensagens de erro

É comum que programadores novatos ignorem as mensagens de erro

da linguagem. Isso é um problema, pois quando alguma falha acontece,

a linguagem faz o melhor possível para indicar o que aconteceu. Quando

topar com um erro no PHP, tente ler a mensagem e compreender o que

houve. Em geral, ele diz a linha do erro e explica bem o problema.

3.5

Meu PHP não mostrou os erros!

Pode acontecer de você não enxergar os erros gerados, pois seu PHP pode estar con-

figurado para não exibir os erros. Esta é uma configuração do PHP, assim como

aquela do timezone que fizemos no exemplo do início do livro. Para fazer com que

o PHP exiba os erros, altere no arquivo php.ini a linha:

27

3.6. Finalizando o calendário

Casa do Código

display_errors = Off

Para

display_errors = On

3.6

Finalizando o calendário

Vamos mudar um pouco o script para não gerar erros e para exibir corretamente o

nosso calendário. Altere apenas a função linha() para testar se os índices existem

antes de exibi-los. Para isso, vamos usar um laço for, que é bem parecido com o

for de outras linguagens. Dentro do laço, vamos usar a função isset que verifica

se uma variável existe ou se um índice em um array foi definido. O código deverá

ficar assim:

<?php

function linha($semana)

{

echo "<tr>";

for ($i = 0; $i <= 6; $i++) {

if (isset($semana[$i])) {

echo "<td>{$semana[$i]}</td>";

} else {

echo "<td></td>";

}

}

echo "</tr>";

}

Agora, execute novamente o arquivo calendario.php e você terá um resul-

tado bem parecido com este:

28

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 3. Construindo um calendário com PHP

Figura 3.6: Calendário final, sem erros e com todos os dias

3.7

Resumo

Neste capítulo foram introduzidas algumas características e funcionalidades inte-

ressantes do PHP, como a opção de usar HTML e PHP no mesmo arquivo, e o uso

de funções para centralizar blocos que podem ser repetidos no fluxo do programa.

Também foram tratados os laços for e while, além do uso da condicional if e da função isset() que verifica se uma variável foi definida.

3.8

Desafios

Pronto para alguns desafios? Sugiro copiar o calendário atual para fazer os testes e

desafios propostos.

• Faça uma página que exiba a hora e a frase “Bom dia”, “Boa tarde” ou “Boa

noite”, de acordo com a hora. Use a condicional if e a função date().

• Faça com que o calendário exiba o dia atual em negrito, usando a função

date().

• Exiba os domingos em vermelho e os sábados em negrito.

• Faça o calendário começar em um dia que não seja um domingo.

• E um calendário do ano todo? Será que é muito complexo?

29

Capítulo 4

Entrada de dados com formulário

No capítulo anterior, foram apresentadas várias funcionalidades do PHP e também

sua sintaxe para blocos e laços utilizados em diversas linguagens. Agora vamos a um

novo projeto: a construção de uma lista de tarefas.

4.1

Definindo a lista de tarefas

Nosso projeto será composto por apenas algumas páginas, como a lista de tarefas

e um formulário para adicioná-las e editá-las. Durante este projeto será necessário

receber dados do usuário, no caso, as descrições das tarefas. É muito provável que

você já tenha usado sites que pedem algum tipo de informação, ou mesmo sistemas

online nos quais é necessário cadastrar vários tipos de dados. Pois é exatamente isso

o que faremos — exibiremos um formulário perguntando algumas informações para

o usuário e quando ele inserir as informações, iremos tratá-las.

4.2. O formulário de cadastro de tarefas

Casa do Código

4.2

O formulário de cadastro de tarefas

Trabalhar com web exige conhecimentos em HTML. E quando digo conhecimentos

em HTML, estou dizendo realmente conhecer HTML e não ter medo de criar pági-

nas usando apenas um editor de textos para escrever seu HTML. Se você já conhece

um pouco (ou bastante) de web e usa editores nos quais você praticamente dese-

nha a página, como o Dreamweaver e similares, eu recomendo que utilize apenas

um editor de texto para reproduzir os exercícios deste livro. Assim fica mais fácil de

entender o que está acontecendo e por que acontece desta ou daquela maneira.

Vamos ao formulário para o cadastro das tarefas. Crie uma pasta nova chamada

tarefas dentro da pasta do htdocs do XAMPP (ou onde estiver a sua instalação

do Apache). Nesta pasta, crie um arquivo chamado tarefas.php. Neste arquivo

vamos criar o formulário para as tarefas.

Inicie o arquivo com o seguinte conteúdo básico:

<html>

<head>

<title>Gerenciador de Tarefas</title>

</head>

<body>

<h1>Gerenciador de Tarefas</h1>

<!-- Aqui irá o restante do código -->

</body>

</html>

Nosso projeto irá começar simples e depois adicionaremos mais funcionalidades

conforme a necessidade. Por isso, vamos começar pelo mais importante, o nome da

tarefa a ser realizada. Este é o código que define o nosso formulário:

<form>

<fieldset>

<legend>Nova tarefa</legend>

<label>

Tarefa:

<input type="text" name="nome" />

</label>

<input type="submit" value="Cadastrar" />

</fieldset>

</form>

32

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 4. Entrada de dados com formulário

Não tenha medo de digitar o código HTML, lembre-se de treinar bastante, as-

sim fica na sua memória muscular. Adicione o código do formulário logo após o

comentário no HTML que diz que ali irá o restante do código.

Agora acesse esta nova página no endereço:

http://localhost/tarefas/tarefas.php

Seu formulário vai ficar bem parecido com este:

Figura 4.1: Formulário inicial para o cadastro de tarefas

4.3

Entrada de dados

Certo, agora temos um formulário sendo exibido, mas, como será que o PHP con-

segue pegar os dados que são informados nos formulários? Vamos fazer um expe-

rimento: no nome da tarefa, digite Estudar PHP e clique no botão Cadastrar. O

que aconteceu? Aparentemente, nada, mas o texto sumiu da caixa de texto. E ou-

tra coisa muito interessante também aconteceu, o endereço do nosso script mudou!

Sim, repare que agora existe uma interrogação no endereço, seguida por um texto

que tem muito a nos dizer. Veja como ficou o endereço:

http://localhost/tarefas/tarefas.php?nome=Estudar+PHP

Dá para tirarmos algumas conclusões aqui, certo? O nome do input no for-

mulário é nome e neste endereço temos um trecho nome=, ou seja, o que digitamos

no campo foi enviado através do endereço, através da URL (vou chamar o endereço

de URL daqui para frente).

Na primeira vez que chamamos a página, seu endereço não tinha o trecho com

o nome da tarefa, mas quando digitamos o nome e enviamos, este trecho passou a

aparecer depois do símbolo de interrogação ( ?). Ou seja, um formulário serve para

enviarmos os dados para algum lugar.

33

4.4. Pegando os dados da URL

Casa do Código

Entrada de dados na web

Se você já programou algum software para desktop ou scripts para a

linha de comando, já deve ter lidado com entrada de dados do usuário.

Neste tipo de software, em geral basta parar o processamento e pedir

para o usuário informar um valor, e então seguir em frente usando o valor

fornecido.

Na web, as coisas são um pouco diferentes. O PHP não pode ser pa-

rado para perguntar algo para o usuário, então os dados já devem existir

para o PHP quando o script começar a rodar. Confuso? Na verdade é

só uma maneira diferente de encarar a entrada de dados. Veja a nossa

URL, por exemplo, ela tem o trecho nome=Estudar+PHP. Este trecho

serve para inserir uma informação para o PHP, no caso, o nome da ta-

refa. Sendo assim, quando o script tarefa.php começar a executar, ele

já terá esta informação.

Por isso, na web devemos sempre pensar na entrada de dados usando

os formulários que irão enviar os dados para a próxima página.

Por enquanto, a nossa próxima página é a mesma página, mas vere-

mos como mudar isso mais adiante.

Legal, já sabemos que o nome da tarefa foi enviado através da URL. Agora a

questão é: Como pegar esse dado dentro do PHP?

4.4

Pegando os dados da URL

PHP nasceu para a web e se dá muito bem com ela. Por isso, em PHP é super simples

pegar os dados fornecidos pelo usuário através de formulários e URLs. Em PHP exis-

tem algumas variáveis chamadas de super globais, isso significa que estas variáveis

existem em todos os escopos de seus programas PHP. Ou seja, você pode acessá-las

dentro de funções, dentro de laços, dentro de classes... Enfim, em qualquer lugar do

seu código elas estarão disponíveis.

No nosso caso, vamos usar a super global $_GET. Lembra dos arrays que foram

usados para fazer o calendário? $_GET também é um array e o mais interessante é

que o PHP pega o que está na URL e coloca em $_GET para usarmos! Vamos fazer

um teste exibindo o nome digitado logo após o nosso formulário. Para isso, após

34

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 4. Entrada de dados com formulário

o fechamento do formulário, ou seja, depois da tag </form>, adicione o seguinte

código:

...

</form>

<?php

if (isset($_GET['nome'])) {

echo "Nome informado: " . $_GET['nome'];

}

?>

...

As reticências são apenas ilustrativas, claro! Alias, de agora em diante vou colo-

car reticências várias vezes para ilustrar trechos que deverão ser incluídos dentro de

códigos já existentes.

Neste trecho estamos usando a função isset() que verifica se uma variável

existe, ou, neste caso, se o índice nome existe no array $_GET. Caso o índice exista,

vamos exibi-lo usando o echo.

Em PHP, assim como em outras linguagens, é necessário definir uma variável

antes de tentar usá-la. A função isset() é interessante para nos ajudar a verificar

se uma variável existe, ou neste caso, um índice em um array, pois isset() não irá

gerar um erro, dizendo que a variável não existe.

Atualize sua página, em http://localhost/tarefas/tarefas.php, mantendo a URL

com o nome, ou digite no formulário novamente e envie os dados. Sua página deverá

ficar assim:

Figura 4.2: Exibindo os dados usando $_GET

35

4.4. Pegando os dados da URL

Casa do Código

Legal, agora que sabemos pegar o valor que foi passado através da URL usando

$_GET, podemos guardar este valor em um array que será a nossa lista de tarefas.

Para isso, troque o código que acabamos de fazer para exibir o nome infor-

mado por um que pegue o valor em $_GET e guarde em um array chamado

$lista_tarefas:

...

</form>

<?php

$lista_tarefas = array();

if (isset($_GET['nome'])) {

$lista_tarefas[] = $_GET['nome'];

}

?>

...

Este código é bem simples, apenas verificamos se existe o índice nome dentro

de $_GET e caso exista, criamos um novo índice em $lista_tarefas usando a

sintaxe de colchetes vazios.

Agora é necessário exibir a lista de tarefas. Ainda no mesmo arquivo, antes da

tag </body> vamos adicionar uma tabela HTML para listar as atividades. Dentro

desta tabela usaremos o foreach para pegar cada uma das tarefas que está no array

$lista_tarefas e exibir como linhas da tabela:

...

<table>

<tr>

<th>Tarefas</th>

</tr>

<?php foreach ($lista_tarefas as $tarefa) : ?>

<tr>

<td><?php echo $tarefa; ?> </td>

</tr>

<?php endforeach; ?>

</table>

36

Casa do Código

Capítulo 4. Entrada de dados com formulário

</body>

...

Repassando o código, foi criada uma tabela com apenas uma coluna, na qual o

cabeçalho é a palavra Tarefas e as linhas serão os nomes das tarefas.

Aqui existe um laço novo do PHP. Já vimos o while — agora apresento o

foreach. Este laço serve para passar por todos os índices de um array, atribuindo

cada índice a uma variável que escolhemos, no caso, a variável $tarefa.

Uma outra novidade aqui é que não foram usadas as chaves para criar o bloco do

foreach, assim como foram usadas chaves para o bloco do while. Na verdade, o

foreach também pode ser usado com as chaves, sem problemas, mas esta forma,

usando dois pontos para abrir o bloco e a palavra endforeach fica mais legível em

templates HTML. Lembre-se que o nosso código com while estava apenas dentro

de um grande código PHP, neste caso estamos colocando pequenos pedaços de PHP

dentro do HTML. Sendo assim, fica mais legível fazer o uso desta sintaxe. Como

exemplo, veja como fica o mesmo bloco usando as chaves:

<?php foreach ($lista_tarefas as $tarefa) { ?>

<tr>

<td><?php echo $tarefa; ?> </td>

</tr>

<?php } ?>

Não parece ter muita diferença em um trecho pequeno desses, mas perceba

que <?php } ?> é uma linha bem genérica, que pode estar fechando um if, um

while, um foreach ou mesmo uma função e outros blocos PHP, enquanto <?php

endforeach; ?> é mais expressivo. Por isso, recomendo usar esta forma. Alias,

você pode experimentar outros blocos com esta sintaxe, como o if e endif, while

e endwhile e for e endfor. Mas prefira esta sintaxe para os templates HTML,

deixando a sintaxe de chaves para os arquivos e blocos que contenham apenas PHP.

Bem, voltando ao assunto da lista de tarefas, ao enviar um nome de tarefa, a sua

página deverá ficar assim:

37

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

4.4. Pegando os dados da URL

Casa do Código

Figura 4.3: Lista de tarefas com uma tarefa

Como estamos deixando tudo na mesma página, fica fácil adicionar uma nova

tarefa, então vamos adicionar uma nova tarefa usando o formulário que está antes

da tabela, no endereço http://localhost/tarefas/tarefas.php. Aqui eu digitei Estudar

HTML e usei o botão cadastrar e o resultado foi este:

Figura 4.4: Lista de tarefas com uma tarefa

Apenas a tarefa nova é listada! Onde está a tarefa antiga?

Por que a primeira tarefa sumiu?

PHP trabalha principalmente com web e neste caso o que acontece

a cada nova requisição que fazemos, seja pedindo uma página, seja en-

viando dados, é que o PHP interpreta tudo de novo e devolve apenas

HTML para o navegador. Ou seja, ele não lembra do que aconteceu na

última requisição feita!

A cada nova requisição o PHP processa tudo de novo e não guarda as variáveis

para outros acessos. Isso é um problema para a nossa aplicação, já que precisamos

38

Casa do Código

Capítulo 4. Entrada de dados com formulário

manter a lista das nossas tarefas. Mas calma, nem tudo está perdido! O PHP tem um

recurso que nos auxiliará a solucionar isso.

4.5

Sessões no PHP

O recurso que nos auxiliará a manter os dados entre as requisições são as sessões.

Uma sessão serve para mantermos uma variável especial que irá existir em todas as

nossas requisições. Lembra da super global $_GET? As sessões são tão fáceis de usar

quanto a $_GET, basta usar a super global $_SESSION. A grande diferença é que

usamos a $_GET mais para ler informações e usaremos a $_SESSION para escrever

e ler informações.

O uso da $_SESSION exige só um esforço adicional, que é chamar a função

session_start() no começo do nosso programa. Para isso, vamos adicionar a

função antes da abertura do HTML:

<?php session_start(); ?>

<html>

...

Depois disso, precisamos alterar o uso da lista $lista_tarefas para pegar

os dados de $_SESSION, caso esses dados existam. Vamos mudar o if que veri-

fica se existem dados em $_GET e vamos adicionar um novo if após a criação do

array $lista_tarefas para preenchê-lo com os dados da $_SESSION, quando

necessário:

<?php

...

if (isset($_GET['nome'])) {

$_SESSION['lista_tarefas'][] = $_GET['nome'];

}

$lista_tarefas = array();

if (isset($_SESSION['lista_tarefas'])) {

$lista_tarefas = $_SESSION['lista_tarefas'];

}

...

?>

Agora, ao cadastrar algumas tarefas, o PHP irá manter os dados entre as requi-

sições! Veja como a sua lista deve ficar:

39

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

4.5. Sessões no PHP

Casa do Código

Figura 4.5: A lista de tarefas usando $_SESSION para manter os dados

Legal! Temos uma lista de tarefas já bem funcional! Claro que agora precisamos

de mais funcionalidades, como editar e excluir uma tarefa, mas já conseguimos pegar

vários conceitos da programação para web usando PHP.

Agora dá até para brincar um pouco com o visual da aplicação usando umas

linhas de CSS. O meu ficou assim:

Figura 4.6: A lista usando um pouco de CSS

Se quiser pegar este CSS, basta baixar aqui: https://gist.github.com/InFog/

6860949

Agora faça duas experiências: abra outro navegador e acesse o endereço da lista

de tarefas em http://localhost/tarefas/tarefas.php, o que acontece? As tarefas apare-

cem? Não? Mas elas não estão na sessão?

40

Casa do Código

Capítulo 4. Entrada de dados com formulário

Como funcionam as sessões?

Se colocamos os dados na sessão, por que eles não aparecem quando

usamos outro navegador?

Para o PHP saber qual usuário é o dono de uma sessão, ele guarda

algumas informações nos Cookies do navegador. Na verdade, a infor-

mação mais importante fica em um cookie chamado PHPSESSID, que

guarda um código único de identificação da sessão daquele usuário que

está acessando a aplicação PHP.

Nós também podemos usar os Cookies para guardar informações que

serão mantidas entre as requisições. Para isso, basta usar uma outra super

global do PHP chamada $_COOKIE. Esta super global também é um

array, assim como a $_SESSION.

A outra experiência é atualizar a página após cadastrar uma tarefa. Faça isso

usando F5 ou outra opção de atualização do navegador. O que acontece? A última

tarefa cadastrada se repete! E continua se repetindo após as atualizações da página!

Veremos mais para frente como resolver estes dois problemas.

4.6

Resumo

Neste capítulo iniciamos o desenvolvimento de uma lista de tarefas. Ela ainda é bem

simples e contém poucos dados, mas já estamos trabalhando com formulários e en-

trada de dados na web utilizando a super global $_GET do PHP e também estamos

manipulando as sessões utilizado a super global $_SESSION.

Super globais são variáveis do PHP que estão disponíveis em qualquer ponto da

aplicação. No caso das super globais $_GET e $_SESSION, os valores são guardados

em arrays.

Importante: sempre que quiser usar sessões será necessário usar a função

session_start(), sem isso a sessão simplesmente não funciona. Fica a dica :D

4.7

Desafios

Muito bem, é hora de alguns desafios:

• Usando os mesmos conceitos que vimos até agora, monte uma lista de contatos

na qual devem ser cadastrados o nome, o telefone e o e-mail de cada contato.

41

4.7. Desafios

Casa do Código

Continue usando as sessões para manter os dados.

• Crie uma cópia do projeto até agora (pois vamos continuar nos próximos ca-

pítulos) e altere para usar a super global $_COOKIE em vez de usar as sessões.

Para adicionar um Cookie use a função setcookie() que recebe o nome

do cookie e um texto com seu valor. Para pegar um cookie já definido use a

superglobal $_COOKIE.

• Depois de alterar a aplicação para usar cookies no lugar de sessões, tente abrir



os cookies nas opções do navegador e veja se seus dados aparecem lá.

42

Capítulo 5

Tratamento de diferentes campos de

formulários

No capítulo anterior, construímos a base para a nossa lista de tarefas. Agora vamos

adicionar mais informações e funcionalidades ao projeto.

Antes de começar a adicionar mais informações e funcionalidade podemos parar

para analisar um pouco nosso cenário atual e então decidir se podemos continuar

com ele como está ou se podemos fazer algo para melhorar.

Esta pode ser uma etapa importante no desenvolvimento de uma aplicação, pois

pode tornar o trabalho à frente mais simples ou mais complicado. Às vezes é melhor

alterar a base da aplicação para poder evoluir de forma mais eficiente do que insistir

em um código não muito bom. Não se preocupe se não conseguir fazer isso logo no

começo, pois a experiência também ajuda bastante neste tipo de decisão.

5.1. Organizando o código em arquivos separados

Casa do Código

5.1

Organizando o código em arquivos separados

O que temos até o momento é uma lista de tarefas que tem apenas o nome da ta-

refa e só permite adicionar novas tarefas. Tudo isso foi feito em apenas um arquivo

que contém um pouco de HTML e um pouco de PHP. Podemos continuar com esta

estrutura, mas com o tempo o arquivo vai crescer e pode ficar complicado de ler e

entender um arquivo muito grande e dividido em mais de uma linguagem. Por isso,

aqui entra uma decisão importante, vamos separar nossa aplicação em dois arqui-

vos, um deles fará o processamento de entrada de dados e manipulação da sessão e

o outro irá exibir o formulário de cadastro de tarefas e a lista das tarefas cadastradas.

Não adicionaremos código novo, vamos apenas separar o código atual em dois

arquivos — um arquivo será o tarefas.php com este conteúdo:

<?php

session_start();

if (isset($_GET['nome'])) {

$_SESSION['lista_tarefas'][] = $_GET['nome'];

}

if (isset($_SESSION['lista_tarefas'])) {

$lista_tarefas = $_SESSION['lista_tarefas'];

} else {

$lista_tarefas = array();

}

include "template.php";

Perceba que apenas juntamos os trechos de PHP que antes estavam separados

em apenas um arquivo que contém somente código PHP. Outro detalhe importante

neste arquivo é o uso da instrução include, que serve para incluir o conteúdo

de outro arquivo no fluxo atual. O legal do include é que ele adiciona o outro

arquivo e todas as variáveis e funções do arquivo atual continuam valendo no arquivo

incluído, por isso podemos, neste caso, incluir um arquivo com apenas o template

do formulário de cadastro de tarefas e a lista de tarefas e ainda podemos continuar

usando a variável $lista_tarefas que foi definida no arquivo tarefas.php e

que contém um array com as tarefas cadastradas.

O arquivo com o template deve se chamar template.php pois este é o arquivo

que estamos incluindo usando o include no arquivo tarefas.php. Veja como

fica o arquivo template.php:

44

Casa do Código

Capítulo 5. Tratamento de diferentes campos de formulários

<html>

<head>

<meta charset="utf-8" />

<title>Gerenciador de Tarefas</title>

<link rel="stylesheet" href="tarefas.css" type="text/css" />

</head>

<body>

<h1>Gerenciador de Tarefas</h1>

<form>

<fieldset>

<legend>Nova tarefa</legend>

<label>

Tarefa:

<input type="text" name="nome" />

</label>

<input type="submit" value="Cadastrar" />

</fieldset>

</form>

<table>

<tr>

<th>Tarefas</th>

</tr>

<?php foreach ($lista_tarefas as $tarefa) : ?>

<tr>

<td><?php echo $tarefa; ?> </td>

</tr>

<?php endforeach; ?>

</table>

</body>

</html>

Agora temos apenas o foreach que é um código PHP, o restante é apenas

HTML. Agora fica mais simples de para adicionar e alterar as funcionalidades, pois

os arquivos estão menores e, o que é mais importante, estão com suas responsabili-

dades separadas.

45

5.2. Adicionando mais informações às tarefas

Casa do Código

Devo separar meus projetos em vários arquivos sem-

pre?

Esta é uma pergunta difícil e a resposta é um pouco vaga: Depende.

Tudo depende do tamanho que sua aplicação terá e do quanto você

julgar que vale a pena investir um tempo separando os as responsabilida-

des entre os arquivos. No geral, vale bastante a pena fazer esta separação.

Veja que no nosso caso o programa ainda está bem pequeno e mesmo

assim a separação de arquivos já melhorou bastante no entendimento das

partes.

No geral não estamos perdendo tempo quando paramos para organi-

zar melhor um projeto. Esse tempo investido agora pode se tornar uma

grande economia de tempo nas futuras manutenções do código.

5.2

Adicionando mais informações às tarefas

Para que nosso sistema de controle de tarefas fique mais prático, vamos adicionar

algumas informações para melhor descrever e organizar as tarefas.

Por enquanto já temos um título para a tarefa, agora vamos adicionar uma des-

crição, um prazo para conclusão, um nível de prioridade e uma confirmação de que

a tarefa já está concluída. Para isso, vamos adicionar os novos campos no formulário

HTML:

...

<label>

Descrição (Opcional):

<textarea name="descricao"></textarea>

</label>

<label>

Prazo (Opcional):

<input type="text" name="prazo" />

</label>

<fieldset>

<legend>Prioridade:</legend>

<label>

<input type="radio" name="prioridade" value="baixa" checked /> 46

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 5. Tratamento de diferentes campos de formulários

Baixa

<input type="radio" name="prioridade" value="media" />

Média

<input type="radio" name="prioridade" value="alta" />

Alta

</label>

</fieldset>

<label>

Tarefa concluída:

<input type="checkbox" name="concluida" value="sim" />

</label>

<input type="submit" value="Cadastrar" />

...

Se você usar o CSS dos exemplos, seu formulário deverá ficar parecido com este:

Figura 5.1: Formulário completo para o cadastro de tarefas

47

5.2. Adicionando mais informações às tarefas

Casa do Código

O legal é que só precisamos alterar o arquivo template.php, enquanto o

tarefas.php continuou o mesmo. O sistema continua funcionando e apenas ig-

nora os dados adicionais enviados.

Agora vamos alterar também o tarefas.php para pegar as novas informações.

Vamos usar o campo com o nome da tarefa como a base para saber se devemos

cadastrar uma nova tarefa, já que o nome da tarefa é a única informação essencial

para nós.

Para isso, vamos alterar aquele if logo após o session_start() e também

seu conteúdo. É claro que ele vai ficar maior, pois agora são vários campos que pre-

cisamos pegar do formulário enviado:

<?php

session_start();

if (isset($_GET['nome']) && $_GET['nome'] != '') {

$tarefa = array();

$tarefa['nome'] = $_GET['nome'];

if (isset($_GET['descricao'])) {

$tarefa['descricao'] = $_GET['descricao'];

} else {

$tarefa['descricao'] = '';

}

if (isset($_GET['prazo'])) {

$tarefa['prazo'] = $_GET['prazo'];

} else {

$tarefa['prazo'] = '';

}

$tarefa['prioridade'] = $_GET['prioridade'];

if (isset($_GET['concluida'])) {

$tarefa['concluida'] = $_GET['concluida'];

} else {

$tarefa['concluida'] = '';

}

48

Casa do Código

Capítulo 5. Tratamento de diferentes campos de formulários

$_SESSION['lista_tarefas'][] = $tarefa;

}

...

Repare que usamos sempre a função isset() para saber se os índices de $_GET

existem. Isso é necessário pois o navegador não envia os campos em branco, nem os

campos desmarcados.

Agora é só alterar a tabela para exibir todos os dados:

<table>

<tr>

<th>Tarefa</th>

<th>Descricao</th>

<th>Prazo</th>

<th>Prioridade</th>

<th>Concluída</th>

</tr>

<?php foreach ($lista_tarefas as $tarefa) : ?>

<tr>

<td><?php echo $tarefa['nome']; ?> </td>

<td><?php echo $tarefa['descricao']; ?> </td>

<td><?php echo $tarefa['prazo']; ?> </td>

<td><?php echo $tarefa['prioridade']; ?> </td>

<td><?php echo $tarefa['concluida']; ?> </td>

</tr>

<?php endforeach; ?>

</table>

Acesse o formulário e cadastre algumas tarefas. Veja como ficou a minha página

com duas tarefas cadastradas:

49

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

5.3. Conclusão do capítulo e do uso de sessões

Casa do Código

Figura 5.2: Formulário e página com novos campos para o cadastro de tarefas

5.3

Conclusão do capítulo e do uso de sessões

Neste momento temos um sistema de gerenciamento de tarefas já bem interessante.

Durante o desenvolvimento até aqui já foram usadas funcionalidades do PHP para

manter a sessão e para incluir arquivos com trechos de código. Graças a esta separa-

ção em arquivos o nosso projeto ficou mais legível e separamos as responsabilidades

de cada arquivo, um para tratar os dados e outro para exibir o formulário e a lista de

tarefas.

Nesta questão de separação de arquivos poderíamos ir além, separando um ar-

quivo para o formulário e outro para a lista de tarefas. Mas isso fica para você testar

e decidir se vai ficar mais organizado ou se vai separar demais as responsabilidades.

Por enquanto, nossa aplicação permite apenas a adição das tarefas e funciona

apenas enquanto o navegador está aberto, pois quando trocamos de navegador, ou

quando reiniciamos o navegador atual, a sessão se perde e com isso perdemos as

atividades cadastradas. Isso quer dizer que as sessões são ruins? Não! Isso quer

dizer apenas que elas não servem para o nosso problema atual, que é guardar a lista

de tarefas e acessar de outro navegador sem perder os dados. Mas em cenários onde

é necessário, por exemplo, guardar o login do usuário, uma sessão é ideal.

50

Casa do Código

Capítulo 5. Tratamento de diferentes campos de formulários

5.4

Resumo

Neste capítulo adicionamos novos campos ao formulário das tarefas e tratamos estes

campos através do PHP. Um ponto bem importante foi a separação do programa

em mais de um arquivo, sendo que cada um é responsável por uma parte do geral,

tornando-se menor e mais simples para manter.

Nos próximos capítulos vamos passar a guardar os dados em um banco de dados.

5.5

Desafios

Agora, mais alguns desafios para treinar e evoluir:

• Continue a lista de contatos que está nos desafios do capítulo anterior. Além

do nome, do telefone e do e-mail de cada contato, adicione um campo para

descrição, um para a data de nascimento e um checkbox para dizer se o contato

é favorito ou não.

• Separe as responsabilidades da lista de contatos, mantendo um arquivo para

cada, assim como fizemos na lista de afazeres.

51

Capítulo 6

Acessando e usando um banco de

dados

Nos últimos capítulos construímos uma lista de tarefas que funciona muito bem

quando usamos apenas um navegador e mantemos a sessão sempre aberta. Para a

nossa aplicação este não é o cenário ideal, por isso é necessário guardar nossos dados

em um local mais adequado, de onde vamos conseguir recuperá-los sempre que ne-

cessário, mesmo estando em outro navegador ou fechando o navegador e abrindo-o

novamente.

É para resolver este tipo de problema que entra o banco de dados e, no nosso

caso, o famoso MySQL.

Como nossa aplicação já tem uma estrutura bacana e já funciona bem usando

as sessões, o que precisamos fazer é trocar o uso das sessões pelo uso do banco de

dados. Por isso, vamos começar por criar o banco de dados, definindo quais dados

queremos guardar e faremos com que o PHP se conecte ao banco para poder inserir

e recuperar esses dados.

6.1. O banco de dados MySQL

Casa do Código

A manipulação do banco de dados é feita com a utilização de outra linguagem,

a SQL, que nos permite executar comandos para inserir, pesquisar e remover dados,

fazer relatórios etc. Neste livro veremos apenas um básico sobre a SQL, focando mais

nos comandos necessários para o desenvolvimento dos projetos. Se você ainda não

tem familiaridade com SQL, recomendo que também invista um tempo estudando

esta linguagem, pois você poderá usar SQL para trabalhar com diversos bancos de

dados além do MySQL, integrando com várias outras linguagens de programação

além do PHP.

6.1

O banco de dados MySQL

MySQL é um software livre para banco de dados. Isso significa que você pode usar o

MySQL em seus projetos e ainda pode contribuir com o desenvolvimento do próprio

MySQL, se assim desejar ou necessitar.

O MySQL é bastante usado em aplicações web por sua versatilidade e por ser

suportado em diversas plataformas e diferentes linguagens.

Por padrão, o MySQL não tem uma interface gráfica para administração e uti-

lização, mas é possível encontrar diversas ferramentas que fazem este tipo de traba-

lho, sendo que uma das mais conhecidas é o MySQL Workbench. Não usaremos o

MySQL Workbench, mas você pode pesquisar mais sobre este software e usá-lo para

administrar seus bancos MySQL.

6.2

Instalando o MySQL

Como já fizemos a instalação do XAMPP, o MySQL veio junto. Então, só precisamos

usar o Painel no XAMPP para iniciar o serviço. Fique sempre de olho para ver se

não é necessário liberar o serviço do MySQL no firewall.

MySQL no Linux

Para quem usa Linux, mais especificamente os derivados do Debian

e do Ubuntu, basta instalar o MySQL com o seguinte comando:

sudo apt-get install mysql-server

Usuários de Mac OS X que instalaram o XAMPP poderão iniciar o

MySQL usando o painel do XAMPP.

54

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 6. Acessando e usando um banco de dados

6.3

PHPMyAdmin, administrando o banco de dados

A instalação do XAMPP contém uma ferramenta muito interessante para a gestão de

bancos MySQL, o PHPMyAdmin. Esta é uma ferramenta escrita em PHP usada para

gerenciar o MySQL, com opções para criar novos bancos, usuários, tabelas, inserir,

pesquisar e remover registros etc.

Instalação do PHPMyAdmin

Se você optou pelo XAMPP, o PHPMyAdmin já vem instalado e

pronto para usar. Caso a sua instalação não seja com o XAMPP, ou ou-

tros pacotes neste estilo, você também poderá baixar o PHPMyAdmin

em seu site oficial: http://www.phpmyadmin.net/

Caso você use Ubuntu, Debian ou outras distros Linux, procure pelo

pacote do PHPMyAdmin. No Debian/Ubuntu basta usar o apt para fazer

a instalação:

apt-get install phpmyadmin

Se você optou pelo XAMPP, será necessário iniciar o serviço do MySQL para

poder acessar o PHPMyAdmin. Para isso, acesse o painel do XAMPP e clique na

opção Start no serviço MySQL:

Figura 6.1: Painel do XAMPP, clique em Start no serviço MySQL

55

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

6.3. PHPMyAdmin, administrando o banco de dados

Casa do Código

Lembre-se de que pode ser necessário autorizar o serviço no firewall do Win-

dows. Se este for o caso, ele irá abrir uma janela pedindo autorização.

Para acessar PHPMyAdmin utilize o endereço http://localhost/phpmyadmin.

Você poderá ver uma página parecida com esta:

Figura 6.2: Página de login do PHPMyAdmin

Nesta página você pode escolher o idioma para usar o PHPMyAdmin. Acesse

seu PHPMyAdmin usando o usuário root e a senha root.

Atenção!

O XAMPP pode entrar direto na página de administração do

PHPMyAdmin, sem pedir uma senha! Isso é normal em algumas versões dele.

Após acessar você verá uma página como esta:

56

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 6. Acessando e usando um banco de dados

Figura 6.3: Página inicial do PHPMyAdmin

6.4

Criando o banco de dados

Vamos criar um novo banco de dados. Se você escolheu o idioma português na pá-

gina de login, selecione a opção Bancos de dados. Na próxima página digite o

nome do banco de dados, que será tarefas, na caixa de entrada Criar banco de da-

dos. Na opção Colação, ou Collation, selecione a opção utf8_general_ci.

Figura 6.4: Formulário para criar um novo banco de dados no MySQL

Agora, basta clicar no botão Criar e o novo banco deve aparecer no menu à

esquerda:

57

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

6.5. Criando a tabela

Casa do Código

Figura 6.5: Veja o banco ‘tarefas’ na lista dos bancos

Clicando no nome, seremos informados de que o banco ainda não possui tabelas.

6.5

Criando a tabela

Nosso projeto é um gerenciador de tarefas, então vamos precisar apenas de uma

tabela com os campos necessários para guardar os dados que já temos nos arrays de

tarefas dentro da $_SESSION. Nossa tabela deverá ficar assim:

58

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 6. Acessando e usando um banco de dados

Figura 6.6: Modelagem da tabela tarefas

Repare que a tabela é muito parecida com os arrays que armazenam as tarefas,

as diferenças são pequenas, como o campo id e os campos nome, que foi definido

com até 20 caracteres, e prioridade que é um número inteiro.

O campo id será uma identificação única das nossas tarefas e será um número

crescente. Dessa forma teremos a tarefa 1, 2, 3 e assim por diante, sem nunca repetir o

número. Isso é importante para identificarmos as tarefas e não misturarmos quando

precisarmos fazer referência a uma tarefa. Imagine que usássemos o campo nome

para isso, fatalmente teríamos duas tarefas com o mesmo nome, e isso atrapalharia

na hora de saber qual é qual.

O campo nome agora tem um limite de até 20 caracteres. Isso é algo comum em

bancos de dados. Já que não precisamos de nomes muito grandes para as tarefas, 20

caracteres devem ser suficientes.

O campo prioridade é um número com apenas um algarismo. Vamos usar

desta forma pois fica mais simples guardar no banco as prioridades 1, 2 e 3, em vez de

baixa, média e alta. Isso também é bastante comum em bancos de dados, pois reduz

o espaço utilizado e fica fácil de controlar na aplicação.

Existem duas maneiras de criar a tabela, a primeira é executando diretamente

o código SQL a segunda é usando a interface do PHPMyAdmin. Vou mostrar a

primeira opção pois exige menos passos e, acredite, é mais simples depois que se

aprende um pouco de SQL.

Usando o PHPMyAdmin e estando com o banco tarefas selecionado, clique

na aba SQL e você verá uma página com um campo para digitar comandos SQL. A

página é parecida com esta:

59

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

6.5. Criando a tabela

Casa do Código

Figura 6.7: Campo para digitar comandos SQL

O código para a criação da tabela é este:

CREATE TABLE tarefas (

id

INTEGER AUTO_INCREMENT PRIMARY KEY,

nome

VARCHAR(20) NOT NULL,

descricao

TEXT,

prazo

DATE,

prioridade INTEGER(1),

concluida

BOOLEAN

);

Digite este código no campo e clique no botão executar. Com isso, a tabela

será criada e já conseguiremos manipular seus dados.

60

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 6. Acessando e usando um banco de dados

6.6

Cadastrando e lendo os dados de uma tabela

Com a tabela pronta, podemos treinar um pouco mais de SQL antes de fazer a in-

tegração com o PHP. Vamos usar SQL para adicionar dados na tabela. O comando

usado para inserir os dados em uma tabela é o INSERT e nele devemos informar

quais são os campos que queremos preencher e seus valores.

Sempre que quisermos executar códigos SQL usando o PHPMyAdmin, basta

acessarmos o banco e usar a aba SQL. Agora veja um exemplo para inserir os dados

de uma tarefa na tabela tarefas:

INSERT INTO tarefas

(nome, descricao, prioridade)

VALUES

('Estudar PHP', 'Continuar meus estudos de PHP e MySQL', 1)

Após inserir os dados, use o botão Executar.

Repare na estrutura do comando: nós estamos dizendo para o MySQL quais os

campos que queremos preencher, que não são todos os campos da tabela. Neste

caso, os campos que não preenchermos, serão vazios. Atenção, é muito importante

manter a mesma sequência dos campos informados e seus valores. Veja que estamos

colocando a mesma sequência de nome, descricao e prioridade na lista de campos e também na lista de valores.

Agora, vamos selecionar os dados da tabela. O comando para selecionar os dados

é o SELECT. Coloque o comando na caixa de texto na aba SQL:

SELECT * FROM tarefas

Com isso o PHPMyAdmin irá para uma nova página com o resultado da pes-

quisa, parecida com a próxima imagem:

Figura 6.8: Resultado do SELECT

No comando SELECT nós informamos quais campos queremos, no caso, usei o

asterisco, que significa todos os campos, mas também podemos indicar os campos

que queremos. Faça o SELECT abaixo para buscar apenas dois campos da tabela:

61

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

6.7. Filtrando os resultados do SELECT

Casa do Código

SELECT nome, prioridade FROM tarefas

Agora o resultado será com apenas os campos nome e prioridade.

Adicione mais algumas tarefas na tabela, usando o comando INSERT que vimos

há pouco. Eu cadastrei quatro tarefas. O meu SELECT, com os campos nome,

descricao e prioridade trouxe este resultado:

Figura 6.9: Resultado do SELECT com mais linhas

Uma curiosidade interessante é que SQL não te obriga a escrever os comandos

da linguagem, como SELECT, INSERT etc., usando caixa alta, mas é interessante

manter este padrão pois simplifica a leitura. Veja que nos nossos códigos SQL até

aqui existem comandos como o FROM e o VALUES, que eu não necessariamente disse

para que servem, mas como eles estão em caixa alta, você conseguiu ler os comandos

e deduzir o que é da linguagem e o que são nossos dados. Então, mantenha seu SQL

com as palavras da linguagem em caixa alta, vai facilitar para você e para outras

pessoas lerem seu código e entender o que ele faz.

6.7

Filtrando os resultados do SELECT

Usando o SELECT podemos filtrar os resultados da busca, por exemplo, se quiser-

mos exibir as tarefas com a prioridade 1, faremos o SQL assim:

SELECT nome, descricao, prioridade FROM tarefas

WHERE prioridade = 1

O resultado deve ser algo similar a isso:

Figura 6.10: Resultado do SELECT filtrando com a prioridade 1

62

Casa do Código

Capítulo 6. Acessando e usando um banco de dados

Também podemos filtrar por um texto que esteja dentro de outro texto, para isso

usamos a instrução LIKE do SQL:

SELECT nome, descricao, prioridade FROM tarefas

WHERE nome LIKE '%php%'

O LIKE aceita o uso daqueles sinais de porcentagem. Eles servem para dizer

algo como:

Procure por qualquer coisa, seguido de php, seguido de qualquer coisa

Então, se a nossa pesquisa fosse assim:

SELECT nome, descricao, prioridade FROM tarefas

WHERE nome LIKE 'php'

Ela não teria resultados. Consegue entender o motivo? Se pensar um pouco

fica simples. Neste caso, ele pesquisa resultados nos quais o campo nome seja igual

a php, sem textos antes ou depois. Também podemos usar a porcentagem apenas

antes ou apenas depois de um texto.

No próximo capítulo vamos fazer a conexão da nossa aplicação PHP com o banco

MySQL.

6.8

Resumo

Neste capítulo usamos a linguagem SQL para manipular dados em um banco de da-

dos MySQL. O MySQL pode ser instalado à parte, ou junto com o pacote do XAMPP.

Usamos também o PHPMyAdmin como ferramenta para acessar o banco através do

navegador.

Para manipular o banco de dados usamos a instrução CREATE TABLE para criar

uma tabela, INSERT INTO para cadastrar dados em uma tabela, SELECT para bus-

car os dados da tabela e também filtramos os resultados do SELECT usando WHERE

e LIKE.

6.9

Desafios

Hora de alguns desafios, dessa vez voltados para bancos de dados e para a linguagem

SQL:

• Faça mais testes com o SELECT, o WHERE e o LIKE usando o banco tarefas.

63

6.9. Desafios

Casa do Código

• Crie um banco chamado contatos para guardar os dados dos contatos do

desafio iniciado nos desafios anteriores. Qual tabela será necessária para este

banco? Quais campos serão necessários para cadastrar os dados que já estão

sendo capturados pelo formulário? Não se esqueça de deixar um campo id

para guardar a chave que identificará um contato como único, assim como foi

feito para as tarefas.

• Crie um banco chamado estacionamento para cadastrar os veículos esta-

cionados. Neste banco crie uma tabela chamada veiculos com os campos

id, placa, marca, modelo, hora_entrada e hora_saida. Decida

os tipos de dados que devem ser usados para cada campo. Cadastre alguns

veículos e tente fazer pesquisas, como buscar todos os veículos de uma marca.

64

Capítulo 7

Integrando PHP com MySQL

No capítulo anterior, criamos o banco de dados e uma tabela para guardar os regis-

tros de nossas tarefas. Além disso, inserimos algumas tarefas no banco e usamos as

buscas da linguagem SQL para selecionar as tarefas no banco e filtrar pelo nome e

pela prioridade. Neste capítulo, iremos finalmente conectar o PHP ao MySQL! Como

já temos a aplicação pronta, mas usando sessões, e o banco pronto, nossa tarefa será

menos complexa, pois teremos que alterar apenas algumas partes da aplicação.

7.1

PHP e MySQL

PHP e MySQL já são velhos amigos. É bem comum encontrar aplicações que fazem

uso destas tecnologias em conjunto. Desde pequenos sites pessoais, até grandes sis-

temas de gestão e lojas virtuais, a web está repleta de casos de sucesso desta parceria.

O que torna esta parceria tão forte e estável é uma combinação de fatores, como

o fato de o MySQL ser um banco fácil de aprender, leve e rápido, o PHP ser fácil

e flexível e ambos possuírem licenças permissivas para uso pessoal, comercial e em

projetos de software livre.

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

7.2. Conectando ao MySQL

Casa do Código

PHP torna simples o uso do MySQL através de funções que conectam, executam

código SQL e trazem os resultados para a aplicação. E é exatamente isso que faremos

agora!

7.2

Conectando ao MySQL

Primeiro, vamos fazer a parte mais simples, que é conectar ao banco e buscar os

dados que estão cadastrados nele.

O primeiro passo para realizar a conexão com o MySQL é criar um usuário no

MySQL para que o PHP possa se autenticar. Este é um passo importante e ajuda

a manter o banco de dados mais seguro. É como aquele usuário e senha que você

precisa digitar quando liga o computador, ou quando vai acessar seu e-mail ou ainda

o seu perfil em uma rede social.

Para criar o usuário no MySQL, acesse o PHPMyAdmin e selecione o banco

tarefas e, estando nele, use a opção Privilégios no menu superior. Na página

que abrir, clique na opção Adicionar usuário — uma janela abrirá pedindo os

dados do novo usuário. Eu preenchi os campos conforme a imagem a seguir:

Figura 7.1: Criação de usuário no MySQL

No campo novo usuário informei sistematarefa, na senha digitei sistema e con-

firmei, depois cliquei no botão Adicionar usuário.

66

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

Após a adição do usuário, teremos um usuário chamado sistematarefa com a

senha sistema. Estes são os valores que informaremos ao PHP.

Agora vamos criar um novo arquivo para fazer a conexão com o banco. Ele será

gravado na mesma pasta dos arquivos da lista de tarefa, ou seja a pasta tarefas, e

seu nome será banco.php:

<?php

$bdServidor = '127.0.0.1';

$bdUsuario = 'sistematarefa';

$bdSenha = 'sistema';

$bdBanco = 'tarefas';

$conexao = mysqli_connect($bdServidor, $bdUsuario, $bdSenha, $bdBanco);

if (mysqli_connect_errno($conexao)) {

echo "Problemas para conectar no banco. Verifique os dados!";

die();

}

No arquivo, estamos criando quatro variáveis que guardam o endereço do servi-

dor MySQL (que é a nossa máquina), o nome de usuário, a senha de acesso e o nome

do banco que queremos acessar. É legal manter estes dados em variáveis, pois se for

necessário alterar, alteramos apenas a criação da variável, sem ter que procurar onde

ela está sendo usada.

Repare que no código do arquivo banco.php existem apenas duas funções que

não usamos até agora. A função mysqli_connect() recebe os dados de conexão

com o banco e abre a conexão. Esta conexão é guardada na variável $conexao e

vamos precisar desta variável sempre que formos interagir com o banco. A outra

função é a mysqli_connect_errno() que pega uma conexão e verifica se houve

erros de conexão. Neste caso, a função está dentro de um if, para verificar se houve

erros ou não. Ah, tem mais uma função nova ali, a função die(), que faz o que

o nome diz: ela mata o programa ali mesmo, sem ler o código que existe mais para

frente.

67

7.3. Buscando dados no banco

Casa do Código

Sempre ouvi falar de mysql_connect()

Talvez você já tenha visto algum texto sobre PHP e MySQL em que a

função de conexão era a mysql_connect(). Esta função existe, assim

como várias outras funções que começam com mysql_, mas elas serão

removidas do PHP em breve. Por isso, o ideal é usar sempre a nova e me-

lhorada versão da biblioteca MySQL do PHP, a MySQLi. No geral, basta

adicionar a letra i nos nomes de função MySQL e um parâmetro aqui

ou ali, que tudo funciona bem, mas existem algumas diferenças entre

as bibliotecas. Então, a dica é: sempre use a versão nova da biblioteca

MySQL para PHP. Sempre.

Vamos fazer uma pequena experiência com a conexão ao banco. Acesse o ar-

quivo banco.php diretamente pelo navegador, no endereço: http://localhost/tarefas/

banco.php. Você deverá ver apenas uma página em branco, o que é bom, significa

que a conexão funcionou. Agora, experimente mudar o campo de senha da conexão

para uma senha incorreta e acesse o arquivo novamente. Você verá a frase Problemas

para conectar no banco. Verifique os dados! . Ou seja, nosso código de conexão está

funcional e também exibe erros caso não consiga conectar.

O erro de conexão aparece sempre, mesmo com os dados

corretos

Você poderá passar pelo problema do erro de conexão de vez em

quando. Caso isso aconteça, verifique se o servidor do MySQL está ativo

no painel de controle do XAMPP, ou em outra ferramenta que você use

para gerenciar o MySQL. Uma outra forma de verificar se o banco está

funcionando normalmente é acessando o PHPMyAdmin. Se ele também

não conseguir conectar, o banco poderá estar mesmo desligado.

7.3

Buscando dados no banco

A próxima alteração que faremos em nosso programa é fazer com que ele busque as

tarefas cadastradas no banco de dados e não mais na sessão. Para isso, abra o arquivo

tarefas.php e ache o trecho que verifica se a sessão existe para colocar na lista de

tarefas, ou cria uma lista vazia, caso a sessão não exista. O trecho é este:

68

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

<?php

...

if (isset($_SESSION['lista_tarefas'])) {

$lista_tarefas = $_SESSION['lista_tarefas'];

} else {

$lista_tarefas = array();

}

...

Este trecho será eliminado! No lugar dele, ficará apenas uma nova linha que

chama uma função que retornará as tarefas cadastradas no banco:

<?php

...

$lista_tarefas = buscar_tarefas($conexao);

É claro que a função buscar_tarefas() ainda não existe, por isso iremos

criá-la dentro do arquivo banco.php. Então, abriremos novamente o arquivo

banco.php e no final dele vamos colocar a nova função. Mas antes de escrevê-la,

precisamos planejar um pouco o seu funcionamento.

A função buscar_tarefas() deverá usar uma conexão com o banco para

executar comandos SQL que busquem a lista de tarefas. Após buscar as tarefas, ela

deverá criar um array com os dados das tarefas e então deverá retornar esses dados.

Certo, planejando assim fica mais simples alcançar nosso objetivo. Como já te-

mos uma variável com a conexão com o MySQL, poderemos usá-la. Vamos ao código

da função:

<?php

...

function buscar_tarefas($conexao)

{

$sqlBusca = 'SELECT * FROM tarefas';

$resultado = mysqli_query($conexao, $sqlBusca);

$tarefas = array();

69

7.3. Buscando dados no banco

Casa do Código

while ($tarefa = mysqli_fetch_assoc($resultado)) {

$tarefas[] = $tarefa;

}

return $tarefas;

}

Nesta função foi criada uma variável com o comando SQL que irá buscar os

dados no banco, no caso o comando SELECT * FROM tarefas. Logo depois, a

função mysqli_query() usa a variável com a conexão e a variável com o comando

para ir ao banco, executar o comando e trazer o resultado. Este resultado fica arma-

zenado na variável $resultado. Na sequência, é criada a variável $tarefas, que

é apenas um array vazio. O próximo bloco é o while, que é executado até que a

função mysqli_fetch_assoc() tenha passado por todas as linhas do resultado,

sendo que cada linha do resultado é armazenada na variável $tarefa, no singular,

para diferenciar do array $tarefas. E então temos, finalmente, o return que

devolve os dados para quem chamou a função.

Agora podemos atualizar a página tarefas.php e ver o resultado. Acesse o

endereço http://localhost/tarefas/tarefas.php e veja o que acontece. Um erro! Ele diz

que a função buscar_tarefas() não existe! Mas nós acabamos de escrevê-la.

Analisando o problema é fácil identificar que o arquivo tarefas.php tem um

include apenas no final para o arquivo template.php. Como ele não sabe da exis-

tência do arquivo banco.php, ele gera o erro. Vamos corrigir o problema adicio-

nando um include para o arquivo banco.php. Este novo include será adicionado

no começo do arquivo, logo após a função session_start():

<?php

session_start();

include "banco.php";

...

Agora sim, atualize a página e você verá que ela exibe os dados cadastrados no

banco! Veja como ficou a minha:

70

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

Figura 7.2: Listando as tarefas cadastradas no banco de dados

A importância de uma boa estrutura

Veja como conseguimos alterar a nossa lista de tarefas para pegar os

dados do banco com apenas algumas alterações pontuais.

Isso foi possível pois a nossa aplicação tem uma estrutura que favorece

esse tipo de alteração e até mesmo um crescimento mais saudável.

Veja a geração da lista de tarefas, por exemplo. Se estivéssemos

usando a super global $_SESSION diretamente lá, a alteração seria mais

complicada e nos custaria mais tempo, além de poder gerar mais erros.

Mas, como estamos usando um array chamado $lista_tarefas, bas-

tou alterar a forma como este array é gerado. Repare que nem mesmo

precisamos tocar no arquivo template.php.

Não se preocupe se você não conseguir criar estruturas assim logo no

começo do seu aprendizado. Mas lembre-se de sempre estudar e melho-

rar seus códigos depois de “finalizar”, pois um software dificilmente vai

ficar “pronto”.

71

7.4. Cadastrando as tarefas no banco

Casa do Código

7.4

Cadastrando as tarefas no banco

Bem, agora que já estamos buscando as tarefas no banco, é chegada a hora de cadas-

trarmos mais tarefas usando o nosso formulário. Será que aqui também será possível

fazer pequenas alterações para termos os dados sendo enviados para o banco, no lu-

gar de usar sessões? Analisando o código no arquivo tarefas.php, conseguimos

ver que a linha responsável por colocar a tarefa na sessão é esta:

<?php

...

$_SESSION['lista_tarefas'][] = $tarefa;

...

Essa linha coloca na sessão a variável $tarefa, que é um array com os dados

da tarefa. Este array é exatamente o que precisamos para enviar nossas tarefas para o

banco de dados! Assim como fizemos com o trecho que buscava as tarefas na sessão,

vamos trocar esta linha por uma chamada a uma nova função que irá gravar os dados

no banco. Troque a linha que acabamos de ver por esta:

<?php

...

gravar_tarefa($conexão, $tarefa);

...

A função gravar_tarefa() receberá a conexão que já temos, na variável

$conexao, e também a nossa tarefa, que está no array $tarefa. Mas a fun-

ção gravar_tarefa() não existe, então precisamos adicioná-la. Faremos isso

no arquivo banco.php, pois ele está com o restante do código responsável pela

comunicação com o banco MySQL. No final do arquivo iremos adicionar a função

gravar_tarefa():

<?php

...

function gravar_tarefa($conexao, $tarefa)

{

$sqlGravar = "

72

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

INSERT INTO tarefas

(nome, descricao, prioridade)

VALUES

(

'{$tarefa['nome']}',

'{$tarefa['descricao']}',

{$tarefa['prioridade']}

)

";

mysqli_query($conexao, $sqlGravar);

}

Veja que este código faz o que fizemos lá no PHPMyAdmin, a diferença é que ele

coloca as variáveis do PHP para preencher o código SQL. Não se esqueça de colocar

as variáveis PHP dentro das chaves quando estiver colocando o conteúdo das variá-

veis dentro de outras strings. Uma string é uma sequência de caracteres, ou seja,

as nossas variáveis com textos são variáveis com strings. Não deixe de reparar que

abrimos a string $sqlGravar na linha onde ela é declarada e a fechamos na linha

depois do código SQL.

Nesta função também fizemos o uso da função mysqli_query(), pois ela é

bem versátil, servindo para buscar dados e também para gravar dados. Na verdade

a função mysqli_query() serve para executar código SQL, então ela devolve da-

dos quando fizermos, por exemplo, um SELECT, ou apenas insere dados quando

executados um INSERT.

Bem, a aplicação já está quase ok para funcionar usando o banco. Mas ainda é ne-

cessária uma alteração! O nosso formulário tem o campo para a definir a prioridade

da tarefa e este campo está com os valores baixa, media e alta, mas a tabela tarefas no banco de dados não está preparada para estes valores, pois decidimos usar números para definir as prioridades. Sendo assim, altere o formulário para que os valores

das prioridades fiquem como 1, 2 e 3, respectivamente, lembrando que o formulário está no arquivo template.php:

...

<legend>Prioridade:</legend>

<label>

<input type="radio" name="prioridade" value="1" checked /> Baixa

<input type="radio" name="prioridade" value="2" /> Média

73

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

7.4. Cadastrando as tarefas no banco

Casa do Código

<input type="radio" name="prioridade" value="3" /> Alta

</label>

...

Muito bem, agora acesse a página em http://localhost/tarefas/tarefas.php e tente

cadastrar uma tarefa. Eu cadastrei uma nova e a minha lista ficou assim:

Figura 7.3: Cadastrando uma nova tarefa através do formulário

Agora, precisamos exibir corretamente as prioridades na lista de tarefas, pois 1, 2

e 3 devem ser usados apenas no banco e a aplicação deve exibir sempre como baixa,

média e alta.

A linha que precisamos alterar é a que exibe a prioridade no arquivo

template.php:

...

<td><?php echo $tarefa['prioridade']; ?> </td>

...

Adicionar alguns ifs podem resolver o nosso problema, mas vão deixar nosso

template mais difícil de ser lido. Veja como fica se adicionarmos a logica necessária

para exibir os nomes das prioridades diretamente no template:

<td><?php

if ($tarefa['prioridade'] == 1) { echo 'Baixa'; }

if ($tarefa['prioridade'] == 2) { echo 'Média'; }

if ($tarefa['prioridade'] == 3) { echo 'Alta'; }

?> </td>

Não está assim tão ruim, mas veja como esta outra maneira fica bem mais legível

e fácil de entender:

74

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

<td><?php echo traduz_prioridade($tarefa['prioridade']); ?> </td>

Bem mais simples, não?

Claro que neste caso é necessário criar a função

traduz_prioridade() e colocar nela os ifs, mas a grande questão aqui é que o

arquivo template.php fica mais simples e enxuto, muito mais fácil de entender.

Pegue o arquivo banco.php como exemplo: nele existem as funções que cri-

amos para lidar com o banco de dados. Graças a isso o restante da nossa aplicação

precisa apenas chamar essas funções e não se preocupar em escrever SQL para exe-

cutar no banco.

Vamos criar um novo arquivo chamado ajudantes.php. Ele irá conter fun-

ções que nos ajudarão em pequenas tarefas, como este caso de traduzir o código da

prioridade para o nome dela. O conteúdo do arquivo ajudantes.php será apenas

a função traduz_prioridade(), por enquanto, pois logo mais iremos colocar

mais funções neste arquivo:

<?php

function traduz_prioridade($codigo)

{

$prioridade = '';

switch ($codigo) {

case 1:

$prioridade = 'Baixa';

break;

case 2:

$prioridade = 'Média';

break;

case 3:

$prioridade = 'Alta';

break;

}

return $prioridade;

}

Repare que na função traduz_prioridade() utilizamos uma nova instrução

do PHP, a switch/case. Esta instrução serve para os casos em que uma variável pode

ter diversos valores e cada valor significa um fluxo diferente para o programa. Você

deve estar pensando que o mesmo resultado poderia ser obtido usando alguns ifs, e

você está certo. Mas tente escrever esta função usado apenas if e else, você verá que 75

7.4. Cadastrando as tarefas no banco

Casa do Código

ela ficará maior e mais complexa de se entender. No caso do switch/case as opções

ficam mais claras e de fácil localização.

Mas o switch/case não pode ser usado em casos nos quais precisamos comparar

se um valor é maior ou menor que outro. Usando if podemos colocar uma condição

como “ $variavel < 10”, algo impossível no case, que só aceita valores fixos. É

como se no if só se pudesse usar “ $variavel == 10”.

Com a função traduz_prioridade() pronta, precisamos dizer para a nossa

aplicação que ela existe. Para isso, no arquivo tarefas.php, vamos adicionar mais

uma instrução include, logo abaixo da inclusão do arquivo banco.php:

<?php

session_start();

include "banco.php";

include "ajudantes.php";

...

Atualize a página e você deverá ver as prioridades com os nomes e não mais com

os códigos.

Ajudantes?

É bem comum encontrar em aplicações PHP, ou de outras linguagens,

arquivos, pacotes, módulos etc., com o nome de helpers, que significa

exatamente ajudantes.

Em geral, estes arquivos contêm pequenos trechos de código para au-

xiliar em tarefas recorrentes, como no nosso caso de exibir o tipo de pri-

oridade ou a formatação de datas, que veremos ainda neste capítulo.

Você

também

pode

agrupar

os

ajudantes

para

determi-

nadas tarefas em arquivos separados.

Alguns exemplos se-

riam ajudantes para desenhar tabelas em um arquivo chamado

ajudantes_tabelas.php ou um para criar formulários em um

arquivo ajudantes_formularios.php. Tudo vai depender das suas

necessidades e organização do código.

76

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

7.5

Cadastrando o prazo das atividades

Até o momento, estamos gravando no banco apenas o nome, a descrição e a priori-

dade das tarefas. Vamos agora incluir o prazo.

Este é um campo que vai dar um pouco mais de trabalho, pois no Brasil nós

usamos a data no formato DIA/MÊS/ANO, mas para o MySQL o formato da data é

ANO-MÊS-DIA. Por isso vamos precisar de dois tradutores: um para pegar a data

que digitarmos e traduzir para o formato do MySQL e outro para pegar a data do

MySQL e traduzir para exibir na lista de tarefas.

Em programação sempre existem diversas maneiras de se resolver um problema.

Neste caso não é diferente, pois podemos transformar as datas usando diversas téc-

nicas diferentes. A técnica que faremos pode não ser a melhor ou a mais elegante,

mas vai resolver o nosso problema e ficará bem simples de entender.

Vamos analisar melhor o problema. Nos dois formatos de data temos os mesmos

valores, mas em posições diferentes e usando separadores diferentes. Então, o que

precisamos fazer é arrumar uma forma de separar os valores e reconstruir a string

colocando cada valor em sua posição usando os separadores esperados, que podem

ser barras ou traços.

Vamos começar pela tradução da data digitada no formulário, no formato

DIA/MÊS/ANO para o formato do MySQL. A estratégia aqui será separar os valores

para montar a string com o novo formato. Para isso, vamos usar uma função bem

interessante do PHP, a explode(), que divide uma string em partes, de acordo com

algum separador informado. O retorno da função explode() é um array com as

partes da string, veja um exemplo:

<?php

$texto_original = "Frodo;Sam;Merry;Pippin";

$hobbits = explode(";", $texto_original);

foreach ($hobbits as $hobbit) {

echo $hobbit . "<br />";

}

A variável $texto_original contém os nomes dos quatro hobbits separados

por ponto e vírgula. A função explode() recebe dois parâmetros, sendo que o

primeiro é o separador que desejamos e o segundo é o texto que desejamos separar.

O resultado é um array no qual cada item é um dos pedaços após a separação.

77

7.5. Cadastrando o prazo das atividades

Casa do Código

No caso da tradução do prazo para as nossas tarefas, vamos criar uma função

chamada traduz_data_para_banco() no arquivo ajudantes.php. Esta fun-

ção irá separar os valores de dia, mês e ano e irá retornar uma string com o formato

correto para o MySQL. Veja como ela fica:

<?php

function traduz_data_para_banco($data)

{

if ($data == "") {

return "";

}

$dados = explode("/", $data);

$data_mysql = "{$dados[2]}-{$dados[1]}-{$dados[0]}";

return $data_mysql;

}

...

Quando separamos a string da data, temos um array em que o índice zero é o dia,

o índice 1 é o mês e o índice 2 é o ano. Basta construir uma nova string com os dados

nas posições corretas e separando com o traço, assim temos o formato esperado pelo

MySQL.

Outro detalhe é que, antes de tentar traduzir a data, verificamos se ela está vazia,

já que é um campo opcional. Caso esteja vazia, retornamos uma string vazia, assim

o MySQL irá gravar uma data também vazia.

Agora precisamos alterar o trecho onde montamos o array com os dados envia-

dos para usar a nova função, lá no arquivo tarefas.php:

<?php

...

if (isset($_GET['prazo'])) {

$tarefa['prazo'] = traduz_data_para_banco($_GET['prazo']);

} else {

$tarefa['prazo'] = '';

}

78

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

...

Certo, já temos a função e também já estamos traduzindo o prazo que for di-

gitado no formulário. Só falta alterar a função gravar_tarefa() no arquivo

banco.php para também gravar o prazo. Para isso é necessário mudar a criação

do código SQL. Uma nota importante é que a data precisa ser formatada como uma

string para o MySQL, ou seja, ela precisa estar entre aspas. Veja como deverá ficar o

código:

<?php

...

function gravar_tarefa($conexao, $tarefa)

{

$sqlGravar = "

INSERT INTO tarefas

(nome, descricao, prioridade, prazo)

VALUES

(

'{$tarefa['nome']}',

'{$tarefa['descricao']}',

{$tarefa['prioridade']},

'{$tarefa['prazo']}'

)

";

mysqli_query($conexao, $sqlGravar);

}

...

Pronto, todas as pontas ligadas. Experimente cadastrar uma tarefa com um prazo

e veja como fica. A minha lista ficou assim:

79

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

7.5. Cadastrando o prazo das atividades

Casa do Código

Figura 7.4: O prazo da atividade está no formato do MySQL

Quase perfeito, não? Agora precisamos traduzir a data de volta para o nosso

formato brasileiro para exibir na lista de tarefas. Seguindo uma lógica bem parecida,

vamos criar uma função traduz_data_para_exibir(), que também estará no

arquivo ajudantes.php:

<?php

...

function traduz_data_para_exibir($data)

{

if ($data == "" OR $data == "0000-00-00") {

return "";

}

$dados = explode("-", $data);

$data_exibir = "{$dados[2]}/{$dados[1]}/{$dados[0]}";

return $data_exibir;

}

...

Repare nas diferenças entre a função que traduz para o banco e a que traduz

para exibição. Estamos separando a string usando separadores diferentes e depois

montamos novamente também com separadores diferentes. Uma outra diferença

na traduz_data_para_exibir() é que o if logo no começo faz duas verifi-

cações, pois a data no banco pode estar em branco ou pode estar como uma string

“0000-00-00”. Para fazer esta verificação utilizamos a instrução OR, colocando uma

condição de cada lado, assim o PHP irá verificar se uma das condições, ou as duas,

são verdadeiras.

Atualize a sua lista de tarefas e veja o resultado, agora com a data correta:

80

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

Figura 7.5: O prazo da atividade com o formato correto usado no Brasil

7.6

Marcando uma tarefa como concluída

Dos campos que temos no formulário, o único que ainda não estamos gravando no

banco é o campo que indica que se a tarefa está concluída. No checkbox do formu-

lário colocamos o valor como sim, mas no banco precisamos do número zero para

tarefas não concluídas e do número 1 para tarefas concluídas. Por isso, vamos mudar

o checkbox para o valor 1, no arquivo template.php:

<label>

Tarefa concluída:

<input type="checkbox" name="concluida" value="1" />

</label>

Agora, vamos alterar a parte onde este dado é adicionado no array $tarefa,

no arquivo tarefas.php:

<?php

...

if (isset($_GET['concluida'])) {

$tarefa['concluida'] = 1;

} else {

$tarefa['concluida'] = 0;

}

...

Repare que, após verificar se o dado está definido na super global $_GET, o valor

está sendo definido como 1, ou como 0 quando não estiver definido. Esta verificação

é assim pois quando um checkbox não é marcado, ele não é enviado pelo navegador

junto com o formulário. Por isso, basta verificar se ele está ou não definido usando

o isset().

81

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

7.6. Marcando uma tarefa como concluída

Casa do Código

Agora, é necessário alterar a função

gravar_tarefa() para gerar o

código SQL incluindo o campo

concluida.

Vale lembrar que a função

gravar_tarefa() está no arquivo banco.php:

<?php

...

function gravar_tarefa($conexao, $tarefa)

{

$sqlGravar = "

INSERT INTO tarefas

(nome, descricao, prioridade, prazo, concluida)

VALUES

(

'{$tarefa['nome']}',

'{$tarefa['descricao']}',

{$tarefa['prioridade']},

'{$tarefa['prazo']}',

{$tarefa['concluida']}

)

";

}

...

Repare que o campo foi adicionado na lista de campos e o valor na lista de valores.

Como o campo é um número, não precisamos usar aspas desta vez.

Cadastre uma atividade e veja o resultado:

Figura 7.6: Mostrando a tarefa como concluída, mas mostra ‘1’ no lugar de ‘Sim’

Bem, ainda não está bom para o usuário, pois agora ele vai exibir o número 1

para tarefas concluídas e o número 0 para atividades não concluídas.

82

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 7. Integrando PHP com MySQL

Vamos adicionar mais uma função para traduzir conteúdos do banco

para apresentação.

No arquivo

ajudantes.php

criaremos a função

traduz_concluida(), que retorna

Sim ou

Não de acordo com o campo

de tarefa concluída no banco:

<?php

...

function traduz_concluida($concluida)

{

if ($concluida == 1) {

return 'Sim';

}

return 'Não';

}

Precisamos alterar o arquivo template.php para usar a nova função para exi-

bir o status de conclusão das tarefas:

...

<td><?php echo traduz_concluida($tarefa['concluida']); ?> </td>

...

Atualize a página, ou cadastre uma nova tarefa e você verá a lista com as palavras

Sim e Não na coluna Concluída:

Figura 7.7: Lista exibindo o status de conclusão como Sim e Não

Neste momento, temos uma lista de tarefas funcional, mas ainda não podemos

editar as tarefas e teremos problema se digitarmos datas incorretas, nomes muito

grandes ou se atualizarmos a página assim que adicionarmos uma tarefa. No pró-

ximo capítulo, vamos lidar com alguns destes problemas e vamos praticamente con-

cluir nossa aplicação de gestão de tarefas.

83

7.7. Resumo

Casa do Código

7.7

Resumo

Neste capítulo alteramos a nossa aplicação para trabalhar com o banco de dados no

lugar das sessões. Experimente, neste momento, fechar o seu navegador e abri-lo

novamente, ou então acesse a lista de tarefas em um navegador diferente. Perceba

que as atividades estão lá! Ou seja, não dependemos mais do uso das sessões para

que nossa aplicação guarde os dados.

Este capítulo também reforçou o conceito da separação de responsabilidades em

diferentes arquivos e também mostrou o conceito dos arquivos com funções ajudan-

tes, que também são conhecidos no mundo da programação como helpers.

Também fizemos a tradução de datas no formato usado no Brasil para o formato

esperado pelo MySQL e vice-versa.

7.8

Desafios

Hora de treinar fazendo mais alguns desafios:

• Continue a lista de contatos dos desafios anteriores, mas agora passando a

guardar os dados em um banco de dados. Utilize todos os conceitos vistos até

aqui, como a separação em arquivos, o uso de ajudantes e o uso das funções

mysqli_ do PHP para lidar com o MySQL.

• Crie a aplicação para trabalhar com o banco de dados estacionamento, criado

nos desafios do capítulo anterior. Mais uma vez, utilize todos os conceitos que

vimos até aqui.

84

Capítulo 8

Edição e remoção de registros

Nossa lista de tarefas funciona apenas para inclusão de tarefas e ainda não valida as

informações fornecidas pelo usuário. Neste capítulo, vamos adicionar mais funcio-

nalidades para editar e remover tarefas e com isso deixar a aplicação praticamente

pronta para ser usada no dia a dia.

8.1

Edição de tarefas

Para editar nossas tarefas, precisamos de uma forma de identificarmos uma tarefa

como única. Usar o nome ou o prazo não é uma boa ideia, pois tarefas podem se

repetir, por isso vamos usar o campo id da tabela tarefas no banco de dados.

Este campo já foi feito para esta situação, em que precisamos identificar um registro

como único. Como este campo é do tipo autonumeração, cada tarefa terá seu próprio

número, sem se repetir.

Vamos alterar a lista de tarefas para incluir uma nova coluna Opções. Esta nova

coluna irá conter links para edição e remoção de tarefas. A primeira opção que adi-

8.1. Edição de tarefas

Casa do Código

cionaremos é a de edição das tarefas. Para isso, edite o arquivo template.php,

adicionando a linha que cria a coluna Opções e a linha que cria o link para edição:

...

<tr>

<th>Tarefa</th>

<th>Descricao</th>

<th>Prazo</th>

<th>Prioridade</th>

<th>Concluída</th>

<th>Opções</th> <!-- A nova coluna Opções -->

</tr>

<?php foreach ($lista_tarefas as $tarefa) : ?>

<tr>

<td>

<?php echo $tarefa['nome']; ?>

</td>

<td>

<?php echo $tarefa['descricao']; ?>

</td>

<td>

<?php echo traduz_data_para_exibir($tarefa['prazo']); ?>

</td>

<td>

<?php echo traduz_prioridade($tarefa['prioridade']); ?>

</td>

<td>

<?php echo traduz_concluida($tarefa['concluida']); ?>

</td>

<td> <!-- O campo com os links para editar e remover -->

<a href="editar.php?id=<?php echo $tarefa['id']; ?> ">

Editar

</a>

</td>

</tr>

<?php endforeach; ?>

...

Adicionei comentários no HTML anterior para ficar mais simples identificar

quais são as novas adições. Veja a construção do link para a edição das tarefas. Ele

86

Casa do Código

Capítulo 8. Edição e remoção de registros

irá nos levar para um arquivo PHP chamado editar.php e está informando um

parâmetro que é o id. Este id é preenchido pelo PHP pegando o id cadastrado no

banco de dados.

Agora temos uma decisão importante a ser tomada: podemos criar uma nova pá-

gina, com um novo formulário, para a edição das tarefas, o que vai ser mais simples;

ou podemos reaproveitar o formulário que já existe, o que será um pouco menos

simples — mas vai facilitar bastante as futuras alterações em nossa aplicação, pois

não será necessário alterar dois formulários.

Vamos seguir o caminho do reaproveitamento e usar apenas um formulário para

fazer a adição e a edição das tarefas. Para isso, será necessário alterar o nosso formu-

lário para que ele saiba lidar com as duas situações. Mas antes, vamos fazer mais uma

separação em nossa aplicação. Atualmente o arquivo template.php é responsável

por exibir o formulário para cadastrar uma atividade e também a tabela com a lista

de atividades. Isso funciona bem para a situação atual, já que não temos ainda a edi-

ção de tarefas, mas não irá funcionar bem para a edição, pois o ideal é que a edição

não exiba a lista de tarefas, mas apenas o formulário.

Por isso, vamos melhorar um pouco o projeto atual separando o ar-

quivo

template.php em dois, um para o formulário, que irá se chamar

formulario.php (sem acento) e outro para a tabela, que vamos chamar de

tabela.php. Vale lembrar que, depois desta alteração, o arquivo template.php

ainda existirá, mas com uma nova estrutura.

Este é o arquivo formulario.php:

<form>

<fieldset>

<legend>Nova tarefa</legend>

<label>

Tarefa:

<input type="text" name="nome" />

</label>

<label>

Descrição (Opcional):

<textarea name="descricao"></textarea>

</label>

<label>

Prazo (Opcional):

<input type="text" name="prazo" />

</label>

87

8.1. Edição de tarefas

Casa do Código

<fieldset>

<legend>Prioridade:</legend>

<input type="radio" name="prioridade" value="1" checked />

Baixa

<input type="radio" name="prioridade" value="2" />

Média

<input type="radio" name="prioridade" value="3" />

Alta

</fieldset>

<label>

Tarefa concluída:

<input type="checkbox" name="concluida" value="1" />

</label>

<input type="submit" value="Cadastrar" />

</fieldset>

</form>

E o arquivo tabela.php vai ficar assim:

<table>

<tr>

<th>Tarefa</th>

<th>Descricao</th>

<th>Prazo</th>

<th>Prioridade</th>

<th>Concluída</th>

<th>Opções</th>

</tr>

<?php foreach ($lista_tarefas as $tarefa) : ?>

<tr>

<td>

<?php echo $tarefa['nome']; ?>

</td>

<td>

<?php echo $tarefa['descricao']; ?>

</td>

<td>

<?php echo traduz_data_para_exibir($tarefa['prazo']); ?>

</td>

<td>

<?php echo traduz_prioridade($tarefa['prioridade']); ?>

</td>

88

Casa do Código

Capítulo 8. Edição e remoção de registros

<td>

<?php echo traduz_concluida($tarefa['concluida']); ?>

</td>

<td>

<a href="editar.php?id=<?php echo $tarefa['id']; ?> ">

Editar

</a>

</td>

</tr>

<?php endforeach; ?>

</table>

O novo arquivo template.php ficará bem menor, já que não terá mais a lógica

do formulário e da tabela. Mas agora ele terá uma nova lógica que irá verificar se a

tabela deve aparecer.

Para isso vamos utilizar uma variável de controle $exibir_tabela, que deverá

ser iniciada com o valor false logo no começo do arquivo tarefas.php. Veja

primeiro como deve ficar o arquivo template.php:

<html>

<head>

<meta charset="utf-8" />

<title>Gerenciador de Tarefas</title>

<link rel="stylesheet" href="tarefas.css" type="text/css" />

</head>

<body>

<h1>Gerenciador de Tarefas</h1>

<?php include('formulario.php'); ?>

<?php if ($exibir_tabela) : ?>

<?php include('tabela.php'); ?>

<?php endif; ?>

</body>

</html>

Gostou desta sintaxe do if? Em vez de abrir chaves para os blocos, eu coloquei

os dois pontos para abrir o bloco do if e fechei o bloco com a instrução endif. Esta sintaxe é bem legal para templates, pois deixa mais claro o que está sendo fechado.

Lembre-se de que podemos fazer isso com o while, usando endwhile, for e endfor, 89

8.1. Edição de tarefas

Casa do Código

foreach e endforeach. Use esta sintaxe para templates — fica melhor para entender

o código depois. O seu futuro eu agradecerá, e também o pessoal da sua equipe.

Agora precisamos definir a variável de controle dentro do arquivo

tarefas.php:

<?php

...

include "banco.php";

include "ajudantes.php";

$exibir_tabela = false;

...

Se você atualizar a página neste momento, verá apenas o seu título e o formulário,

pois acabamos de definir como false a exibição da tabela.

A nossa ideia é não exibir a lista de tarefas apenas quando estivermos editando

uma tarefa. Já que a nossa lógica é exibir a lista sempre e não exibir em apenas um

caso, então fica mais simples se deixarmos a variável $exibir_tabela como true,

em vez de false:

<?php

...

include "banco.php";

include "ajudantes.php";

$exibir_tabela = true;

...

Não tenha medo de mudar a lógica dos seus programas de vez em quando, se for

para deixar mais simples e fácil de entender. Tente evitar ao máximo a síndrome do

Gollum e ficar chamando seu código de meu precioso. =)

Agora vamos cuidar daquele novo arquivo, para onde o link de edição das tarefas

nos leva, o arquivo editar.php. Este arquivo será muito parecido com o arquivo

tarefas.php, mas com diferenças essenciais, como a variável $exibir_tabela

com o valor false e a não necessidade de usar a função buscar_tarefas(), já que

não exibiremos as tarefas. Claro que será necessário ir ao banco de dados para pegar

90

Casa do Código

Capítulo 8. Edição e remoção de registros

os dados da tarefa que queremos editar, por isso vamos usar uma função nova, a

buscar_tarefa(). Veja que o nome é bem parecido com a outra função, mudando

apenas que a nova função busca apenas uma tarefa. É por isso que seu nome está no

singular e o seu resultado será atribuído à variável $tarefa.

Uma outra diferença importante no arquivo editar.php é que ele deverá pegar

também o código de identificação das nossas tarefas, que é o campo id.

Veja como deverá ficar o nosso arquivo editar.php.

<?php

session_start();

include "banco.php";

include "ajudantes.php";

$exibir_tabela = false;

if (isset($_GET['nome']) && $_GET['nome'] != '') {

$tarefa = array();

$tarefa['id'] = $_GET['id'];

$tarefa['nome'] = $_GET['nome'];

if (isset($_GET['descricao'])) {

$tarefa['descricao'] = $_GET['descricao'];

} else {

$tarefa['descricao'] = '';

}

if (isset($_GET['prazo'])) {

$tarefa['prazo'] = traduz_data_para_banco($_GET['prazo']);

} else {

$tarefa['prazo'] = '';

}

$tarefa['prioridade'] = $_GET['prioridade'];

if (isset($_GET['concluida'])) {

$tarefa['concluida'] = 1;

} else {

91

8.1. Edição de tarefas

Casa do Código

$tarefa['concluida'] = 0;

}

editar_tarefa($conexao, $tarefa);

}

$tarefa = buscar_tarefa($conexao, $_GET['id']);

include "template.php";

Veja que ele é praticamente uma cópia do arquivo tarefas.php, mas com

algumas alterações fundamentais.

Precisamos criar a nova função buscar_tarefa(). Ela deverá ficar junto com

as demais funções que lidam com banco de dados no arquivo banco.php:

<?php

...

function buscar_tarefa($conexao, $id) {

$sqlBusca = 'SELECT * FROM tarefas WHERE id = ' . $id;

$resultado = mysqli_query($conexao, $sqlBusca);

return mysqli_fetch_assoc($resultado);

}

...

Repare que sempre utilizaremos o campo id da tabela tarefas para nos refe-

renciarmos a uma tarefa como única. Isso é um padrão para os bancos de dados e,

em geral, para diversas linguagens.

Agora vamos alterar o arquivo formulario.php para que ele já venha com os

dados da tarefa preenchidos, de modo que o usuário possa fazer a edição.

Vamos primeiro adicionar o campo id no formulário, assim ele será enviado

junto com o restante dos campos quando o usuário pedir para salvar a edição das

tarefas. Este campo não precisa ser exibido para o usuário, pois não existe a necessi-

dade de edição dele, então vamos usar um campo do tipo hidden:

<form>

<input type="hidden" name="id"

value="<?php echo $tarefa['id']; ?> " />

<fieldset>

92

Casa do Código

Capítulo 8. Edição e remoção de registros

...

No restante dos campos, vamos preencher os valores usando o atributo value

ou o conteúdo do elemento quando for texto, que neste caso são os campos tarefa,

descricao e prazo. Vou colocar apenas os campos no código a seguir, mas

lembre-se de que eles estão separados e existe mais código entre eles:

<input type="text" name="nome"

value="<?php echo $tarefa['nome']; ?> " />

<textarea name="descricao">

<?php echo $tarefa['descricao']; ?>

</textarea>

<input type="text" name="prazo"

value="<?php

echo traduz_data_para_exibir($tarefa['prazo']);

?> " />

Lembra da função traduz_data_para_exibir()? Olha só como ela está

sendo útil mais uma vez, agora para exibir a data no formato correto para edição.

O preenchimento dos campos prioridade e concluida é um pouco dife-

rente, já que precisamos do atributo checked para marcar o campo:

...

<input type="radio" name="prioridade" value="1"

<?php echo ($tarefa['prioridade'] == 1)

? 'checked'

: '';

?> /> Baixa

<input type="radio" name="prioridade" value="2"

<?php echo ($tarefa['prioridade'] == 2)

? 'checked'

: '';

?> /> Média

<input type="radio" name="prioridade" value="3"

<?php echo ($tarefa['prioridade'] == 3)

? 'checked'

93

8.1. Edição de tarefas

Casa do Código

: '';

?> /> Alta

<!-- Agora o campo de concluída -->

<input type="checkbox" name="concluida" value="1"

<?php echo ($tarefa['concluida'] == 1)

? 'checked'

: '';

?> />

Não se assuste com este trecho! Aqui estamos usando o ternário do PHP, que é

tipo um if, mas com uma sintaxe reduzida. O ternário funciona assim: você coloca

uma condicional e logo depois uma opção para a condicional verdadeira e, em se-

guida, uma opção para a condicional falsa. No começo parece estranho, mas logo

se percebe que esta forma de usar condicionais pode ser muito útil em alguns casos.

Veja um exemplo com um if normal, igual ao que já vimos até agora:

<?php

$idade = $_GET['idade'];

if ($idade >= 18) {

echo "Bem vindo!";

} else {

echo "Entrada proibida!";

}

Agora, veja o mesmo exemplo, usando ternário:

<?php

$idade = $_GET['idade'];

echo ($idade > 18) ? "Bem vindo!" : "Entrada proibida!";

Bem mais simples, certo? Agora toda a condição cabe em apenas uma linha e

fica bem fácil de ler e sem um monte de código para apenas um echo.

Uma pequena mudança que podemos fazer é alterar também o texto do botão

submit no final do formulário, que atualmente é Cadastrar. A ideia é exibir

Atualizar quando estivermos editando uma tarefa. Neste caso o ternário também

será bastante útil:

94

Casa do Código

Capítulo 8. Edição e remoção de registros

...

<input type="submit" value="

<?php echo ($tarefa['id'] > 0) ? 'Atualizar' : 'Cadastrar'; ?>

" />

...

Muito bem, neste momento o formulário de edição já está exibindo os dados

das tarefas. Mas ainda não escrevemos a função editar_tarefa(). Esta função

receberá um array com os dados da tarefa e então fará a atualização do registro no

banco usando a instrução UPDATE da SQL. Veja um exemplo da instrução UPDATE:

UPDATE tabela SET

campo1 = 'valor',

campo2 = 123

WHERE id = 1

Mais uma vez vale lembrar que nossas funções que lidam com o banco de da-

dos são apenas geradoras e executoras de SQL, por isso é importante se dedicar a

aprender SQL tanto quanto ao aprendizado de PHP. ;-)

Veja como deverá ficar a função editar_tarefa():

<?php

...

function editar_tarefa($conexao, $tarefa)

{

$sql = "

UPDATE tarefas SET

nome = '{$tarefa['nome']}',

descricao = '{$tarefa['descricao']}',

prioridade = {$tarefa['prioridade']},

prazo = '{$tarefa['prazo']}',

concluida = {$tarefa['concluida']}

WHERE id = {$tarefa['id']}

";

mysqli_query($conexao, $sqlEditar);

}

...

95

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

8.1. Edição de tarefas

Casa do Código

Com esta função pronta, já podemos editar as tarefas. Mas se você acessar o

arquivo tarefas.php neste momento, você verá diversos erros na página, mais ou

menos conforme a imagem a seguir:

Figura 8.1: Diversos erros no formulário

Nossa! Quantos erros! Mas se analisarmos melhor veremos que na verdade to-

dos os erros são referentes à mesma variável $tarefa. Este erro está acontecendo

porque mudamos o formulário para preencher os dados de uma tarefa sendo edi-

tada. Já que tomamos a decisão de usar apenas um arquivo para o formulário, agora

teremos que adaptar o formulário para o cadastro de novas tarefas, que antes já fun-

cionava corretamente.

Neste caso, a correção do problema é simples: basta fornecermos uma tarefa em

branco para o formulário de cadastro de tarefas, assim ele sempre terá uma variá-

vel $tarefa para exibir, evitando os erros de variável não definida. No arquivo

tarefas.php adicionaremos esta nova $tarefa em branco, que será um array.

Vamos adicionar esta variável logo antes do include do template.php:

<?php

...

$tarefa = array(

'id'

=> 0,

'nome'

=> '',

96

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 8. Edição e remoção de registros

'descricao' => '',

'prazo'

=> '',

'prioridade' => 1,

'concluida' => ''

);

include "template.php";

...

Como estamos fornecendo uma tarefa em branco, o formulário não gera mais

erros. Então, vamos editar uma tarefa! Acesse o endereço http://localhost/tarefas/

tarefas.php e clique no link Editar. Você deverá ver apenas o formulário preen-

chido com os dados da tarefa, mas sem a lista de tarefas embaixo:

Figura 8.2: Nosso formulário para edição de tarefas

Agora podemos editar nossas tarefas, uma vez que já temos o formulário. O

arquivo editar.php já trata os dados e também já estamos enviando a tarefa para

a função editar_tarefa() que usa o comando UPDATE do MySQL para atualizar

os dados.

Mas algo ainda não está legal. Perceba que, após salvar uma tarefa, continuamos

na página de edição. Esta é uma boa hora para apresentar uma nova opção: os redi-

recionamentos. A ideia aqui é quebrar o fluxo da aplicação logo após a execução da

97

8.2. Remoção de tarefas

Casa do Código

função editar_tarefa(), para que o usuário seja encaminhado novamente para

a página inicial — ou seja, a lista de tarefas, lá no arquivo tarefas.php. O PHP

em si não possui uma ferramenta de redirecionamento, pois isso é feito pelo HTTP,

através de informações para o navegador. Aqui eu vou mostrar uma forma simples

de fazer este redirecionamento, mas lembre-se de mais tarde parar para estudar um

pouco mais sobre o protocolo HTTP, ok?

Para fazer o redirecionamento, precisamos falar para o navegador que ele deve ir

para um local diferente do local atual. Isso é feito através de cabeçalhos HTTP, neste

caso o cabeçalho que precisamos é o Location. O PHP usa a função header()

para mandar esses cabeçalhos para o navegador. Veja como fica o uso da função

header() para redirecionarmos nossos usuários de volta para tarefas.php após

a atualização de uma tarefa com a função editar_tarefa():

<?php

...

editar_tarefa($conexao, $tarefa);

header('Location: tarefas.php');

die();

...

Logo após a função header(), foi adicionada a função die(), que encerra

o processo do PHP imediatamente. A chamada da função die() vai evitar que o

restante do arquivo editar.php seja executado de forma desnecessária, já que o

que precisamos após a edição de uma tarefa é apenas o redirecionamento para a lista

de tarefas.

Com isso, temos a lista de tarefas já funcional para cadastro e também para edi-

ção de tarefas! Mas agora precisamos de uns ajustes importantes, como a possibili-

dade de remover tarefas e também a validação do formulário, para evitarmos, por

exemplo, o cadastro de tarefas em branco.

8.2

Remoção de tarefas

A remoção das tarefas será bem mais simples que a edição, pois dessa vez não precisa-

mos pegar dados no banco, preencher formulário etc. Agora tudo o que precisamos

é do número da tarefa para remover, ou seja, seu id no banco de dados.

98

Casa do Código

Capítulo 8. Edição e remoção de registros

Vamos começar adicionando o link Remover na nossa lista de tarefas. Este link

ficará junto do link Editar, na coluna Opções da tabela, então vamos editar o

arquivo tabela.php para fazer a adição do novo link:

...

<td>

<a href="editar.php?id=<?php echo $tarefa['id']; ?> ">

Editar

</a>

<a href="remover.php?id=<?php echo $tarefa['id']; ?> ">

Remover

</a>

</td>

...

Perceba que o link de remoção é muito parecido com o link de edição que já

conhecemos. Afinal, para remover uma tarefa também vamos precisar do seu id no

banco de dados, mas o endereço aponta para o arquivo remover.php, que ainda

não existe.

O nosso arquivo remover.php também deverá utilizar o arquivo banco.php

para acessar o banco e também deverá redirecionar o usuário após a remoção da

tarefa, assim como fizemos na edição. Este arquivo será bem menor que os demais,

porque precisa fazer menos trabalho do que a lista e a edição:

<?php

include "banco.php";

remover_tarefa($conexao, $_GET['id']);

header('Location: tarefas.php');

E pronto, este é o arquivo remover.php em todo o seu esplendor. Sim, apenas

isso! É claro que ainda precisamos criar a função remover_tarefa() lá no arquivo

banco.php, mas a lógica da remoção é basicamente esta.

No arquivo banco.php, vamos adicionar a função remover_tarefa(). Esta

função irá utilizar o comando DELETE da linguagem SQL, que tem a sintaxe con-

forme este exemplo:

99

8.3. Evitando o problema com a atualização de página

Casa do Código

DELETE FROM tarefas WHERE id = 123

Este exemplo removeria o registro da tabela tarefas com o id 123. Mas também

podemos fazer algo assim com SQL:

DELETE FROM tarefas WHERE concluida = 1

Este comando removeria da tabela tarefas todos os registros onde o campo

concluida fosse igual a 1, ou seja, nossas tarefas concluídas.

Mas vamos voltar à função remover_tarefa() no arquivo banco.php:

<?php

...

function remover_tarefa($conexao, $id)

{

$sqlRemover = "DELETE FROM tarefas WHERE id = {$id}";

mysqli_query($conexao, $sqlRemover);

}

Com a função remover_tarefa() pronta, já podemos usar o novo link

Remover na lista de tarefas para removermos tarefas. Faça um teste, deu certo? Se

sim, vamos em frente! Caso tenha algum problema, revise seu código até aqui e leia

as mensagens de erro que o PHP informa, assim fica mais fácil de resolver problemas.

8.3

Evitando o problema com a atualização de pá-

gina

Ainda temos um pequeno problema com a nossa lista de tarefas! Não acredita? Então

faça o seguinte: adicione uma tarefa, adicionou? Agora atualize a página usando o

F5 ou o botão de atualizar do seu navegador. Viu o que acontece? Ele repete o último

cadastro feito! Veja como ficou a minha lista:

100

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 8. Edição e remoção de registros

Figura 8.3: Tarefas repetidas após atualizar a página depois de uma gravação

Esse problema acontece pois, quando atualizamos a página, o navegador manda

os dados novamente para o PHP. Como o PHP recebeu dados, ele acaba disparando

toda a rotina de gravação de novas tarefas.

Para evitarmos este problema, vamos usar o truque que aprendemos com as pá-

ginas de edição e de remoção e vamos redirecionar o usuário de volta para a lista de

tarefas após a gravação de uma tarefa. Para isso, vamos usar a função header logo

após a função gravar_tarefa no arquivo tarefas.php:

<?php

...

gravar_tarefa($conexao, $tarefa);

header('Location: tarefas.php');

die();

...

A função die() aqui tem o mesmo propósito do arquivo editar.php, para

encerrar o PHP logo após enviar o cabeçalho de redirecionamento para o navegador.

Faça um teste agora e após a gravação você verá o formulário e a lista de tarefas

normalmente, e ainda poderá atualizar a página sem o problema de duplicação da

última tarefa cadastrada.

8.4

Resumo

Até este momento já vimos bastante coisa. Saímos do zero e já temos um ambiente

PHP e MySQL com a nossa primeira aplicação: um gerenciador de tarefas!

Neste capítulo fizemos a edição das tarefas e também sua remoção.

Além

disso, corrigimos alguns comportamentos usando o Redirect, através da função

101

8.5. Desafios

Casa do Código

header() do PHP.

Neste capítulo também foram utilizados os comandos UPDATE e DELETE da

linguagem SQL.

No próximo capítulo faremos a validação dos dados enviados pelo usuário, assim

evitamos problemas como datas inválidas.

8.5

Desafios

Existem diversas formas de melhorar o que já fizemos até aqui. Experimente desen-

volver funcionalidades como:

• Um botão de Cancelar quando estiver editando uma tarefa.

• Um botão para duplicar uma tarefa.

• Otimizar o código para ter menos repetição.

Veja que os arquivos

tarefas.php e editar.php são muito parecidos. Você consegue pensar

em maneiras de reutilizar partes deles? Que tal um arquivo novo com as bases

para eles?

• Que tal uma opção para apagar todas as tarefas concluídas?

• Você consegue pensar em uma maneira de usar apenas um arquivo para exibir

as tarefas, editar, salvar uma nova, deletar etc.? Assim não seria necessário

termos os arquivos editar.php e remover.php.

Além destes desafios para a lista de tarefas, continue os outros desafios dos capí-

tulos anteriores:

• Adicione uma opção para editar e outra para remover os contatos da lista de

contatos.

• Adicione uma opção para listar apenas os contatos favoritos.

• Adicione opções para remover os dados dos veículos cadastrados no banco de

dados do estacionamento.

• Faça uma opção no desafio do estacionamento para mostrar os veículos que

entraram no estacionamento em uma determinada data.

102

Capítulo 9

Validação de formulários

Um problema comum em praticamente qualquer software que tenha que lidar com

dados fornecidos por um usuário é a validação. Sabe quando você preenche um for-

mulário em um site (ou um software desktop, ou um app para smartphone etc.) e,

logo após enviar os dados, o formulário é exibido novamente com seus dados e mais

alguns alertas de campos que são obrigatórios ou que foram preenchidos incorre-

tamente? Pois então, este é um cenário onde aconteceu algum tipo de validação de

entrada de dados.

9.1

Validação na lista de tarefas

Nossa lista de tarefas tem um campo obrigatório, que é o nome da tarefa e um campo

que pode gerar erros se preenchido incorretamente, que é o campo de prazo, onde

usamos uma data.

Atualmente estamos usando o campo de nome da tarefa para decidir se vamos

gravar a tarefa ou não. Isso é um pouco ruim, pois se alguém preencher os dados

9.2. Entrada de dados usando POST

Casa do Código

da tarefa, menos o nome, e enviar, irá perder o que foi digitado e a tarefa não será

gravada.

Podemos começar validando essa entrada, para saber se o formulário foi enviado

independentemente do campo de nome da tarefa ser preenchido ou não.

Mas, antes de fazer esta validação, vamos pegar um pedaço deste capítulo para

falar da entrada de dados.

9.2

Entrada de dados usando POST

Até este momento estamos usando a super global $_GET do PHP para pegar os

dados enviados pelo usuário no formulário e também nas páginas de edição e de

remoção para pegar o id da tarefa que queremos editar ou remover.

Você já deve ter usado diversos formulários em sites e outras aplicações online

e percebido que os dados digitados em um formulário não ficam expostos no en-

dereço, assim como nosso formulário de tarefas está fazendo. Existem basicamente

duas formas de enviar dados usando um formulário, uma delas é usando o GET e a

outra é usando o POST.

Usando o POST, os dados do formulário não ficam mais no endereço da página

de destino, o que pode tornar a aplicação mais segura. Imagine um formulário que

envia uma senha e ela fica exposta na URL de destino. Nada bom, né?

Certo, mas como podemos trocar o uso do GET nos formulários da nossa lista de

tarefas para o POST? O primeiro passo é alterar o formulário para que use o método

POST e para isso é necessário adicionar o atributo method com o valor POST no

elemento form. Estas alterações devem ser feitas no arquivo formulario.php:

<form method="POST">

<input type="hidden" name="id" value="<?php echo $tarefa['id']; ?> "/>

...

Com isso, o formulário passa a enviar os dados usando o POST. O padrão dos

navegadores é enviar usando GET, por isso esse método era usado quando não tí-

nhamos informado explicitamente qual usar.

Agora também é necessário alterar toda a parte que pega os dados do formulário

para cadastrar no banco, pois estamos usando a super global $_GET. Esta alteração

será bem simples, já que o PHP cuida da entrada via POST também. Então, tudo o

104

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

que temos que fazer é trocar $_GET por $_POST nos campos relacionados ao formu-

lário. Essas alterações devem ser feitas nos arquivo tarefas.php e editar.php

Veja como fica a alteração no arquivo tarefas.php:

<?php

...

if (isset($_POST['nome']) && $_POST['nome'] != '') {

$tarefa = array();

$tarefa['nome'] = $_POST['nome'];

if (isset($_POST['descricao'])) {

$tarefa['descricao'] = $_POST['descricao'];

} else {

$tarefa['descricao'] = '';

}

if (isset($_POST['prazo'])) {

$tarefa['prazo'] = traduz_data_para_banco($_POST['prazo']);

} else {

$tarefa['prazo'] = '';

}

$tarefa['prioridade'] = $_POST['prioridade'];

if (isset($_POST['concluida'])) {

$tarefa['concluida'] = 1;

} else {

$tarefa['concluida'] = 0;

}

gravar_tarefa($conexao, $tarefa);

...

As alterações no arquivo editar.php também são simples:

<?php

...

if (isset($_POST['nome']) && $_POST['nome'] != '') {

105

9.3. Validando o nome da tarefa

Casa do Código

$tarefa = array();

$tarefa['id'] = $_POST['id'];

$tarefa['nome'] = $_POST['nome'];

if (isset($_POST['descricao'])) {

$tarefa['descricao'] = $_POST['descricao'];

} else {

$tarefa['descricao'] = '';

}

if (isset($_POST['prazo'])) {

$tarefa['prazo'] = traduz_data_para_banco($_POST['prazo']);

} else {

$tarefa['prazo'] = '';

}

$tarefa['prioridade'] = $_POST['prioridade'];

if (isset($_POST['concluida'])) {

$tarefa['concluida'] = 1;

} else {

$tarefa['concluida'] = 0;

}

editar_tarefa($conexao, $tarefa);

...

O uso do POST também é importante para formulários que enviam arquivos,

mas veremos isso um pouco mais para frente.

9.3

Validando o nome da tarefa

Vamos à validação do nosso primeiro campo, que será o campo com o nome da tarefa

a ser cadastrada. Hoje já existe uma espécie de validação que verifica se o nome da

tarefa foi digitado ou não e então decide se irá cadastrar a tarefa no banco. Esse tipo

de decisão vai sempre depender de o campo com o nome da tarefa ter sido digitado

pelo usuário. Isso pode trazer problemas, pois o usuário pode ter digitado o restante

106

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

dos campos, mas ter se esquecido do nome da tarefa e neste caso ele vai perder tudo

o que digitou no restante dos campos.

Vamos tratar primeiro da validação na página de cadastro, ou seja, no arquivo

tarefas.php. Vamos começar alterando a linha que verifica se tem que entrar ou

não no processo de gravação de novas tarefas, pois ela verifica apenas se o índice

nome existe em $_POST e não necessariamente se existem mais coisas no $_POST.

Esta é a linha:

<?php

...

if (isset($_POST['nome']) && $_POST['nome'] != '') {

...

Esta linha será substituída por esta:

<?php

...

if (tem_post()) {

...

A função tem_post() ainda não existe, então vamos adicioná-la no arquivo

ajudantes.php:

<?php

...

function tem_post()

{

if (count($_POST) > 0) {

return true;

}

return false;

}

Veja que a função tem_post() faz uma contagem do número de índices exis-

tentes em $_POST e retorna true quando este número for maior que zero, que é uma

situação que irá acontecer apenas se alguma informação for enviada via POST.

107

9.3. Validando o nome da tarefa

Casa do Código

Certo, agora o processo de gravação inicia se tiver dados no POST, independente

de o campo nome ter sido enviado. Isso é bom, pois vamos validar este campo e

repreencher os dados no formulário, caso a validação não passe.

Vamos criar uma nova variável de controle chamada $tem_erros e também

um array para guardar os erros em cada campo chamado $erros_validacao,

ambos logo acima do if que verifica se tem POST:

<?php

...

$exibir_tabela = true;

$tem_erros = false;

$erros_validacao = array();

if (tem_post()) {

...

No caso, $tem_erros já começa como false, e será alterada para true conforme

as validações acontecerem. O array $erros_validacao também receberá seus

valores conforme as validações acontecerem.

Para validar o campo com o nome da tarefa precisamos apenas verificar se ele

não está vazio. Para isso vamos alterar a linha que pega o nome da tarefa no arquivo

tarefas.php:

<?php

...

$tarefa['nome'] = $_POST['nome'];

...

Esta linha está logo após o if que acabamos de alterar para usar a função

tem_post(). No lugar desta linha, faremos uma verificação parecida com a verifi-

cação que já existe para os demais campos, com a diferença de que agora precisamos

preencher o array com os erros e alterar a variável $tem_erros para true caso o

nome da tarefa esteja vazio:

<?php

...

108

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

if (isset($_POST['nome']) && strlen($_POST['nome']) > 0) {

$tarefa['nome'] = $_POST['nome'];

} else {

$tem_erros = true;

$erros_validacao['nome'] = 'O nome da tarefa é obrigatório!';

}

...

A maior novidade neste trecho é o uso da função strlen() que conta o ta-

manho de um texto. O que estamos fazendo é verificar se o nome está no POST e

se a contagem de caracteres é maior que zero. Repare que o else está criando um

índice nome no array $erros_validacao com uma frase indicando o erro que

aconteceu. Além disso, também aproveitamos o mesmo else para alterar a variável

$tem_erros para true.

Agora que temos uma variável que diz se algum erro aconteceu, podemos usá-la

para decidir se vamos ou não fazer a gravação da tarefa. Como já temos uma função

que faz a gravação, podemos colocar a chamada desta função dentro de um if:

<?php

...

if (! $tem_erros) {

gravar_tarefa($conexao, $tarefa);

header('Location: tarefas.php');

die();

}

...

Veja que usamos a exclamação para negar o valor de $tem_erros, então esta

condição pode ser lida como “se não tem erros”. Caso algum erro exista, a função

função gravar_tarefa() não será chamada e o arquivo tarefas.php conti-

nuará a ser executado, já que o usuário não será redirecionado para a lista de tarefas.

Se você tentar incluir uma tarefa vazia neste momento, você simplesmente voltará

ao formulário, mas sem avisos de erro.

109

9.4. Adicionando o aviso de erro

Casa do Código

9.4

Adicionando o aviso de erro

Para adicionar o aviso de erro vamos alterar o arquivo formulario.php, mais

especificamente, vamos alterar a parte que cria o campo para o nome da tarefa:

...

<label>

Tarefa:

<input type="text" name="nome"

value="<?php echo $tarefa['nome']; ?> " />

</label>

...

As variáveis $tem_erros e $erros_validacao serão usadas para decidir se

o erro será exibido e para pegar o valor erro. Altere o trecho dentro da tag label

para ficar assim:

...

<label>

Tarefa:

<?php if ($tem_erros && isset($erros_validacao['nome'])) : ?>

<span class="erro">

<?php echo $erros_validacao['nome']; ?>

</span>

<?php endif; ?>

<input type="text" name="nome"

value="<?php echo $tarefa['nome']; ?> " />

</label>

...

Estamos usando duas condições dentro do if, uma para verificar se

$tem_erros é verdadeira e outra para verificar se o índice nome existe dentro

do array $erros_validacao. Esta verificação do índice é necessária pois logo

mais faremos a validação dos outros campos, então pode ser que, por exemplo,

$tem_erros seja true mas que o erro não seja no campo nome.

O erro foi exibido dentro de um elemento span com a classe erro, assim podemos

usar CSS para estilizar a frase de erro. No meu caso, eu deixei a frase em vermelho.

Se você usar o CSS dos exemplos, terá o mesmo resultado.

110

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

Faça uma nova tentativa de cadastro sem digitar o nome da tarefa e você deverá

ver o formulário novamente, com o erro sendo exibido:

Figura 9.1: Exibição do erro no nome da tarefa

Mas ainda temos um problema. Se experimentarmos cadastrar uma tarefa ape-

nas com uma descrição, voltaremos para a página do formulário, mas sem os dados

da descrição. Este é um ponto importante da validação, pois quando validamos um

formulário e informamos para o usuário que existe algum campo faltando, não po-

demos apagar o restante das informações já fornecidas. Quem nunca passou por um

formulário que apagou os dados por conta de apenas um campo esquecido? É bem

chato, não?

Para preencher novamente os campos que já foram enviados vamos fazer uso do

array $tarefa que é gerado antes de incluirmos o arquivo template.php, lá no

final do arquivo tarefas.php:

<?php

...

$tarefa = array(

'id'

=> 0,

'nome'

=> '',

'descricao' => '',

'prazo'

=> '',

111

9.4. Adicionando o aviso de erro

Casa do Código

'prioridade' => 1,

'concluida' => ''

);

...

Este array é gerado com dados em branco, então precisamos verificar se existem

dados enviados através do POST para que sejam usados no lugar dos valorem em

branco. Lembra do ternário? Aqui ele será bem útil:

<?php

...

$tarefa = array(

'id'

=> 0,

'nome'

=> (isset($_POST['nome'])) ?

$_POST['nome'] : '',

'descricao' => (isset($_POST['descricao'])) ?

$_POST['descricao'] : '',

'prazo'

=> (isset($_POST['prazo'])) ?

traduz_data_para_banco($_POST['prazo']) : '',

'prioridade' => (isset($_POST['prioridade'])) ?

$_POST['prioridade'] : 1,

'concluida' => (isset($_POST['concluida'])) ?

$_POST['concluida'] : ''

);

...

Deixei o ternário em duas linhas em cada um dos campos para facilitar a leitura

aqui no livro, mas ele poderia ficar em apenas uma linha no código.

Perceba que em cada um dos campos é verificado se existe um valor no POST e

então este valor é usado. Caso não exista, usamos um valor padrão em branco.

O campo que foge um pouco dos demais é o prazo. Nele estamos usando a

função traduz_data_para_banco(). Mas, espera um pouco, na verdade não

estamos enviando esta data para o banco! Então, por que usar esta função?

Vamos analisar a criação do campo do prazo, lá no arquivo formulario.php:

112

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

<label>

Prazo (Opcional):

<input type="text" name="prazo"

value="<?php echo traduz_data_para_exibir($tarefa['prazo']); ?> "

/>

</label>

Veja que na criação do campo no formulário estamos usando sempre a fun-

ção traduz_data_para_exibir(), que espera um texto vazio, ou uma data no

formato ANO-MÊS-DIA, mas a data que entramos no formulário está no formato

DIA/MÊS/ANO. Para evitar erros na formatação da data, vamos montar o array com

o formato esperado pelo nosso formulário.

Agora, preencha os campos do formulário, menos o nome da atividade e tente

fazer a gravação. Você verá novamente o formulário, com o erro de validação do

nome, assim como da outra vez, mas agora os demais campos já estarão preenchidos

com os dados informados:

Figura 9.2: Exibição de erro no nome, mas com o formulário preenchido

Se preenchermos também o nome da tarefa, ela será gravada normalmente. O

próximo passo é validar o prazo, pois os demais campos são opcionais e não precisam

de validação de dados corretos.

113

9.5. Validando a data digitada

Casa do Código

9.5

Validando a data digitada

O prazo é um campo opcional, mas existe o problema de o usuário entrar datas

inválidas, como um 31 de fevereiro ou mesmo textos que não estejam no formato

DIA/MÊS/ANO que estamos esperando.

Vamos focar na validação do formato primeiro, depois iremos para a validação

de datas que existem.

Vamos definir então qual será o formato de data aceita em nossa aplicação. O

dia poderá ter um ou dois dígitos e o mês também, mas o ano deverá ter sempre

quatro dígitos. Veja alguns exemplos de datas que serão consideradas válidas e outras

inválidas também:

# Datas válidas

03/07/2012

3/07/2012

03/7/2012

3/7/2012

# Datas inválidas

003/7/2012

3/007/12

3/7/12

03/07/12

03/07

Certo, tendo definido os formatos que serão aceitos pela aplicação podemos fazer

a validação.

Agora, como faremos isso? Já sabemos que podemos explodir uma string usando

um separador e transformá-la em um array. Aí poderíamos contar os caracteres de

cada item do array para saber se a data está no formato esperado. Isso com certeza

vai dar um trabalhão e não será muito prático. Veja mais ou menos como ficaria a

validação desta forma:

<?php

function validar_data($data)

{

$partes = explode('/', $data);

if (count($partes) != 3) {

return false;

114

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

}

$dia = $partes[0];

$mes = $partes[1];

$ano = $partes[2];

if (strlen($dia) < 1 OR strlen($dia) > 2) {

return false;

}

if (strlen($mes) < 1 OR strlen($mes) > 2) {

return false;

}

if (strlen($ano) != 4) {

return false;

}

return true;

}

Nada prático, né? Imagine validar o formato de um CPF assim, ou um CEP, ou

um CNPJ, ou um código de barras de um boleto bancário... Enfim, deve existir algo

que verifica certos padrões em um texto e diz se esse texto está no padrão.

9.6

Expressões regulares

Este é um tópico muito interessante que merece um livro só para ele, mas vamos com

calma, vou mostrar apenas o básico necessário para validarmos o prazo das nossas

atividades e deixar a sugestão para que você se aprofunde no assunto, pois realmente

vale a pena.

Expressões regulares nos permitem pesquisar textos dentro de outros textos e

verificar se determinados textos seguem um padrão predefinido. Usando expressões

regulares podemos fazer coisas como a validação do formato que queremos para a

nossa data do prazo de uma forma muito mais simples do que a forma manual que

vimos anteriormente.

Usar expressões regulares para validar o formato da nossa data é algo mais ou

menos assim:

Verifique se o texto começa com um ou dois dígitos, seguido de uma barra, seguido

115

9.6. Expressões regulares

Casa do Código

por mais um ou dois dígitos, seguido por mais uma barra e por último uma sequência

de quatro dígitos.

Este formato que deve ser encontrado é chamado de padrão e um padrão que

valida, por exemplo, apenas um número é este:

[0-9]

Isso significa qualquer número de 0 até 9, ou seja, todos os dígitos do sistema

decimal. Então para validar dois números seguidos poderíamos usar um padrão

como o seguinte:

[0-9][0-9]

Basta repetir o padrão, assim teríamos uma validação para dois números segui-

dos. Mas imagine que precisássemos validar 10 números seguidos, escrever o padrão

10 vezes não é prático e com certeza iria dificultar muito o entendimento do código.

Por isso, existem também quantificadores para as expressões regulares:

[0-9]{10}

Isso quer dizer 10 vezes um número. Mas, além de poder colocar uma quantidade

fixa de repetições do padrão, podemos colocar intervalos:

[0-9]{3,5}

Isso significa um padrão de três a cinco números. Com isso podemos voltar ao

padrão para validar o prazo das atividades:

[0-9]{1,2}\/[0-9]{1,2}\/[0-9]{4}

Ler esta expressão regular é simples: “um ou dois números, barra, um ou dois

números, barra, quatro números”. Perceba que existem barras invertidas antes das

barras, isso é necessário para “escapar” as barras, ou seja, estamos dizendo para a

expressão regular que ele não deve tratar a barra como um caractere especial.

Agora podemos melhorar um pouco a expressão, pois temos que verificar se este

é o único texto digitado no campo do prazo. Por isso, precisamos adicionar os ca-

racteres que significam o começo e o fim do texto em um padrão, que são respecti-

vamente o acento circunflexo e o cifrão:

^[0-9]{1,2}\/[0-9]{1,2}\/[0-9]{4}$

116

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

Ufa, expressão regular já montada e pronta para usar. Aliás, uma dica legal aqui é

usar o site regexpal para testar suas expressões regulares: http://regexpal.com/. Este

foi o site que eu usei para construir e testar a nossa expressão regular:

Figura 9.3: Regexpal sendo usado para testar a validação da data

Certo, já sabemos um basicão de expressões regulares, agora precisamos aplicar

a validação dentro do PHP. Para isso vamos usar a função preg_match(), que

recebe um padrão e um texto para verificar se o texto casa com o padrão. Vamos

criar uma nova função validar_data() no arquivo ajudantes.php:

<?php

...

function validar_data($data)

{

$padrao = '/^[0-9]{1,2}\/[0-9]{1,2}\/[0-9]{4}$/';

$resultado = preg_match($padrao, $data);

return $resultado;

}

...

Ei! Este padrão está diferente do que fizemos! Calma! Ela tem apenas uma barra

no começo e outra no final, pois este é um padrão usado em algumas linguagens,

inclusive na linguagem Perl, que é de onde o PHP herda algumas coisas.

Agora que já temos a função para validar o prazo, vamos adicioná-la no arquivo

tarefas.php, já aproveitando para colocar o erro de validação:

<?php

...

117

9.6. Expressões regulares

Casa do Código

if (isset($_POST['prazo']) && strlen($_POST['prazo']) > 0) {

if (validar_data($_POST['prazo'])) {

$tarefa['prazo'] = traduz_data_para_banco($_POST['prazo']);

} else {

$tem_erros = true;

$erros_validacao['prazo'] = 'O prazo não é uma data válida!';

}

} else {

$tarefa['prazo'] = '';

}

...

Veja que é necessário primeiro verificar se existe algum texto no campo prazo,

para depois usar a função validar_data(), pois este é um campo opcional.

Precisamos alterar também o arquivo formulario.php para exibir o erro de

validação do prazo:

<?php

...

<label>

Prazo (Opcional):

<?php if ($tem_erros && isset($erros_validacao['prazo'])) : ?>

<span class="erro">

<?php echo $erros_validacao['prazo']; ?>

</span>

<?php endif; ?>

<input type="text" name="prazo" value=

"<?php echo traduz_data_para_exibir($tarefa['prazo']); ?> "

/>

</label>

...

Agora já podemos tentar cadastrar uma tarefa com o prazo incorreto, como por

exemplo “12/12/12":

118

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

Figura 9.4: Erro de validação do prazo

Mas se digitarmos algo como “amanhã” no prazo, ou uma data como “12/12”, sere-

mos agraciados com vários erros, pois as funções traduz_data_para_exibir()

e traduz_data_para_banco(), usadas para montar o array &tarefa e para

exibir o formulário esperam datas com três partes separadas por traços ou barras.

Por isso, vamos adicionar uma pequena modificação nestas duas funções para que

retornem a data da forma como a receberam, caso ela não tenha três partes separadas

por barras. Vale lembrar que as funções estão no arquivo ajudantes.php:

<?php

...

function traduz_data_para_banco($data)

{

if ($data == "") {

return "";

}

$dados = explode("/", $data);

119

9.6. Expressões regulares

Casa do Código

if (count($dados) != 3) {

return $data;

}

$data_mysql = "{$dados[2]}-{$dados[1]}-{$dados[0]}";

return $data_mysql;

}

function traduz_data_para_exibir($data)

{

if ($data == "" OR $data == "0000-00-00") {

return "";

}

$dados = explode("-", $data);

if (count($dados) != 3) {

return $data;

}

$data_exibir = "{$dados[2]}/{$dados[1]}/{$dados[0]}";

return $data_exibir;

}

...

Veja que apenas adicionei um if para verificar se a quantidade de partes da data,

após o uso da função explode(), é igual a três.

Agora sim, podemos usar a lista de tarefas com a validação da data e sem os erros

em caso de datas em formatos incorretos.

Mas... Bem, ainda temos um pequeno problema, a validação do prazo apenas

verifica se o formato de entrada da data está correto, sem considerar se a data existe

ou não. Desse modo, podemos digitar datas como “99/99/9999” que não teremos

um erro de validação, mesmo que esta data não exista.

Validar se uma data é válida é uma atividade bem chatinha. Sério, além de o fato

de cada mês ter uma certa quantidade de dias, ainda temos os maravilhosos anos

bissextos, nos quais fevereiro tem 29 dias.

120

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

Ainda bem que PHP possui a função checkdate() que verifica se uma data é

válida. Então, vamos usá-la dentro da nossa função validar_data():

<?php

...

function validar_data($data)

{

$padrao = '/^[0-9]{1,2}\/[0-9]{1,2}\/[0-9]{4}$/';

$resultado = preg_match($padrao, $data);

if (! $resultado) {

return false;

}

$dados = explode('/', $data);

$dia = $dados[0];

$mes = $dados[1];

$ano = $dados[2];

$resultado = checkdate($mes, $dia, $ano);

return $resultado;

}

...

A função checkdate() recebe três parâmetros, sendo o primeiro o mês, o

segundo o dia e o terceiro o ano. Esta função retorna true apenas quando os dados

informados formarem uma data válida. Experimente cadastrar uma atividade para

o dia 30 de fevereiro, ou para 31 de abril, ou para 32 de dezembro e você sempre

receberá o erro de validação dizendo que a data é inválida.

Neste momento temos a validação funcional para a adição de novas tarefas!

9.7

Validando o formulário de edição de tarefas

Com o cadastro de tarefas já funcional e validando, podemos agora alterar a edição

de tarefas para que a validação também funcione. No arquivo editar.php adicione

121

9.7. Validando o formulário de edição de tarefas

Casa do Código

a variável de controle $tem_erros e $erros_validacao logo após a variável

$exibir_tabela:

<?php

...

$exibir_tabela = false;

$tem_erros = false;

$erros_validacao = array();

...

Altere também o if que verifica se existe os dados foram enviados via post, que

atualmente usa o campo com o nome da tarefa, pela nossa função tem_post():

<?php

...

$exibir_tabela = false;

$tem_erros = false;

$erros_validacao = array();

if (tem_post()) {

...

O próximo passo é alterar o trecho que pega o nome da tarefa para que faça a

validação e preencha o array de erros se necessário:

<?php

...

if (isset($_POST['nome']) && strlen($_POST['nome']) > 0) {

$tarefa['nome'] = $_POST['nome'];

} else {

$tem_erros = true;

$erros_validacao['nome'] = 'O nome da tarefa é obrigatório!';

}

...

E também devemos alterar a definição do campo prazo, validando com a função

validar_data():

122

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

<?php

...

if (isset($_POST['prazo']) && strlen($_POST['prazo']) > 0) {

if (validar_data($_POST['prazo'])) {

$tarefa['prazo'] = traduz_data_para_banco($_POST['prazo']);

} else {

$tem_erros = true;

$erros_validacao['prazo'] = 'O prazo não é uma data válida!';

}

}

...

E no final do bloco do if precisamos alterar a chamada da função

editar_tarefa() para usar a variável $tem_erros:

<?php

...

if (! $tem_erros) {

editar_tarefa($conexao, $tarefa);

header('Location: tarefas.php');

die();

}

...

Este trecho todo fica mesmo muito parecido com o arquivo tarefas.php, com

apenas alguns pontos diferentes, mas importantes.

Se você tentar editar uma tarefa neste momento, já verá a validação funcionando,

mas o repreenchimento dos campos não estará funcionando corretamente. Os valo-

res exibidos em caso de erro serão exatamente os mesmos que estão cadastrados no

banco, ou seja, a tarefa atual.

Vamos acertar este problema verificando se existem dados no POST logo após

a chamada da função

buscar_tarefa() que está bem no final do arquivo

editar.php. Os dados que esta função retorna são armazenados na variável

$tarefa, que é um array com os dados da tarefa. Então, o que precisamos fazer

é substituir os valores recuperados do banco pelos que estão no POST. Vai ficar até

parecido com a parte da validação, com a diferença de que não será necessário vali-

dar:

123

9.8. Resumo

Casa do Código

<?php

...

$tarefa = buscar_tarefa($conexao, $_GET['id']);

$tarefa['nome'] = (isset($_POST['nome'])) ?

$_POST['nome'] : $tarefa['nome'];

$tarefa['descricao'] = (isset($_POST['descricao'])) ?

$_POST['descricao'] : $tarefa['descricao'];

$tarefa['prazo'] = (isset($_POST['prazo'])) ?

$_POST['prazo'] : $tarefa['prazo'];

$tarefa['prioridade'] = (isset($_POST['prioridade'])) ?

$_POST['prioridade'] : $tarefa['prioridade'];

$tarefa['concluida'] = (isset($_POST['concluida'])) ?

$_POST['concluida'] : $tarefa['concluida'];

...

Olha o nosso amigo ternário dando as caras novamente. Veja que nesta parte o

que fazemos é a verificação do campo no POST e, quando este não é encontrado,

usamos o valor padrão que já está no array $tarefa.

Não precisamos mais de alterações para que a validação funcione também na

edição das tarefas, pois o formulário já está preparado para exibir os erros quando

necessário. Então, já temos a adição e a edição de atividades funcional e com valida-

ção.

9.8

Resumo

Ufa, este foi um capítulo e tanto heim? Para fazer a validação de apenas dois campos

passamos por alguns tópicos bem interessantes, como as famosas expressões regula-

res e também a validação de datas. Não foi necessário alterar profundamente nossa

aplicação, somente alguns pontos chave para a lógica e também a exibição dos erros

no formulário.

Para o repreenchimento dos campos em caso de erros de validação usamos os

dados do POST, aproveitando a requisição atual. Existem técnicas de validação que

124

Casa do Código

Capítulo 9. Validação de formulários

guardam os dados na sessão e redirecionam o usuário para uma página de erros.

Você pode experimentar outras técnicas e até mesmo bibliotecas PHP especializadas

em formulários e validação, mas saber o funcionamento fundamental é importante,

por isso recomendo treinar mais validações desta forma que fizemos.

9.9

Desafios

Pensou que iria ficar sem desafios? Aqui estão mais alguns para praticar:

• Faça um formulário que peça um CEP e valide o valor digitado usando o pa-

drão XXXXX-XXX, ou seja, cinco números, um traço e mais três números.

• Faça um formulário que peça um CPF e valide se o valor foi digitado no for-

mato correto: XXX.XXX.XXX-XX (X são os números). Use expressões regu-

lares aqui.

• Adicione validação para a lista de contatos que já está sendo feita nos desafios

há alguns capítulos. Tente validar a entrada do nome, que deve ser obrigatório,

do telefone, usando o formato “(00)0000-0000”, do e-mail e também da data

de nascimento.

• Adicione validação também para o projeto do estacionamento. As placas dos

veículos devem seguir o padrão “AAA-0000”, ou seja, três letras e quatro nú-

meros.

125

Capítulo 10

Upload de arquivos

Uma tarefa bem comum em aplicações web é o upload de arquivos. Vez ou outra nós

acabamos enviando fotos, documentos e outros tipos de arquivos para sites e outras

aplicações web. O processo de envio de arquivos é bem parecido com o envio de

dados em formulários, com a diferença de que escolhemos os arquivos em nossos

computadores em vez de digitar ou selecionar os dados em formulários.

Neste capítulo, veremos como enviar arquivos para que sejam tratados pelo PHP

e armazenados no sistema de arquivos, com referências cadastradas no banco de

dados.

10.1

Anexos para a lista de tarefas

Nossa lista de tarefas agora também terá anexos. Imagine que o usuário queira ca-

dastrar uma tarefa como imprimir o relatório e queira, é claro, anexar o relatório à

tarefa.

O armazenamento de arquivos pode ser feito de algumas maneiras diferentes e

10.2. Mudanças no banco de dados

Casa do Código

utilizaremos uma técnica que mistura o uso do banco de dados com o sistema de

arquivos.

Antes de colocar a mão na massa precisamos definir como será esse sistema de

anexos:

• Teremos uma página com os detalhes da tarefa, onde estará o formulário para

adicionar os anexos.

• Uma tarefa poderá ter um ou mais anexos.

• Permitiremos anexar apenas arquivos zip ou pdf.

• O usuário poderá remover o anexo, sem remover a tarefa.

Uau, temos um pouco de trabalho pela frente, mas o resultado será bem inte-

ressante. Vamos começar alterando o banco de dados, depois vamos adicionar a

página com os detalhes das tarefas e o formulário para adicionar anexos e, por úl-

timo, faremos o tratamento do envio dos arquivos e listagem dos arquivos na página

de detalhes da tarefa.

10.2

Mudanças no banco de dados

Nosso banco de dados atual possui apenas a tabela tarefas, então precisamos fa-

zer alterações para que seja possível guardar os dados relacionados aos anexos. Se

adicionarmos um novo campo chamado, por exemplo, anexo à tabela tarefas,

poderemos adicionar apenas um anexo por tarefa, mas definimos que uma tarefa

poderá ter vários anexos, então esta solução não nos atenderá.

Sendo assim, teremos que adicionar mais uma tabela em nosso banco para guar-

dar exclusivamente os anexos. Esta nova tabela deverá guardar uma referência às

tarefas para que se possa associá-las a seus anexos. Veja como fica o diagrama para

a nova tabela anexos e sua associação com a tabela tarefas:

128

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 10. Upload de arquivos

Figura 10.1: Diagrama do banco com a tabela anexos

A tabela anexos terá seu próprio id para identificação dos anexos como únicos

e também um campo tarefa_id que irá guardar uma referência ao campo id da

tabela tarefas.

Os campos id em cada uma das tabelas são chamados de chaves primárias, pois

reconhecem cada registro como único. Já o campo tarefa_id na tabela anexos

guarda uma referência a um registro único em outra tabela, por isso ele é chamado

de chave estrangeira.

Além disso a nova tabela também terá dois campos para guardarmos o nome do

arquivo sem sua extensão e a sua localização no sistema de arquivos.

Esse processo de separação de tabelas e uso de chaves primárias e chaves estran-

geiras faz parte da normalização de bancos de dados. Eu recomendo que você leia

mais a respeito para evitar problemas comuns de duplicação de dados e até mesmo

perda de informações relacionais em bancos de dados.

Para criar a nova tabela acesse o PHPMyAdmin e siga um processo parecido com

o que usamos para criar a tabela das tarefas, mas dessa vez o código SQL necessário

para criar a tabela anexos é o seguinte:

CREATE TABLE anexos (

id

INTEGER AUTO_INCREMENT PRIMARY KEY,

tarefa_id

INTEGER NOT NULL,

nome

VARCHAR(255) NOT NULL,

arquivo

VARCHAR(255) NOT NULL

);

Após executar este código o PHPMyAdmin deverá exibir as duas tabelas no

banco tarefas:

129

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

10.3. Página com os detalhes das tarefas

Casa do Código

Figura 10.2: As tabelas no banco tarefas

10.3

Página com os detalhes das tarefas

Com o banco de dados já pronto para receber os anexos das tarefas, vamos para a

próxima etapa, que é a criação de uma página que irá exibir os dados de uma tarefa

e um formulário para cadastrar anexos.

A nossa nova página ficará no endereço http://localhost/tarefas/tarefa.php?id=

N, onde N será o id da tarefa que queremos exibir. Este endereço estará em um link

que iremos adicionar agora na lista de tarefas, usando o nome da tarefa. No arquivo

tabela.php altere a linha que exibe o nome, adicionando o link:

<td>

<a href="tarefa.php?id=<?php echo $tarefa['id']; ?> ">

<?php echo $tarefa['nome']; ?>

</a>

</td>

Este link aponta para o arquivo tarefa.php, que ainda não existe. Nosso

próximo passo é a criação desde arquivo, que terá uma estrutura semelhante ao

tarefas.php, mas deverá mostrar apenas uma tarefa por vez:

<?php

include "banco.php";

include "ajudantes.php";

$tem_erros = false;

$erros_validacao = array();

if (tem_post()) {

// upload dos anexos

130

Casa do Código

Capítulo 10. Upload de arquivos

}

$tarefa = buscar_tarefa($conexao, $_GET['id']);

include "template_tarefa.php";

Perceba que já temos todas as funções que estão sendo usadas neste arquivo. Por

enquanto, vamos deixar a parte do upload apenas com um comentário e vamos criar

o arquivo template_tarefa.php, que está sendo incluído na última linha:

<html>

<head>

<meta charset="utf-8" />

<title>Gerenciador de Tarefas</title>

<link rel="stylesheet" href="tarefas.css" type="text/css" />

</head>

<body>

<h1>Tarefa: <?php echo $tarefa['nome']; ?> </h1>

<p>

<a href="tarefas.php">Voltar para a lista de tarefas</a>.

</p>

<p>

<strong>Concluída:</strong>

<?php echo traduz_concluida($tarefa['concluida']); ?>

</p>

<p>

<strong>Descrição:</strong>

<?php echo nl2br($tarefa['descricao']); ?>

</p>

<p>

<strong>Prazo:</strong>

<?php echo traduz_data_para_exibir($tarefa['prazo']); ?>

</p>

<p>

<strong>Prioridade:</strong>

<?php echo traduz_prioridade($tarefa['prioridade']); ?>

</p>

<h2>Anexos</h2>

<!-- lista de anexos -->

131

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

10.4. O formulário para cadastrar anexos

Casa do Código

<!-- formulário para um novo anexo -->

</body>

</html>

Este arquivo serve para exibir os dados da tarefa, a lista de anexos de cada uma

e também o formulário para adição de novos anexos. Deixei os trechos com a lista

de anexos e com o formulário de anexos em branco, pois vamos preencher estes

trechos mais para frente. Acesse a lista de tarefas e clique no link no nome da tarefa

para acessar a página com os seus detalhes. Você deverá ver uma página parecida

com esta:

Figura 10.3: Página com os detalhes da tarefa

10.4

O formulário para cadastrar anexos

Ainda no arquivo template_tarefa.php vamos criar o formulário para o envio

de anexos. Este formulário será bem simples e terá apenas um campo para a seleção

do arquivo, um campo com o id da tarefa e o botão de envio:

...

<!-- formulário para um novo anexo -->

<form action="" method="post" enctype="multipart/form-data">

132

Casa do Código

Capítulo 10. Upload de arquivos

<fieldset>

<legend>Novo anexo</legend>

<input type="hidden"

name="tarefa_id" value="<?php echo $tarefa['id']; ?> " />

<label>

<?php if ($tem_erros && isset($erros_validacao['anexo'])):?>

<span class="erro">

<?php echo $erros_validacao['anexo']; ?>

</span>

<?php endif; ?>

<input type="file" name="anexo" />

</label>

<input type="submit" value="Cadastrar" />

</fieldset>

</form>

...

Como já temos a experiência do formulário de cadastro de tarefas, já podemos

deixar o formulário de cadastro de anexos pronto para exibir erros de validação,

mesmo sem ter feito a validação ainda.

Agora, repare nas diferenças do formulário de cadastro de anexos para o formu-

lário de cadastro de tarefas. A tag <form> do formulário de cadastro de anexos tem

a propriedade enctype="multipart/form-data", que serve para indicar para

o navegador que nosso formulário irá fazer o envio de arquivos. Outra diferença é

o input do anexo, que tem a propriedade type="file, que serve para indicar

que este campo deverá ser preenchido com um arquivo escolhido no computador

do usuário. Veja como fica este formulário na página com os detalhes da tarefa:

133

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

10.5. Recebendo arquivos pelo PHP

Casa do Código

Figura 10.4: Form para envio de anexos

10.5

Recebendo arquivos pelo PHP

Após adicionar o formulário, vamos alterar o arquivo tarefa.php para que ele

possa receber o arquivo. Faremos a validação e gravação do anexo naquele if que

verifica se existem dados no post. A estrutura que devemos construir irá verificar se

o arquivo foi enviado, depois irá verificar se o arquivo é do tipo pdf ou zip, afinal,

estes foram os arquivos que decidimos aceitar. É só então que fará a gravação do

nome do arquivo no banco de dados. Este trecho de código deverá ficar assim:

<?php

...

if (tem_post()) {

// upload dos anexos

$tarefa_id = $_POST['tarefa_id'];

if (! isset($_FILES['anexo'])) {

$tem_erros = true;

$erros_validacao['anexo'] =

'Você deve selecionar um arquivo para anexar';

} else {

if (tratar_anexo($_FILES['anexo'])) {

$anexo = array();

$anexo['tarefa_id'] = $tarefa_id;

$anexo['nome'] = $_FILES['anexo']['name'];

$anexo['arquivo'] = $_FILES['anexo']['name'];

} else {

$tem_erros = true;

$erros_validacao['anexo'] =

'Envie apenas anexos nos formatos zip ou pdf';

}

}

134

Casa do Código

Capítulo 10. Upload de arquivos

if (! $tem_erros) {

gravar_anexo($conexao, $anexo);

}

}

...

Perceba que esta estrutura é bem parecida com a gravação de tarefas, as diferen-

ças estão no uso das duas novas funções: tratar_anexo() e gravar_anexo().

A função tratar_anexo() será responsável por verificar se o anexo está no for-

mato correto e também por copiá-lo para a pasta onde serão armazenados. Já a fun-

ção gravar_anexo() será responsável por cadastrar o anexo no banco de dados,

no mesmo estilo da função gravar_tarefa().

Na função tratar_anexo() teremos que verificar se o arquivo é do tipo cor-

reto, ou seja, pdf ou zip e, quando o tipo for correto, vamos guardar o arquivo em

uma pasta.

Guardar arquivos em pastas? E o banco de dados?

Pode parecer estranho, mas não vamos usar o banco de dados para

guardar os anexos dos usuários.

O que vamos guardar no banco de dados é apenas o nome do arquivo,

assim teremos uma referência para acessar cada arquivo quando neces-

sário.

Já os arquivos serão armazenados em um diretório, uma pasta, no

servidor, assim como guardamos arquivos em nossos computadores.

Esta é uma maneira simples e eficiente para lidar com o upload e ar-

mazenamento de arquivos. Ela mantém o banco de dados menor, apenas

com os nomes dos arquivos e deixa os arquivos para o sistema de arqui-

vos do sistema operacional. Faz sentido, né?

Veja como deverá ficar a função tratar_anexo(), que será adicionada no

arquivo ajudantes.php:

<?php

...

135

10.5. Recebendo arquivos pelo PHP

Casa do Código

function tratar_anexo($anexo) {

$padrao = '/^.+(\.pdf|\.zip)$/';

$resultado = preg_match($padrao, $anexo['name']);

if (! $resultado) {

return false;

}

move_uploaded_file($anexo['tmp_name'],

"anexos/{$anexo['name']}");

return true;

}

...

A forma que estamos usando para verificar se o arquivo é do tipo correto é através

da extensão. E aqui temos mais um uso importante para as expressões regulares.

Desta vez, estamos usando o ponto, que é uma espécie de curinga das expressões

regulares e serve para casar com qualquer coisa. Logo após o ponto, temos o sinal de

mais, que indica que o ponto, ou seja, qualquer coisa, deve casar pelo menos uma vez

e pode casar diversas vezes. Este trecho .+ já serve para casar qualquer texto, mas

no nosso caso queremos apenas os arquivos que terminem com .pdf ou .zip, por

isso, precisamos adicionar os trechos \.pdf e \.zip. Perceba que nestes trechos

queremos que a expressão case o ponto literal. Para tanto, usamos a barra invertida

antes dele, para fazer o escape do ponto, pois isso significa algo como “ei,expressão

regular, aqui eu quero um ponto mesmo, não qualquer coisa, como é o padrão do

ponto”.

Ainda tem mais um detalhe importante nesta expressão regular, que é o uso do

ou, pois precisamos que o arquivo seja zip ou pdf. Isso é feito usando os parênteses e o pipe (barra vertical), assim: (isso|aquilo), esta expressão casaria as palavras isso ou aquilo.

Não falei que as expressões regulares merecem um livro só para elas?

Muito bem, após casar a expressão regular, movemos o arquivo temporário para

o seu destino final.

136

Casa do Código

Capítulo 10. Upload de arquivos

Arquivo temporário? O que tem no $_FILES?

Quando enviamos um arquivo através de um formulário para o PHP,

ele cria a super global $_FILES, sim no mesmo estilo das super glo-

bais $_GET e $_POST. Cada campo do tipo file é colocado em

um array dentro de $_FILES, por isso conseguimos chamar a função

tratar_anexo() passando o índice anexo, que é o nome do campo

do anexo no nosso formulário.

Cada índice do $_FILES é um array que contém os seguintes índices:

name: nome do arquivo;

type: o tipo mime do arquivo;

tmp_name: o nome onde o arquivo foi salvo temporariamente;

error: um número que representa um erro no upload. Zero signi-

fica que está tudo certo;

8size: O tamanho do arquivo.

O arquivo enviado para o servidor é gravado em um nome temporá-

rio, por isso precisamos pegá-lo e copiar para seu destino final. Veja que

a função tratar_anexo() está movendo o arquivo temporário para

uma pasta chamada anexos, que ainda não existe.

Para mover o arquivo para sua localização final usamos a função

move_uploaded_file(), que faz o que seu nome diz, verificando se o ar-

quivo de origem realmente foi enviado para o PHP através de um formulário na

requisição atual.

137

10.6. Gravando os dados do anexo no banco dados

Casa do Código

A pasta de uploads

Estamos enviando os arquivos para uma pasta chamada anexos

usando a função move_uploaded_file() e, para que isso funcione,

ela precisa existir. Então, crie uma pasta chamada anexos na mesma

pasta onde está o arquivo tarefas.php, ou seja a tarefas.

ATENÇÃO: Usuários de sistemas GNU/Linux e Mac OS X (ou outros

baseados em Unix) deverão dar permissão de escrita para o Apache no

diretório de upload. Um chmod 777 anexos/ resolve, mas você tam-

bém pode mudar o grupo deste diretório e dar permissão para o servidor

web.

A função tratar_anexo() retorna true ou false. Caso seja true, cria-

mos um array novo chamado $anexo e guardamos nele os dados do upload; se for

false geramos um erro que será exibido no formulário.

10.6

Gravando os dados do anexo no banco dados

Estando tudo certo com o upload, vamos para a gravação dos dados no banco usando

a função gravar_anexo(), que ficará no arquivo banco.php:

<?php

...

function gravar_anexo($conexao, $anexo)

{

$sqlGravar = "INSERT INTO anexos

(tarefa_id, nome, arquivo)

VALUES

(

{$anexo['tarefa_id']},

'{$anexo['nome']}',

'{$anexo['arquivo']}'

)

";

mysqli_query($conexao, $sqlGravar);

}

138

Casa do Código

Capítulo 10. Upload de arquivos

...

Sem muitos segredos, certo? A maior diferença para a gravação dos dados de

uma tarefa está no campo tarefa_id, que guarda uma referência à tarefa à qual

este anexo pertence. Como já falei anteriormente neste capítulo, isso faz parte da

normalização de bancos de dados e vale um estudo adicional sobre o assunto.

10.7

Exibindo os anexos

Agora precisamos buscar os anexos no banco para poder fazer uma lista na pá-

gina com os detalhes da tarefa. Para isso vamos usar uma função nova chamada

buscar_anexos(), que receberá, como sempre, a conexão e também o id da tarefa.

Adicione a chamada desta função no final do arquivo tarefa.php, logo abaixo da

linha que busca os dados da tarefa:

<?php

...

$tarefa = buscar_tarefa($conexao, $_GET['id']);

$anexos = buscar_anexos($conexao, $_GET['id']);

include "template_tarefa.php";

...

Já a função buscar_anexos() deverá ser adicionada no arquivo banco.php:

<?php

...

function buscar_anexos($conexao, $tarefa_id)

{

$sql = "SELECT * FROM anexos WHERE tarefa_id = {$tarefa_id}";

$resultado = mysqli_query($conexao, $sql);

$anexos = array();

while ($anexo = mysqli_fetch_assoc($resultado)) {

$anexos[] = $anexo;

}

139

10.7. Exibindo os anexos

Casa do Código

return $anexos;

}

...

Quase sem diferenças para a função buscar_tarefas(), né? Basicamente,

muda só o código SQL que estamos usando. Veja que a consulta SQL filtra apenas as

tarefas que contenham o campo tarefa_id com o valor da tarefa que queremos

exibir. Como o campo tarefa_id é uma chave em outra tabela, a tabela tarefas,

ela é chamada de chave estrangeira. Ops, já falei sobre isso, mas é bom reforçar. :)

Para exibir os anexos,

precisamos adicionar uma tabela no arquivo

template_tarefa.php, logo abaixo do H2 que diz “Anexos” e acima do

formulário para cadastrar um anexo. Para criar a tabela vamos usar a variável

$anexos que contém o resultado da função buscar_anexos():

...

<h2>Anexos</h2>

<!-- lista de anexos -->

<?php if (count($anexos) > 0) : ?>

<table>

<tr>

<th>Arquivo</th>

<th>Opções</th>

</tr>

<?php foreach ($anexos as $anexo) : ?>

<tr>

<td><?php echo $anexo['nome']; ?> </td>

<td>

<a href="anexos/<?php echo $anexo['arquivo']; ?> ">

Download

</a>

</td>

</tr>

<?php endforeach; ?>

</table>

<?php else : ?>

140

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 10. Upload de arquivos

<p>Não há anexos para esta tarefa.</p>

<?php endif; ?>

<!-- formulário para um novo anexo -->

...

Veja que estamos verificando se a lista de anexos tem algum índice antes de tentar

exibir a lista. Cada item da lista tem um elemento a que faz um link para o download

do arquivo. Aqui não tem segredos, é um link normal que aponta o arquivo guardado

na pasta anexos.

Experimente fazer o upload do arquivo, sua página de detalhes da tarefa deverá

ficar parecida com esta:

Figura 10.5: Página com os detalhes da tarefa, a lista de anexos e o formulário para

cadastrar novos anexos

141

10.8. Resumo

Casa do Código

10.8

Resumo

Neste capítulo tratamos do upload de arquivos usando PHP. Os uploads são coloca-

dos dentro da super global _FILES. Além disso criamos uma nova tabela no banco

e usamos mais um pouco de expressões regulares para validar o tipo de arquivo en-

viado.

10.9

Desafios

Depois de trabalhar duro no envio de arquivos para as tarefas, vamos para mais al-

guns desafios!

• Na lista de contatos (sim, aquela dos desafios anteriores): 1) adicione uma pá-

gina para exibir os detalhes de cada contato; 2) adicione o upload de fotos

para a lista de contatos. Lembre-se de validar se o arquivo é uma imagem,

como jpg, png etc.; 3) adicione a foto do contato na página de detalhes.

• No projeto do estacionamento, adicione uma opção para upload da foto do

carro no momento em que entrou e no momento em que saiu do estaciona-

mento. Isso é uma garantia que os clientes pediram, pois alguns disseram que

seus veículos foram amassados dentro do estacionamento.

142

Capítulo 11

Lembretes de tarefas por e-mail

É bem comum que diversos tipos de aplicações web enviem e-mails para os usuários

com algum tipo de informação e também lembretes. Por isso vamos adicionar uma

opção em nossa lista de tarefas para enviar e-mails com lembretes das tarefas.

Este não será o tipo de lembrete que é enviado automaticamente no dia definido

como prazo para a tarefa. O que faremos é a adição de um checkbox Enviar lembrete

nos formulários de criação e edição de tarefas e, quando esta opção estiver marcada,

vamos enviar o e-mail para um endereço de e-mail que deixaremos cadastrado no

código.

O PHP possui algumas opções padrão para envio de e-mails, mas desta vez va-

mos usar uma biblioteca adicional que facilitará nosso trabalho.

11.1

Definindo o e-mail de aviso

O e-mail de aviso será um HTML simples com os dados da tarefa. A ideia é mandar

por e-mail uma página bem parecida com a página de detalhes e, quando necessário,

11.1. Definindo o e-mail de aviso

Casa do Código

adicionar também os anexos da tarefa ao e-mail. E é aqui que a biblioteca de envio

de e-mails será bastante útil!

O corpo do nosso e-mail ficará em um novo arquivo que vamos chamar de

template_email.php. Este arquivo deverá ficar junto com os demais dentro do

diretório tarefas, e seu conteúdo será apenas este:

<h1>Tarefa: <?php echo $tarefa['nome']; ?> </h1>

<p>

<strong>Concluída:</strong>

<?php echo traduz_concluida($tarefa['concluida']); ?>

</p>

<p>

<strong>Descrição:</strong>

<?php echo nl2br($tarefa['descricao']); ?>

</p>

<p>

<strong>Prazo:</strong>

<?php echo traduz_data_para_exibir($tarefa['prazo']); ?>

</p>

<p>

<strong>Prioridade:</strong>

<?php echo traduz_prioridade($tarefa['prioridade']); ?>

</p>

<?php if (count($anexos) > 0) : ?>

<p><strong>Atenção!</strong> Esta tarefa contém anexos!</p>

<?php endif; ?>

Repare que este template para o e-mail é bem parecido com a página de detalhes

da tarefa, aquela que tem o formulário para adicionar anexos. A diferença é que

aqui não precisamos exibir o link para voltar para a lista de tarefas e também não

precisamos exibir os anexos, apenas uma informação de que existem anexos para a

tarefa.

Agora vamos deixar esse arquivo guardado um pouco e vamos ajustar outros

pontos da aplicação. Certo, eu sei que é chato escrever código e não ver o funciona-

mento, mas achei melhor já deixarmos este arquivo pronto agora, para não atrapalhar

o raciocínio mais para frente.

144

Casa do Código

Capítulo 11. Lembretes de tarefas por e-mail

11.2

Unificando a configuração da aplicação com

constantes

Até agora nossa aplicação não tem muitos itens configuráveis, na verdade temos ape-

nas os dados de conexão com o banco de dados. Mas, a partir de agora, teremos uma

configuração para definir o endereço de e-mail para onde os e-mails de aviso serão

enviados.

Tudo bem, ainda são poucas informações, mas, acredite, é melhor começar a

organização ainda pequeno, pois facilita o crescimento.

Muito bem, vamos criar então um novo arquivo para manter as configurações

da nossa aplicação. Ele será o config.php e deverá ser colocado com os demais

arquivos na pasta tarefas. Inicialmente, ele deverá conter os dados de conexão ao

banco e também o e-mail de aviso das tarefas. Veja como deverá ficar seu conteúdo:

<?php

// Conexão ao banco de dados (MySQL)

define("BD_SERVIDOR", "127.0.0.1");

define("BD_USUARIO", "sistematarefa");

define("BD_SENHA", "sistema");

define("BD_BANCO", "tarefas");

// E-mail para notificação

define("EMAIL_NOTIFICACAO", "[email protected]");

Neste arquivo estamos usando a função define() que serve para definir cons-

tantes no PHP. A função define() recebe o nome da constante e o seu valor. Uma

constante é um identificador para um valor que não será alterado durante a execução

da aplicação.

Fica fácil entender as constantes quando já conhecemos bem as variáveis, que

são identificadores para valores que podem mudar, por isso têm o nome de variáveis.

Para exibir as constantes usamos apenas seus nomes, sem o cifrão na frente, como

as variáveis. Veja um exemplo:

<?php

$linguagem = "PHP";

define("BANCO", "MySQL");

echo "Eu uso {$linguagem} com o banco " . BANCO;

// Exibe: Eu uso PHP com o banco MySQL

145

11.2. Unificando a configuração da aplicação com constantes

Casa do Código

Repare que estou deixando as constantes sempre em caixa alta, ou seja, todas as

letras em maiúsculo. Isso não é obrigatório, mas é um padrão que o pessoal do PHP

segue, pois desta maneira fica fácil de identificar onde elas estão em um código.

No nosso arquivo banco.php definimos quatro variáveis para guardar os dados

de acesso ao banco de dados. Mas esses valores não deverão mudar durante o uso da

aplicação, por isso eles poderiam ficar em constantes. Agora, por exemplo, a variável

$tarefa recebe novos dados e que podem ser alterados, por isso não pode ser uma

constante. Aliás, as constantes não podem ser definidas como arrays! Apenas valores

como números e strings.

Vamos então alterar o arquivo banco.php para usar nossas novas constantes

para a comunicação com o banco. Apague a definição das variáveis com os dados

de acesso ao banco e mude a chamada da função mysqli_connect() para usar as

constantes:

<?php

$conexao = mysqli_connect(BD_SERVIDOR, BD_USUARIO, BD_SENHA, BD_BANCO);

...

Veja como uma rápida olhada no código já nos revela que estamos usando cons-

tantes, graças ao uso da caixa alta.

Se você tentar acessar sua aplicação agora, vai encontrar alguns erros dizendo

que os identificadores usados não foram definidos, pois ainda não adicionamos o

novo arquivo config.php na aplicação.

Nossa aplicação tem diversos pontos de entrada, que são os arquivos que esta-

mos chamando diretamente pelo endereço no navegador. O arquivo tarefas.php,

por exemplo, é um ponto de entrada, pois ele é chamado pelo navegador. Já o

template.php é incluído por outros arquivos, então não é um ponto de entrada.

Precisamos alterar todos os pontos de entrada para incluir o arquivo de configu-

ração. Então, adicione a linha a seguir no início dos arquivos tarefas.php,

tarefa.php, editar.php e remover.php:

<?php

include "config.php"; // Esta é a nova linha

include "banco.php";

...

146

Casa do Código

Capítulo 11. Lembretes de tarefas por e-mail

Lembre-se que o arquivo banco.php depende das constantes definidas no ar-

quivo config.php, então este deve ser incluído primeiro.

11.3

Adicionando a opção de aviso por e-mail

O usuário precisa informar que quer receber por e-mail um lembrete da tarefa, por

isso precisamos alterar o formulário, adicionando um checkbox com a opção de en-

vio do e-mail.

Vamos alterar o arquivo formulario.php para adicionar a nova opção logo

abaixo da opção de tarefa concluída:

...

<label>

Tarefa concluída:

<input type="checkbox" name="concluida" value="1"

<?php echo ($tarefa['concluida'] == 1) ? 'checked' : ''; ?>

/>

</label>

<label>

Lembrete por e-mail:

<input type="checkbox" name="lembrete" value="1" />

</label>

...

Veja que é apenas um checkbox HTML com o nome lembrete e o valor 1.

Este campo será verificado durante a gravação e durante a edição de uma tarefa e,

caso seja necessário, o e-mail com o aviso será disparado.

Vamos fazer a alteração primeiro na gravação de novas tarefas, que fica

no arquivo

tarefas.php.

O envio do e-mail será feito usando a função

enviar_email(), que ainda não existe. Essa função receberá como parâmetros

apenas os dados da tarefa e os dados dos anexos, sendo que nem sempre uma tarefa

terá anexos, então o parâmetro dos anexos será opcional. Opcional? Calma, veremos

isso logo mais.

A nossa primeira alteração será na gravação da tarefa, então não precisaremos

enviar os dados dos anexos, pois nossa aplicação só permite adicionar anexos na

página de detalhes da tarefa.

147

11.3. Adicionando a opção de aviso por e-mail

Casa do Código

No arquivo tarefas.php, logo após a gravação da tarefa usando a função

gravar_tarefa(), adicione um if que verifica que a opção de lembrete foi mar-

cada e então chama a função enviar_email():

<?php

...

if (! $tem_erros) {

gravar_tarefa($conexao, $tarefa);

if (isset($_POST['lembrete']) && $_POST['lembrete'] == '1') {

enviar_email($tarefa);

}

header('Location: tarefas.php');

die();

}

...

Veja que a função enviar_email() está sendo chamada com apenas um pa-

râmetro, que são os dados da tarefa.

Agora, altere também o arquivo editar.php. Essa alteração será bem parecida

com a anterior, mas aqui precisamos mandar também os dados dos anexos. Então,

fica assim:

<?php

...

if (! $tem_erros) {

editar_tarefa($conexao, $tarefa);

if (isset($_POST['lembrete']) && $_POST['lembrete'] == '1') {

$anexos = buscar_anexos($conexao, $tarefa['id']);

enviar_email($tarefa, $anexos);

}

header('Location: tarefas.php');

die();

}

148

Casa do Código

Capítulo 11. Lembretes de tarefas por e-mail

...

Como já temos a lógica para pegar os anexos dentro de uma função, basta chamá-

la e pegar seu resultado para termos os anexos.

Agora que já preparamos a aplicação para enviar os e-mails, vamos finalmente

para a função enviar_email()!

11.4

A função enviar_email()

Antes de escrever a função para enviar e-mails, vamos pensar no que é necessário

fazer para enviar um e-mail usando um sistema como o GMail outros webmails.

Vou colocar aqui o passo a passo do que é necessário para enviar um e-mail:

• Acessar o sistema de e-mails;

• Fazer a autenticação com usuário e senha;

• Usar a opção para escrever um e-mail;

• Digitar o e-mail do destinatário;

• Digitar o assunto do e-mail;

• Escrever o corpo do e-mail;

• Adicionar os anexos quando necessário;

• Usar a opção de enviar o e-mail.

Nossa! Uma tarefa tão simples como enviar um e-mail virou uma atividade di-

vidida em oito passos! Então, para enviar um e-mail usando PHP deve ser algo bem

parecido. Sendo assim vamos criar a função para enviar os e-mails usando um monte

de comentários, que vão nos guiar para a implementação do código. No arquivo

ajudantes.php, adicione a função enviar_email():

<?php

...

function enviar_email($tarefa, $anexos)

{

149

11.4. A função enviar_email()

Casa do Código

// Acessar o sistema de e-mails;

// Fazer a autenticação com usuário e senha;

// Usar a opção para escrever um e-mail;

// Digitar o e-mail do destinatário;

// Digitar o assunto do e-mail;

// Escrever o corpo do e-mail;

// Adicionar os anexos quando necessário;

// Usar a opção de enviar o e-mail.

}

Agora já temos uma espécie de mapa que irá nos guiar. Mas, antes de seguir

o mapa e fazer a função realmente mandar e-mails, repare nos parâmetros que

esta função pode receber. Veja que temos uma variável $tarefa e uma variável

$anexos. O problema que começa a nos perturbar é saber que após a gravação da

tarefa estamos chamando essa função com apenas um parâmetro, enquanto que na

edição estamos passando os dois. Isso certamente vai gerar um erro, pois precisamos

fornecer os parâmetros obrigatórios de uma função.

Parâmetros de funções

Em geral as funções recebem parâmetros e fazem algum tipo de tra-

balho repetitivo com eles. Mas algumas vezes podemos precisar de fun-

ções que podem receber um certo parâmetro ou podem ter algum tipo

de valor padrão para um.

Este é exatamente o nosso caso na função enviar_email(), pois

o que realmente será necessário sempre são os dados das tarefas, afinal

não podemos enviar um e-mail sem isso. Já os anexos serão opcionais, já

que podemos muito bem ter tarefas sem anexos.

Para fazer com que um parâmetro seja opcional em uma função PHP

basta atribuir um valor logo após a declaração do parâmetro na função:

function pular_linha($c = '<br />') { echo $c; }

A função pular_linha() por padrão pula uma linha no HTML

usando a tag <br /> , mas poderíamos trocar o comportamento padrão

chamando a função e falando para pular linha em um arquivo txt usando

o caractere \n:

pular_linha("\n");

150

Casa do Código

Capítulo 11. Lembretes de tarefas por e-mail

Como a lista de anexos é um array, podemos alterar a declaração da função

enviar_email() para ter uma lista de anexos vazia por padrão:

<?php

...

function enviar_email($tarefa, $anexos = array())

{

...

}

...

Agora vamos voltar à lista de passos para enviar o e-mail. Praticamente a lista

depende de algum tipo de comunicação com o sistema de e-mails, menos o item

escrever o corpo do e-mail, e até já temos o arquivo template_email.php com

o template. Então, vamos começar por este item.

11.5

Escrevendo o corpo do e-mail usando um ar-

quivo com o template

Para colocar o texto do corpo do e-mail efetivamente dentro do e-mail, precisamos

usar alguma forma de ler o arquivo template_email.php, colocando o seu con-

teúdo já processado (com os valores das variáveis etc.) dentro de uma variável. É

alguma coisa parecida com isso:

<?php

...

function enviar_email($tarefa, $anexos = array())

{

$corpo = include "template_email.php";

}

O arquivo template_email.php precisa das variáveis $tarefa e anexos,

que já estão sendo recebidas pela função. A ideia aqui é que a variável $corpo fique

com o HTML resultante do processamento do arquivo template_email.php.

Infelizmente esse código não irá funcionar e o conteúdo do arquivo

template_email.php será enviado para o navegador.

151

11.5. Escrevendo o corpo do e-mail usando um arquivo com o template

Casa do Código

Para resolver este problema vamos separar essa lógica de ler o arquivo

template_email.php em uma nova função, pois assim vai ficar mais simples ler

e entender e função enviar_email():

<?php

...

function enviar_email($tarefa, $anexos = array())

{

$corpo = preparar_corpo_email($tarefa, $anexos);

...

}

function preparar_corpo_email($tarefa, $anexos)

{

// Aqui vamos pegar o conteúdo processado do template_email.php

}

Agora que separamos a lógica para preparar o corpo do e-mail, vamos pensar em

como isso deve ser feito. O nosso maior problema é que, se incluirmos um arquivo

com HTML usando o include, seu conteúdo será enviado para o navegador, então

temos que fazer um passo a passo dessa forma:

• Falar para o PHP que não é para enviar o processamento para o navegador;

• Incluir o arquivo template_email.php;

• Guardar o conteúdo do arquivo em uma variável;

• Falar para o PHP que ele pode voltar a mandar conteúdos para o navegador.

Estamos cheios de listas descrevendo os procedimentos neste capítulo, heim?

Mas é por uma boa razão, já que isso ajuda a pensar primeiro na lógica e depois na

implementação usando PHP.

Para fazer a função preparar_corpo_email() vamos usar algumas funções

do PHP que fazem exatamente o que foi descrito na lista anterior. Essas funções

impedem o PHP de enviar conteúdos para o navegador e nos permitem pegar esses

conteúdos e guardar em variáveis. Veja como fica simples a implementação:

152

Casa do Código

Capítulo 11. Lembretes de tarefas por e-mail

<?php

...

function preparar_corpo_email($tarefa, $anexos)

{

// Aqui vamos pegar o conteúdo processado do template_email.php

// Falar para o PHP que não é para enviar o processamento para o

// navegador:

ob_start();

// Incluir o arquivo template_email.php:

include "template_email.php";

// Guardar o conteúdo do arquivo em uma variável;

$corpo = ob_get_contents();

// Falar para o PHP que ele pode voltar a mandar conteúdos para o

// navegador.

ob_end_clean();

return $corpo;

}

Eu deixei os comentários de propósito, pois eles são a mesma lista de passos que

fizemos para montar a lógica. Depois você pode apagá-los.

Na função preparar_corpo_email(), usamos a função ob_start(), que

coloca uma espécie de cancela no fluxo que o PHP envia para o navegador. Depois

fizemos a inclusão do arquivo template_email.php, aquele que fizemos lá no

começo deste capítulo, usando a instrução include. Aí vem uma parte bem mágica

em que usamos a função ob_get_contents(), que faz algo como pegar todo

mundo que estava esperando a cancela abrir para passar e retorna esse valor para a

variável $corpo. Por último, usamos a função ob_end_clean() para finalizar

o processo, que é tipo reabrir a cancela e deixar os novos dados passarem para o

navegador.

Complicado? Sim, um pouquinho, mas é só treinar para dominar essa técnica.

Se não fosse por esta técnica teríamos que fazer algo como uma variável de texto com

todo o HTML necessário e as variáveis.

153

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

11.6. Instalando uma biblioteca para enviar e-mails

Casa do Código

11.6

Instalando uma biblioteca para enviar e-mails

Nossa função enviar_email() já tem o corpo do e-mail, mas ainda tem vários

passos que ela não faz e que serão feitos com a ajuda de uma biblioteca para e-mails.

Existem várias bibliotecas para envio de e-mails usando PHP, inclusive algumas

opções embutidas no PHP. A ideia de usar uma biblioteca adicional neste livro é

mostrar como isso pode ser feito, além de suprir alguns pontos que seriam bem tra-

balhosos de fazer com as opções padrão, como anexar arquivos.

A biblioteca escolhida é a PHPMailer. Para baixá-la acesse https://github.com/

PHPMailer/PHPMailer e clique no botão Download ZIP, conforme a imagem a

seguir:

Figura 11.1: Baixando o PHPMailer no GitHub. A opção está no canto inferior direito

Após baixar, crie um novo diretório, uma pasta chamada bibliotecas, den-

tro da pasta tarefas, e descompacte o conteúdo do zip dentro dela. Após des-

compactar você verá uma nova pasta chamada PHPMailer-master. Renomeie-a

para apenas PHPMailer. Depois de renomear você vai ficar com uma estrutura de

pastas assim:

tarefas > bibliotecas > PHPMailer

Vale lembrar que nosso projeto está dentro da pasta tarefas.

154

Casa do Código

Capítulo 11. Lembretes de tarefas por e-mail

Agora podemos voltar para a função enviar_email().

11.7

Finalizando a função enviar_email()

Para finalizar a função enviar_email(), precisamos usar a biblioteca PHPMailer.

Veremos agora algumas linhas de código um pouco diferentes do que já vimos até

aqui, pois a biblioteca PHPMailer usa um negócio chamado Programação Orien-

tada à Objetos.

De forma simplificada podemos pensar que um objeto é uma estrutura que pode

ter várias variáveis dentro dela, assim como os arrays, e também pode ter funções

dentro dela, que servem para manipular suas variáveis.

Lembra da lista de passos necessários para se enviar um e-mail? Vamos agora

preencher esta lista usando as opções da PHPMailer. Vou colocar o código passo a

passo, depois juntamos tudo na função.

O primeiro passo é incluir a PHPMailer:

<?php

...

include "bibliotecas/PHPMailer/PHPMailerAutoload.php";

Os próximos passos são o acesso ao sistema de e-mails, a autenticação e a opção

de escrever um novo e-mail:

<?php

...

// Acessar o sistema de e-mails;

// Fazer a autenticação com usuário e senha;

// Usar a opção para escrever um e-mail;

$email = new PHPMailer(); // Esta é a criação do objeto

$email->isSMTP();

$email->Host = "smtp.gmail.com";

$email->Port = 587;

$email->SMTPSecure = 'tls';

$email->SMTPAuth = true;

$email->Username = "[email protected]";

155

11.7. Finalizando a função enviar_email()

Casa do Código

$email->Password = "minhasenha";

$email->setFrom("[email protected]", "Avisador de Tarefas");

Neste último trecho, bastante coisa aconteceu! Primeiro, criamos o objeto

$email usando a classe PHPMailer. Não se preocupe com isso ainda, apenas en-

tenda que no objeto $email tem variáveis e funções embutidas. Acessamos estas

variáveis e funções usando a seta, que é o sinal de menos seguido por um sinal de

maior: ->. Identificamos o que é variável e o que é função usando os parênteses nas

funções.

Como eu quero enviar o e-mail usando o GMail, precisei dizer que o tipo de

conexão é SMTP, o endereço do servidor é smtp.gmail.com, a porta para conexão

é a 587 e que ele tem que usar a criptografia tls. Além disso, também falei que

é necessário autenticar no SMTP usando o usuário (Username) e senha (Password)

informados. Por último, eu coloquei o From do e-mail, para dizer de onde o e-mail

partiu.

O

próximo

passo

é

o

destinatário

usando

a

nossa

constante

EMAIL_NOTIFICACAO:

<?php

...

// Digitar o e-mail do destinatário;

$email->addAddress(EMAIL_NOTIFICACAO);

Agora tem o assunto do e-mail:

<?php

...

// Digitar o assunto do e-mail;

$email->Subject = "Aviso de tarefa: {$tarefa['nome']}";

Tem também o corpo do e-mail, que vamos enviar usando HTML para deixar

formatado:

<?php

...

// Escrever o corpo do e-mail;

$corpo = preparar_corpo_email($tarefa, $anexos);

$email->msgHTML($corpo);

156

Casa do Código

Capítulo 11. Lembretes de tarefas por e-mail

Os anexos, quando existirem, são os próximos:

<?php

...

// Adicionar os anexos quando necessário;

foreach ($anexos as $anexo) {

$email->addAttachment("anexos/{$anexo['arquivo']}");

}

Veja que o foreach foi usado para os anexos. Caso o array $anexos esteja

vazio, ele simplesmente não entra no laço.

Agora só falta a opção de enviar o e-mail! Veja como fica:

<?php

...

// Usar a opção de enviar o e-mail.

$email->send();

Ufa! Esse é todo o código necessário para enviar o e-mail! Se pensar bem, é tipo

o passo a passo para enviar um e-mail, apenas codificamos em PHP. Veja como fica

a função enviar_email() completa e sem os comentários:

<?php

function enviar_email($tarefa, $anexos = array())

{

include "bibliotecas/PHPMailer/PHPMailerAutoload.php";

$corpo = preparar_corpo_email($tarefa, $anexos);

$email = new PHPMailer();

$email->isSMTP();

$email->Host = "smtp.gmail.com";

$email->Port = 587;

$email->SMTPSecure = 'tls';

$email->SMTPAuth = true;

$email->Username = "[email protected]";

$email->Password = "minhasenha";

$email->setFrom("[email protected]", "Avisador de Tarefas");

157

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

11.7. Finalizando a função enviar_email()

Casa do Código

$email->addAddress(EMAIL_NOTIFICACAO);

$email->Subject = "Aviso de tarefa: {$tarefa['nome']}";

$email->msgHTML($corpo);

foreach ($anexos as $anexo) {

$email->addAttachment("anexos/{$anexo['arquivo']}");

}

$email->send();

}

A diferença é que eu coloquei o uso da função preparar_corpo_email()

logo no começo.

Agora já podemos usar a opção de avisar por e-mail! Eu editei uma tarefa que

tem anexos e marquei a opção para avisar:

Figura 11.2: Editando uma tarefa e marcando a opção de lembrete

E veja só como o e-mail chegou para mim:

158

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 11. Lembretes de tarefas por e-mail

Figura 11.3: E-mail de aviso no GMail, com anexo

O uso da PHPMailer facilita bastante o trabalho para envio de e-mails, pois reduz

praticamente ao passo a passo seguido para enviar um usando um webmail, sem

maiores complicações.

Não uso o GMail

O pessoal do PHPMailer tem alguns exemplos de como fazer a

parte da conexão usando outros servidores além do GMail. Para sa-

ber mais acesse https://github.com/PHPMailer/PHPMailer/tree/master/

examples

Dica importante!

Evite usar o seu e-mail pessoal para enviar e-mails em uma aplicação

como a nossa, pois seu usuário e senha ficam expostos no código.

Faça uma conta de e-mail para isso, ou se você estiver desenvolvendo

algo na empresa onde trabalha, veja com o seu administrador de redes

e servidores como deve ser a autenticação para mandar e-mails (ou se

realmente precisa autenticar).

159

11.8. Resumo

Casa do Código

11.8

Resumo

Este capítulo começou com uma ideia simples: mandar e-mails com lembretes das

tarefas. Vimos como instalar e usar uma biblioteca com orientação a objetos para

envio de e-mails, trabalhamos com constantes e com a função define() para cen-

tralizar a configuração da aplicação. Além disso, usamos os controles de saída do

PHP com as funções ob_start(), ob_get_contents() e ob_end_clean()

para conseguir fazer a inclusão de um template com o resultado em uma variável.

11.9

Desafios

É claro que este capítulo também tem alguns desafios.

• Ter quatro pontos de entrada dificultou um pouco a adição do arquivo de con-

figuração. Faça uma cópia do projeto até aqui e pense em uma forma de manter

apenas um ponto de entrada que consiga tratar todos os casos.

• O arquivo de configuração tem apenas o e-mail de destino. Adicione cons-

tantes para configurar o do remetente, o usuário e a senha para autenticar, e o

nome que aparece no “from”.

• Na lista de contatos, adicione a opção de mandar os dados de um contato para

um endereço de e-mail.

• Ainda na lista de contato, adicione a foto do contato como anexo do e-mail.

• Mais um para a lista de contatos: centralize as configurações usando constan-

tes em um arquivo separado.

• No sistema do estacionamento, adicione a opção de mandar os dados de uma

estadia para um e-mail, mandando também as fotos do veículo.

Em todos os desafios, procure usar a técnica de ler o template do e-mail usando

as funções ob_start() etc.

160

Capítulo 12

Hospedagem de aplicações PHP

Desenvolver aplicações web pode ser bastante divertido e útil, pois podemos desen-

volver ferramentas que solucionam problemas que temos em nosso dia a dia, como

foi o caso do nosso sistema de tarefas desenvolvido durante os capítulos deste livro.

O problema é que até este momento ficamos presos a nossos computadores, pois nos-

sas aplicações funcionam apenas neles. Quando acessamos um site, um blog ou ou-

tra aplicação web, estamos acessando algo que foi desenvolvido assim como a nossa

aplicação, mas que está localizado em um servidor na internet. Quando colocamos

nossa aplicação em um servidor na internet, chamamos isso de hospedagem.

Quando nossa aplicação está em hospedada em um servidor, ela pode ser aces-

sada a partir de qualquer computador também conectado à internet, ou até mesmo

de tablets e smartphones!

12.1

Sua aplicação para o mundo!

Bem, na verdade ainda não é para o mundo, é apenas para você, mas você poderá

acessar estando em qualquer lugar, bastando estar conectado à internet. Digo que é

12.2. Escolhendo um servidor para hospedagem

Casa do Código

apenas para você pois nossa lista de tarefas não tem separação por usuários, então

serve para apenas um usuário.

Para colocarmos nossa aplicação online precisamos encontrar um servidor para

hospedagem que suporte nossas necessidades. Depois teremos que configurar como

será o funcionamento da aplicação no servidor e então poderemos enviar nossos

arquivos para lá.

12.2

Escolhendo um servidor para hospedagem

Para publicar uma aplicação na web precisamos utilizar um servidor que tenha su-

porte às tecnologias que estamos usando. No nosso caso é o PHP e o MySQL. Existem

diversas opções para hospedar aplicações PHP e MySQL, desde empresas que ofe-

recem o serviço gratuitamente (mas podem adicionar algum tipo de propaganda),

até opções para quem quer gerenciar o servidor, instalar as ferramentas necessárias

e manter tudo funcionando.

No nosso caso, precisamos dos tipos mais básicos, pois estamos usando apenas

para aprendizado e não teremos um grande volume de acesso. Mas também é in-

teressante conhecermos uma opção mais avançada, por isso vou demonstrar dois

serviços de hospedagem, um mais simples e grátis e outro com mais recursos que

oferece um período grátis para experimentar.

Os serviços de hospedagem demonstrados serão a hospedagem da Hostinger e

o Jelastic da Locaweb:

• Hostinger http://www.hostinger.com.br/

• Jelastic da Locaweb http://www.locaweb.com.br/produtos/jelastic-cloud.html

12.3

Hospedagem com a Hostinger

A hospedagem com a Hostinger segue um padrão de acesso via FTP e uso de um

painel de configuração bastante usado em diversos servidores que é o CPanel.

O acesso via FTP é bastante utilizado pois ele cria uma conexão que exibe os ar-

quivos remotos e seus arquivos locais de uma maneira que fica simples para copiar de

um para o outro. FTP significa File Transfer Protocol, ou Protocolo para Transmissão

de Arquivos.

O CPanel é uma ferramenta para administração de servidores via navegador.

Esta ferramenta possui diversas opções de configuração e é bastante simples de uti-

lizar, por isso é uma opção com um número bem grande de usuários.

162

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

12.4

Criação da conta na Hostinger

Para criar a conta para hospedagem de uma aplicação na Hostinger acesse o endereço

http://www.hostinger.com.br/ e você verá uma tela parecida com esta:

Figura 12.1: Site da Hostinger

Um formulário de cadastro será apresentado. Preencha os dados e clique no

botão Criar conta:

163

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

12.4. Criação da conta na Hostinger

Casa do Código

Figura 12.2: Cadastro na Hostinger

A próxima tela, após o cadastro, pede para que você verifique o seu e-mail e

clique no link de ativação:

164

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Figura 12.3: Pedido de confirmação do cadastro por e-mail

Após clicar no link que chegou por e-mail, você será direcionado para uma pá-

gina para selecionar um plano de hospedagem. A opção Gratuito vai servir bem

para testes e até para pequenos sites:

165

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

12.4. Criação da conta na Hostinger

Casa do Código

Figura 12.4: Escolha a opção Gratuito para os testes

Na próxima página, você deve criar uma nova conta. Eu escolhi um subdomínio

gratuito e aconselho esta opção para os testes:

Figura 12.5: Escolha um subdomínio ou um domínio

166

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

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Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Ele pode demorar um pouco para ativar a conta e espalhar o novo endereço pela

internet (propagar o DNS). Então você verá esta página quando terminar o cadastro

da conta:

Figura 12.6: Aguardando a propagação do DNS

Eu aguardei uns 5 minutos e atualizei a página, e a conta já estava ativa:

Figura 12.7: Como é um subdomínio, ativou bem rápido

Está vendo o botão Painel de Controle na tela anterior? Vamos precisar

dele logo mais.

E finalmente teremos a conta criada e até o endereço já funcionando! Aqui eu

criei um subdomínio no endereço tarefasphp.zz.mu. Ao acessá-lo temos a pá-

gina padrão da Hostinger:

167

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Desenvolvimento web com PHP e MySQL

12.4. Criação da conta na Hostinger

Casa do Código

Figura 12.8: Página padrão da Hostinger

Voltando na página das contas, clique no botão Painel de Controle. Ele

exibirá diversos blocos com áreas diferentes da administração. Navegue até o bloco

intitulado Avançado e clique na opção Bases de Dados MySQL:

Figura 12.9: Use a opção Bases de Dados MySQL

168

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Nesta página será exibido um bloco chamado

Criar Novo Banco de

Dados e Usuário MySQL. Ele já coloca um prefixo para o nome do banco de da-

dos e do usuário, então coloque o nome do banco e o usuário, depois a senha para

acesso e confirme:

Figura 12.10: Criando um novo banco e um usuário MySQL

A página será atualizada e um bloco com os dados de acesso será exibido:

Figura 12.11: Os dados de acesso ao MySQL

Guarde esses dados, pois a aplicação vai precisar deles.

Agora devemos voltar ao painel Avançado e usar a opção PHPMyAdmin, que

é o mesmo PHPMyAdmin que usamos em nosso ambiente local. Ele vai pedir o

usuário e senha, então coloque o usuário que você acabou de criar e terá acesso ao

PHPMyAdmin. Agora siga os passos para criação das tabelas dos capítulos 6 e 10.

Já temos o servidor pronto para receber a aplicação, então precisamos deixar a

aplicação pronta para o servidor.

169

12.5. Configurando a aplicação para a Hostinger

Casa do Código

12.5

Configurando a aplicação para a Hostinger

Agora precisamos alterar a aplicação para que funcione no servidor. Na verdade

não é tanto trabalho, é apenas a configuração de acesso ao banco de dados. Altere o

arquivo config.php e coloque os dados de acesso:

<?php

define("BD_SERVIDOR", "mysql.hostinger.com.br");

define("BD_USUARIO", "seu_usuario");

define("BD_SENHA", "sua_senha");

define("BD_BANCO", "seu_banco_taref");

Não esqueça de conferir os dados de acesso!

Agora podemos, finalmente, enviar a aplicação para o servidor usando o FTP.

12.6

Enviando a aplicação para a Hostinger

Para enviar os arquivos usando FTP você vai precisar de um software cliente FTP.

Existem diversas opções, mas eu recomendo o FileZilla, que pode ser obtido em

https://filezilla-project.org/:

170

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Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Figura 12.12: Site do FileZilla

Use a opção Download FileZilla Client e na página de download escolha

a opção para o seu sistema operacional. Siga os passos da instalação usando as opções

padrão.

FileZilla no Linux

Procure no gerenciador de pacotes da sua distribuição pelo FileZilla.

Usuários de Debian/Ubuntu podem instalar usando o apt:

sudo apt-get install filezilla

Antes de abrir o FileZilla precisamos dos dados de acesso FTP. Para consegui-

los, vá ao CPanel da Hostinger e procure pelo bloco Arquivos e, nele, clique na

opção Acesso FTP:

171

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

12.6. Enviando a aplicação para a Hostinger

Casa do Código

Figura 12.13: Use a opção Acesso FTP

Você verá a página de acesso FTP:

Figura 12.14: Dados de acesso via FTP

É necessário usar a opção Mudar senha de conta para escolher uma senha

de acesso.

Agora abra o FileZilla e coloque os dados de acesso FTP exibidos pelo CPanel da

Hostinger:

172

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Figura 12.15: Preenchendo os dados de acesso FTP no FileZilla

Após preencher os dados clique em Conexão rápida. O FileZilla tem dois

paineis, um à esquerda com os seus arquivos locais e um à direita com os arquivos

no servidor. No caso da Hostinger será exibido um único arquivo default.php.

Agora podemos navegar até a pasta onde estão nossos arquivos locais, e então basta

clicar e arrastá-los para o painel com os arquivos do servidor. O FileZilla irá iniciar

a transmissão, e quando terminar os arquivos serão exibidos no servidor também.

Após finalizar a transmissão dos arquivos podemos acessar o sistema de tarefas

já hospedado. O meu ficou hospedado em http://tarefasphp.zz.mu/tarefas.php.

12.7

Hospedagem no Jelastic da Locaweb

O Jelastic é um serviço bem interessante da Locaweb pois nos permite configurar

aplicações em caminhos diferentes, ter bancos de dados separados e pacotes com as

diferentes versões da aplicação, hospedagem de outras tecnologias além do PHP e

MySQL, configuração do PHP e do MySQL etc.

O Jelastic é um pouco mais complexo do que a Hostinger, mas é uma opção

interessante para quem deseja ter mais controle sobre as opções do servidor.

12.8

Criação da conta no Jelastic da Locaweb

Para criar uma conta e hospedar uma aplicação no Jelastic acesse o endereço http:

//www.locaweb.com.br/produtos/jelastic-cloud.html e você verá uma página como

esta:

173

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

12.8. Criação da conta no Jelastic da Locaweb

Casa do Código

Figura 12.16: Site do Jelastic da Locaweb

Preencha o seu e-mail e clique em quero experimentar. Após o processa-

mento, você verá a mensagem de sucesso na criação da conta:

Figura 12.17: Sucesso na criação da conta

Verifique sua caixa de entrada e você deverá ter recebido um e-mail com o en-

dereço e os dados de acesso para configuração do ambiente de hospedagem:

174

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Figura 12.18: E-mail de boas vindas do Jelastic

Clique no link do e-mail ou acesse o endereço https://app.jelasticlw.com.br/ e

informe o login e senha que recebeu no e-mail:

175

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

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12.8. Criação da conta no Jelastic da Locaweb

Casa do Código

Figura 12.19: Tela de login do Jelastic

Nesta tela, você será recebido pelo assistente do Jelastic:

Figura 12.20: O assistente do Jelastic

Para a primeira utilização, eu recomendo seguir as instruções do assistente: basta

clicar em Vamos começar e então clicar na opção Criar ambiente que fica em

cima, à esquerda:

176

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Figura 12.21: Opção para criar um novo ambiente

Nesta próxima tela temos a opção de hospedar uma aplicação Java ou PHP:

Figura 12.22: Seleção das tecnologias para rodar a aplicação

Selecione PHP na aba superior, Apache para o servidor HTTP e MySQL para o

banco de dados. Aproveite escolher o endereço da aplicação e clique em Criar.

Agora é só aguardar enquanto a aplicação é criada:

Figura 12.23: Aguarde a criação do ambiente

177

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

12.8. Criação da conta no Jelastic da Locaweb

Casa do Código

E assim que terminar, o assistente informa que o ambiente foi criado:

Figura 12.24: Sucesso na criação do ambiente para hospedagem

Verifique mais uma vez a sua caixa de entrada e você deverá ver um e-mail com

os dados de acesso ao ambiente:

Figura 12.25: Endereço de acesso à aplicação hospedada

Você também deverá ter recebido um e-mail com a indicação de que o ambiente

do MySQL foi criado e seus dados de acesso:

178

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Figura 12.26: Dados de acesso ao MySQL

Agora é necessário acessar o endereço do banco de dados.

Lá tem um

PHPMyAdmin. Informe seus usuário e senha e use o PHPMyAdmin para criar um

novo banco chamado tarefas e crie as tabelas criadas nos capítulos 6 e 10 aqui do

livro.

12.9

Configurando a aplicação para o Jelastic

Após a criação das tabelas, edite o arquivo config.php da aplicação e coloque os

dados de acesso ao MySQL do Jelastic:

<?php

define("BD_SERVIDOR", "seu-mysql.jelasticlw.com.br");

define("BD_USUARIO", "seu_usuario");

define("BD_SENHA", "sua_senha");

define("BD_BANCO", "tarefas");

Feito isso, crie um pacote zip da sua aplicação. Isso pode ser feito clicando com

o botão direito na pasta tarefas e usando a opção de criar um arquivo zip. Este

passo é importante pois no Jelastic esta é a maneira padrão de enviar a aplicação.

179

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

12.10. Enviando a aplicação para o Jelastic

Casa do Código

12.10

Enviando a aplicação para o Jelastic

Após fazer o pacote zip volte ao painel do Jelastic e clique na opção Upload que

está na aba Gerenciador de Instalação:

Figura 12.27: Opção de Upload da aplicação

Na próxima janela selecione o pacote zip que você criou e dê uma descrição

para esta versão do pacote:

Figura 12.28: Selecione o zip e dê uma descrição para o pacote

Um bom nome ajuda a identificar o pacote quando você tiver mais de uma versão

cadastrada.

O próximo passo é usar a opção de enviar o pacote para produção usando o ícone

que está na lista com os nomes dos pacotes:

180

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

Casa do Código

Capítulo 12. Hospedagem de aplicações PHP

Figura 12.29: Selecione o ambiente para enviar a aplicação

Você será questionado sobre onde fazer a instalação do pacote. Deixa em branco

para instalar na raiz do endereço e clique em instalar:

Figura 12.30: Deixe em branco para instalar na raiz do endereço

Agora aguarde enquanto a aplicação é implantada:

Figura 12.31: Aguarde a implantação

Após a conclusão você pode clicar no ícone para ir para o endereço da aplicação:

181

Desenvolvimento web com PHP e MySQL

12.11. Resumo

Casa do Código

Figura 12.32: Aplicação instalada, basta acessar!

No meu caso a aplicação ficou em http://tarefasphp.jelasticlw.com.br/tarefas.

php. Ao acessar a sua, não se esqueça de colocar o nome do arquivo tarefas.php

no endereço.

E é isso, sua aplicação estará instalada no Jelastic.

12.11

Resumo

Neste capítulo foram apresentadas duas maneiras de hospedagem de aplicações PHP:

uma usando o FTP e CPanel da Hostinger, que também são usados por diversos ou-

tros servidores, e outra usando o Jelastic da Locaweb que tem opções bem interes-

santes para configuração do servidor.

12.12

Desafios

Achou que não teríamos desafios neste capítulo? Aqui estão eles!

• Faça a hospedagem da aplicação dos contatos na Hostinger.

• Faça a hospedagem da aplicação do estacionamento no Jelastic.

• Procure mais uma opção de hospedagem PHP e MySQL e faça a hospedagem

do sistema de tarefas.

182

Capítulo 13

Programando com orientação a

objetos

No capítulo de envio de e-mails usamos a biblioteca PHPMailer através da criação

de um objeto na variável $email. Este objeto era composto por diversas variáveis

e funções, tudo embutido em apenas uma variável, quase como um array, com a

diferença de que um array não tem funções, apenas índices com valores.

Esta é uma forma bem interessante de se desenvolver aplicações, pois podemos

pensar não apenas no fluxo da aplicação, mas também nas lógicas de cada parte se-

paradamente. A biblioteca PHPMailer é interessante porque ela não tem as lógicas

necessárias para o nosso gerenciamento de tarefas, tudo o que ela faz é o envio de

e-mails, e se preocupa apenas com isso.

Um exemplo interessante do que pode virar código orientado a objetos é o nosso

registro de tarefas, já que todas as regras e lógicas para manipular o cadastro de ta-

refas estão espalhadas pela aplicação em diversas funções e condicionais, enquanto

poderiam estar reunidas em uma espécie de pacote que seria o responsável pelas

13.1. A classe Tarefas

Casa do Código

regras relacionadas às tarefas.

Este pacote recebe o nome de classe e uma classe pode gerar os tais objetos.

Olhando novamente para o uso da biblioteca PHPMailer, veja como foi criado o

objeto $email:

<?php

...

$email = new PHPMailer();

...

Neste caso PHPMailer é a classe e usamos o operador new para criar um novo

objeto dessa classe.

Podemos fazer o mesmo criando, por exemplo, uma classe Tarefas que con-

teria todas as lógicas responsáveis por trabalhar com o banco, salvar anexos e até

mesmo usar a PHPMailer para enviar e-mails.

13.1

A classe Tarefas

Vamos então à criação da nossa classe Tarefas. A ideia é que esta classe contenha

toda a lógica das tarefas, portanto ela vai nos ajudar a fazer uma limpeza no arquivo

banco.php e também no arquivo ajudantes.php, pois tudo vai estar dentro dela.

Vamos começar pela parte mais simples, que é ir ao banco buscar as tarefas já ca-

dastradas. Para isso, vamos criar um diretório chamado classes e dentro dele um

arquivo chamado Tarefas.php (isso mesmo, com a inicial em caixa alta). Dentro

desse arquivo, coloque o esboço da classe Tarefas:

<?php

// Arquivo: classes/Tarefas.php

class Tarefas

{

public $conexao;

public $tarefas = array();

public function __construct($nova_conexao)

{

184

Casa do Código

Capítulo 13. Programando com orientação a objetos

$this->conexao = $nova_conexao;

}

}

Analisando o código para a classe Tarefas podemos perceber alguns itens inte-

ressantes, como as variáveis $conexao e $tarefas. Aliás, a partir de agora vamos

usar o nome atributos para essas variáveis que são membros de uma classe.

Um atributo é um valor que define algo em uma classe. Para ficar mais fácil de

entender, imagine que se estivéssemos criando uma classe Gato teríamos os atribu-

tos peso, cor do pelo, tamanho das garras etc. Atributos são as qualidades de uma

classe.

Lá na classe PHPMailer também vimos alguns atributos como Host, Port e User-

name.

Outro item que chama a atenção é a função _ _construct(). Esta é uma fun-

ção que é executada sempre que um novo objeto é criado usando o operador new.

Neste caso _ _construct() recebe como parâmetro uma conexão do MySQL e

guarda no atributo $conexao da nossa classe. Aliás, para acessar aquele atributo

$conexao da classe, usamos o $this que é um nome para acessar os objetos cria-

dos a partir desta classe.

E já que já demos o nome de atributo às variáveis de uma classe, vamos também

usar o nome correto das funções de uma classe, que é método.

Voltando à classe Gato os métodos seriam algo como andar(), miar() e

dormir().

13.2

Buscando tarefas dentro da classe

Agora vamos transformar a função buscar_tarefas() que está no arquivo

banco.php em um método da classe Tarefas. Para isso podemos recortar a fun-

ção do arquivo banco.php e colar logo depois do método _ _construct() da

classe Tarefa:

<?php

...

public function __construct()

{

...

}

185

13.2. Buscando tarefas dentro da classe

Casa do Código

public function buscar_tarefas()

{

$sqlBusca = 'SELECT * FROM tarefas';

$resultado = mysqli_query($this->conexao, $sqlBusca);

$this->tarefas = array();

while ($tarefa = mysqli_fetch_assoc($resultado)) {

$this->tarefas[] = $tarefa;

}

}

Pequenas alterações foram feitas no método buscar_tarefas(). Veja que ele

não recebe mais a conexão MySQL, pois esta conexão já é informada na hora de criar

um novo objeto. A variável $tarefas virou o atributo $this->tarefas e não é

mais retornada no final, pois já fica dentro do atributo $this->tarefas.

Como já temos uma função transportada para a classe, vamos alterar a aplicação

para que use a classe em vez da antiga função. No arquivo tarefas.php adicione

um include para o arquivo da classe, não deixando de colocar o caminho dele

dentro da pasta classes:

<?php

include "config.php";

include "banco.php";

include "ajudantes.php";

include "classes/Tarefas.php";

...

Logo abaixo do include já podemos criar um objeto $tarefas usando a

classe Tarefas:

<?php

...

$tarefas = new Tarefas($conexao);

Perceba que estamos passando a variável $conexao na criação do objeto.

Quando criamos um objeto novo, o PHP roda o método _ _construct() que

186

Casa do Código

Capítulo 13. Programando com orientação a objetos

neste caso recebe a conexão e a coloca no atributo $this->conexao. Por isso não

precisamos mais ficar passando a conexão para o método buscar_tarefas(), já

que ele usa o atributo do objeto.

Agora, no final do arquivo

tarefas.php faça a chamada do método

buscar_tarefas(). Isso vai preencher o atributo tarefas da classe com as ta-

refas que estão no banco:

<?php

...

$tarefas->buscar_tarefas();

include "template.php";

E no arquivo tabela.php, onde é exibida a lista de tarefas, altere o uso da

variável $lista_tarefas pelo atributo $tarefas do objeto $tarefas:

...

</tr>

<?php foreach ($tarefas->tarefas as $tarefa) : ?>

<tr>

...

Agora já podemos acessar a aplicação novamente e tudo deverá estar funcional.

Visualmente, nada mudou, mas agora temos uma classe para centralizar as regras

para as tarefas.

13.3

Buscando apenas uma tarefa dentro da classe

Vamos mover a função buscar_tarefa() para um método da classe Tarefas.

Para isso, recorte essa função do arquivo banco.php e cole dentro da classe

Tarefas, logo abaixo do método buscar_tarefas():

<?php

class Tarefas

{

...

187

13.3. Buscando apenas uma tarefa dentro da classe

Casa do Código

public function buscar_tarefas()

{

...

}

function buscar_tarefa($id)

{

$sqlBusca = 'SELECT * FROM tarefas WHERE id = ' . $id;

$resultado = mysqli_query($this->conexao, $sqlBusca);

$this->tarefa = mysqli_fetch_assoc($resultado);

}

}

Veja que as mudanças para este método também são pequenas, pois estamos

usando a conexão que está no atributo $this->conexao e o resultado está sendo

guardado no atributo $this->tarefa. Aliás, o atributo $this->tarefa ainda

não existe, então vamos adicioná-lo logo após o atributo $this->tarefas:

<?php

class Tarefas

{

public $tarefas = array();

public $tarefa;

public $conexao;

...

}

Agora podemos alterar o arquivo editar.php para usar a classe Tarefa

e o método

buscar_tarefa().

Para isso devemos incluir o arquivo

classes/Tarefas.php e criar o objeto $tarefas logo no início do arquivo

editar.php:

<?php

include "config.php";

include "banco.php";

include "ajudantes.php";

include "classes/Tarefas.php";

188

Casa do Código

Capítulo 13. Programando com orientação a objetos

$tarefas = new Tarefas($conexao);

...

E no final do arquivo trocamos o uso da função buscar_tarefa() pelo mé-

todo com o mesmo nome:

<?php

...

$tarefas->buscar_tarefa($_GET['id']);

$tarefa = $tarefas->tarefa;

$tarefa['nome'] = (isset($_POST['nome'])) ?

$_POST['nome'] : $tarefa['nome'];

...

Com isso, a aplicação já volta a funcionar com mais uma função transformada

em método da classe Tarefas.

13.4

Gravando e editando tarefas dentro da classe

Vamos mover também a gravação de novas tarefas e a edição de tarefas para den-

tro da classe Tarefas. Aqui faremos basicamente os mesmos passos já feitos para

mover a busca de tarefas para dentro da classe. Comece movendo as funções

gravar_tarefa() e editar_tarefa() para métodos da classe, depois remova

o parâmetro $conexao e, por último, troque o uso da variável $conexao pelo

atributo $this->conexao. O método gravar_tarefa() fica assim:

<?php

// Arquivo classes/Tarefas.php

...

class Tarefas

{

...

public function gravar_tarefa($tarefa)

{

$sqlGravar = "

INSERT INTO tarefas

189

13.4. Gravando e editando tarefas dentro da classe

Casa do Código

(nome, descricao, prioridade, prazo, concluida)

VALUES

(

'{$tarefa['nome']}',

'{$tarefa['descricao']}',

{$tarefa['prioridade']},

'{$tarefa['prazo']}',

{$tarefa['concluida']}

)

";

mysqli_query($this->conexao, $sqlGravar);

}

...

E o método editar_tarefa() fica assim:

<?php

// Arquivo classes/Tarefas.php

...

class Tarefas

{

...

public function editar_tarefa($tarefa)

{

$sqlEditar = "

UPDATE tarefas SET

nome = '{$tarefa['nome']}',

descricao = '{$tarefa['descricao']}',

prioridade = {$tarefa['prioridade']},

prazo = '{$tarefa['prazo']}',

concluida = {$tarefa['concluida']}

WHERE id = {$tarefa['id']}

";

mysqli_query($this->conexao, $sqlEditar);

}

...

190

Casa do Código

Capítulo 13. Programando com orientação a objetos

Depois,

basta

alterar

o

uso

das

funções

gravar_tarefa()

e

editar_tarefa() pelos métodos de mesmo nome. No arquivo tarefas.php:

<?php

...

if (! $tem_erros) {

$tarefas->gravar_tarefa($tarefa);

if (isset($_POST['lembrete']) && $_POST['lembrete'] == '1') {

...

E no arquivo editar.php:

<?php

...

if (! $tem_erros) {

$tarefas->editar_tarefa($tarefa);

if (isset($_POST['lembrete']) && $_POST['lembrete'] == '1') {

...

Com isso, temos mais duas funções transformadas em métodos.

Perceba

que o arquivo

banco.php está esvaziando e agora tem apenas a conexao

com o MySQL e mais três funções ( buscar_anexos(), gravar_anexo() e

remover_tarefa()). Dessa forma, estamos movendo toda a lógica relacionada

às tarefas para a classe Tarefas e isso é muito bom, porque fica fácil de encontrar

as regras e mais organizado.

13.5

Usando o MySQLi orientado a objetos

Até agora usamos diversas funções mysqli_ e uma coisa que incomoda um pouco

é ter que ficar passando a variável com a conexão para cada função que precisamos

usar. Seria bem mais interessante se a própria conexão tivesse maneiras de realizar

os comandos SQL, certo?

Por isso o MySQLi possui uma forma orientada a objetos de trabalhar que é bem

interessante e não é difícil de aplicar na nossa aplicação.

191

13.5. Usando o MySQLi orientado a objetos

Casa do Código

Lembra da função mysqli_connect() usada no arquivo banco.php? Ela

retorna a conexão que usamos em todas as outras funções mysqli_ até agora. Esta

linha pode ser substituída pela criação de um objeto da classe mysqli e este objeto

possui os métodos necessários para trabalharmos com o banco de dados.

Para criar o objeto, precisamos do operador new e vamos usar a classe mysqli.

Então, no arquivo banco.php troque a linha que cria a variável $conexao pela

criação do objeto $mysqli:

<?php

$mysqli = new mysqli(BD_SERVIDOR, BD_USUARIO, BD_SENHA, BD_BANCO);

if ($mysql->connect_errno) {

echo "Problemas para conectar no banco. Verifique os dados!";

die();

}

...

Perceba que a verificação do erro de conexão já é feita usando um atributo do

objeto $mysqli e não mais a função mysqli_connect_errno().

Agora, altere os locais que criam um objeto da classe Tarefas para receberem

o objeto $mysqli. Isso acontece nos arquivos tarefas.php, editar.php e

tarefa.php.

Veja como fica no arquivo tarefas.php:

<?php

...

$tarefas = new Tarefas($mysqli);

...

É claro que isso vai refletir nos nossos métodos da classe Tarefas que usam as

funções mysqli_. Então, para acertar a classe Tarefas vamos começar mudando

o atributo $conexao para mysqli:

<?php

class Tarefas

{

192

Casa do Código

Capítulo 13. Programando com orientação a objetos

public $tarefas = array();

public $tarefa;

public $mysqli;

...

Altere também o construtor da classe Tarefas para usar o objeto $mysqli:

<?php

...

public function __construct($novo_mysqli)

{

$this->mysqli = $novo_mysqli;

}

...

E por fim, precisamos apenas trocar o uso da função

mysqli_query()

pelo método

query() do objeto

$mysqli.

Veja como fica o método

buscar_tarefa(), por exemplo:

<?php

...

function buscar_tarefa($id)

{

$sqlBusca = 'SELECT * FROM tarefas WHERE id = ' . $id;

$resultado = $this->mysqli->query($sqlBusca);

$this->tarefa = mysqli_fetch_assoc($resultado);

}

Agora o resultado é obtido usando

$this->mysqli->query(), pois o

mysqli é um objeto que é um atributo da classe Tarefas. Perceba que não mu-

damos o uso da função mysqli_fetch_assoc(), já que ela continua recebendo

um resultado do método $mysqli->query().

Altere os outros métodos da classe

Tarefas

para usar o método

this->mysqli->query() no lugar da função mysqli_query().

Antes de executar a aplicação também é necessário alterar as funções

remover_tarefa(), gravar_anexo() e buscar_anexos() que estão no ar-

quivo banco.php e que ainda não transformamos em métodos da classe Tarefas.

193

13.5. Usando o MySQLi orientado a objetos

Casa do Código

No caso, estas funções ainda recebem como parâmetro a conexão, mas agora vão re-

ceber o objeto $mysqli. Veja como fica a função remover_tarefa():

<?php

function remover_tarefa($mysqli, $id)

{

$sqlRemover = "DELETE FROM tarefas WHERE id = {$id}";

$mysqli->query($sqlRemover);

}

Nesta função mudamos o parâmetro para $mysqli e removemos a função

mysqli_query(), trocando seu uso pelo método $mysqli->query().

Já as funções gravar_anexo() e buscar_anexos() ficam assim:

<?php

function gravar_anexo($mysqli, $anexo)

{

$sqlGravar = "INSERT INTO ... ";

$mysqli->query($sqlGravar);

}

function buscar_anexos($mysqli, $tarefa_id)

{

$sqlBusca = "SELECT * FROM anexos WHERE tarefa_id = {$tarefa_id}";

$resultado = $mysqli->query($sqlBusca);

...

}

Deixei em destaque apenas as linhas mais importantes e que sofreram as mu-

danças para usar o objeto $mysqli. O restante das funções funciona da mesma

maneira que antes.

Estas funções são usadas nos arquivos

tarefas.php,

editar.php e

remover.php.

Então devemos alterar suas chamadas para passar o objeto

$mysqli no lugar da variável $conexao. No arquivo remover.php o uso da

função remover_tarefa() fica assim:

194

Casa do Código

Capítulo 13. Programando com orientação a objetos

<?php

include "config.php";

include "banco.php";

remover_tarefa($mysqli, $_GET['id']);

header('Location: tarefas.php');

Após alterar também as chamadas das funções

gravar_anexo() e

buscar_anexos() a aplicação já poderá ser executada normalmente.

O uso da biblioteca MySQLi como um objeto é interessante pois deixa quase tudo

dentro de um único objeto, em vez de usar várias funções, além de não ser necessário

ficar passando a variável com a conexão para cada função que é chamada.

13.6

Avançando em orientação a objetos

Orientação a objetos é muito mais do que o pouco que mostrei neste livro. A ideia

aqui foi fazer apenas uma introdução para incentivar o leitor a pesquisar mais sobre

o assunto.

Trabalhar com orientação a objetos costuma ser o pesadelo de muitos inician-

tes em programação, mas depois que se entendem os conceitos de classes, objetos

e de comunicação entre os objetos e padrões de desenvolvimento como os famosos

design patterns, percebe-se a importância desde tipo de desenvolvimento de código.

Os mais avançados em desenvolvimento orientado a objetos podem ter encon-

trado diversos pontos de melhoria no código da classe Tarefas, como o fato de ela

ser uma espécie de entidade, um repositório e uma coleção ao mesmo tempo. Mas

não fiquem impacientes! Esta foi apenas uma maneira de mostrar como a orientação

a objetos pode ser útil na centralização e organização de código. A lista de e-mails

desde livro pode e deve ser usada para apresentar implementações diferentes e mais

avançadas.

13.7

MVC e Frameworks

Um conceito importante que infelizmente não coube neste livro é o MVC, que é um

padrão para desenvolvimento de software que separa a aplicação em basicamente três

camadas distintas, sendo que cada uma é responsável por uma função. Neste livro

195

13.7. MVC e Frameworks

Casa do Código

não usamos estritamente o MVC, mas os exemplos foram feitos de forma a manter

as responsabilidades separadas em cada arquivo. Veja que o arquivo banco.php

sempre foi o responsável pelo acesso ao banco, até a classe Tarefas aparecer. Os

arquivos tarefas.php, editar.php e remover.php foram os responsáveis por

receber as requisições do navegador e então decidir o que fazer. E também temos

alguns arquivos que contêm bastante HTML e servem para montar os templates da

aplicação.

No MVC existem três camadas: Model, View e Controller.

A camada Model é a responsável pelas regras de negócio e, em geral, pelo acesso

ao banco de dados ou outras fontes de dados. Podemos meio que fazer uma associ-

ação da Model com nosso arquivo banco.php ou com a classe Tarefas.

A camada Controller é responsável por receber as requisições e decidir o que

deve ser feito com elas. Em geral, o controller usa as models para obter e gravar

dados, e envia informações para que as views exibam dados para quem solicitou.

Já a camada View é responsável por interagir com os usuários exibindo as pági-

nas (as views também podem conversar com outros sistemas através de linguagens

como XML e JSON).

Existem ferramentas que implementam o MVC e facilitam e uniformizam o tra-

balho dos desenvolvedores. Estas ferramentas são os frameworks.

Em geral um framework já vem com diversas diretrizes para desenvolvimento,

como onde colocar um controller, como fazer uma view, uniformização de acesso aos

diversos bancos de dados, ajudantes para envio de e-mails, validação de formulários,

camadas de segurança etc.

Existem diversos frameworks para PHP, cada um com seu foco e seu público.

Fica aqui uma lista com alguns frameworks PHP:

• CodeIgniter — leve, rápido e fácil de aprender. Bom para aplicações menores.

• Laravel — uma das estrelas do mundo PHP atualmente. Usado para a pro-

dução de projetos pequenos e grandes. Sua biblioteca de banco de dados é

bastante elogiada.

• CakePHP — um dos mais conhecidos e utilizados de pequenas a grandes apli-

cações.

• Zend Framework — framework oficial da Zend, cheio de recursos e um dos

preferidos das empresas para grandes aplicações.

196

Casa do Código

Capítulo 13. Programando com orientação a objetos

• Symfony — um dos mais robustos, bastante usado para grandes aplicações.

Experimente conhecer dois ou três frameworks. Tente fazer a aplicação das ta-

refas em cada um deles e veja como eles tratam o acesso ao banco, como fazem o

upload de arquivos etc.

É sempre bom conhecer alguns frameworks para poder escolher na hora de criar

uma nova aplicação, além de aprender com os detalhes de cada um.

13.8

Resumo

Neste capítulo foi apresentada uma pequena introdução à programação orientada a

objetos. Conseguimos criar uma classe Tarefas que passou a servir de centrali-

zadora para os trechos de código responsável por lidar com as tarefas no banco de

dados. Também alteramos a utilização do MySQLi para sua forma orientada a obje-

tos e centralizamos o acesso ao banco no objeto $mysqli em vez de usar diversas

funções.

Orientação a objetos é um tópico bastante extenso e vale a pena entender mais

profundamente, pois grande parte dos softwares PHP (e de outras linguagens) a utili-

zam para criar sistemas grandes ou pequenos de forma mais organizada e facilitando

a manutenção.

Também foi feita uma pequena introdução a conceitos como MVC e fra-

meworks, que também são tópicos que rendem boas horas de estudo e calorosas

discussões entre desenvolvedores.

13.9

Desafios

Agora mais alguns desafios, dessa vez para treinar orientação a objetos.

• Transforme as funções

buscar_anexos(),

gravar_anexo()

e

remover_tarefa() em métodos da classe Tarefas.

• Mova a validação dos formulários de criação e edição de tarefas para dentro da

classe Tarefas. Este é mais complexo, pois você deve retornar as mensagens

de erro, caso necessário.

• Crie uma classe Contatos e transforme as funções de manipulação do banco

de dados em métodos desta classe no projeto dos contatos.

197

13.9. Desafios

Casa do Código

• No projeto do estacionamento crie uma classe Veiculos que será responsá-

vel por manipular os dados dos veículos no banco de dados.

• Escolha um dos frameworks listados e tente recriar a aplicação das tarefas

nele. Uma dica é fazer a aplicação de exemplo que em geral existe no manual

de casa framework. Quase sempre esta aplicação de exemplo é um blog, o que

envolve diversos recursos.

198

Capítulo 14

Proteção e ajustes

Este é um capítulo bônus que não poderia ficar de fora deste livro.

Existem diversas formas de ataques a sites e aplicações web e, quando colocamos

nosso código online, corremos o risco de receber algum tipo de ataque para quebrar a

segurança de nossas aplicações e roubar informações — ou mesmo para transformar

nossas aplicações em robôs que enviam spam ou outros tipos de ameaças virtuais.

Um dos tipos mais comuns de ataque é a SQL Injection, com a qual o atacante

consegue burlar o acesso ao banco de dados da aplicação e, em geral, consegue apagar

todos os dados.

Nossa aplicação das tarefas está vulnerável a este tipo de ataque, pois um usuário

poderia digitar um pouco de SQL em alguns de campos. Experimente cadastrar uma

tarefa chamada Assistir 'Star Wars' e você verá que ela não será cadastrada.

Isso acontece pois montamos o código SQL usando o apóstrofo para delimitar

nossos campos de texto e, quando colocamos mais um apóstrofo no nome da tarefa,

o código SQL é gerado incorretamente. Isso é ruim, certo?

14.1. Protegendo-se contra SQL Injection

Casa do Código

14.1

Protegendo-se contra SQL Injection

Para proteger nossa aplicação precisamos escapar os caracteres que podem ser usa-

dos para compor código SQL, como é o caso de aspas e apóstrofos.

Para

escapar

esses

caracteres,

devemos

usar

a

função

mysqli_real_escape_string()

ou o método

escape_string()

da

classe mysqli.

Veja como fica o método gravar_tarefa() da classe Tarefas, no arquivo

classes/Tarefas.php:

<?php

class Tarefas

{

...

public function gravar_tarefa($tarefa)

{

$nome = $this->mysqli->escape_string($tarefa['nome']);

$descricao = $this->mysqli->escape_string($tarefa['descricao']);

$prazo = $this->mysqli->escape_string($tarefa['prazo']);

$sqlGravar = "

INSERT INTO tarefas

(nome, descricao, prioridade, prazo, concluida)

VALUES

(

'{$nome}',

'{$descricao}',

{$tarefa['prioridade']},

'{$prazo}',

{$tarefa['concluida']}

)

";

$this->mysqli->query($sqlGravar);

}

...

Perceba que os dados que contêm textos foram colocados em variáveis que são

200

Casa do Código

Capítulo 14. Proteção e ajustes

os retornos do método $mysql->escape_string().

Escapar um texto é algo mais ou menos assim:

O texto era isso Assistir 'Star Wars' e virou isso Assistir \'Star

Wars\'. Dessa forma, o MySQL trata o apóstrofo como um apóstrofo mesmo e não

como um delimitador de campos de texto.

14.2

Exibindo campos com aspas

Agora que já estamos fazendo o escape de nossos campos de texto para o banco, um

novo problema aparece. Experimente adicionar uma tarefa chamada Assistir “Star

Wars” e você verá que o cadastro acontece normalmente.

Agora tente editar esta tarefa e você verá que o campo nome aparece apenas com

o texto Assistir. Isso está acontecendo pelo fato de o HTML gerado ser assim:

<input type="text" name="nome" value="Assistir "Star Wars"" /> Veja que as aspas antes da palavra Star estão finalizando o atributo value da

tag input, por isso o restante do texto não aparece dentro do campo.

Para resolver este problema, precisamos transformar as aspas em caracteres es-

peciais de aspas que o HTML entende. Isso não é a mesma coisa que o escape de

strings, mas segue uma ideia semelhante para não deixar que templates HTML que-

brem.

A representação de aspas para HTML é o texto " e em PHP existe uma

função que traduz todos os caracteres especiais do HTML em suas representações

HTML. Esta função é a htmlspecialchars(). Veja como fica para exibirmos cor-

retamente o nome das tarefas no formulário que está no arquivo formulario.php:

<input type="text" name="nome" value="<?php

echo htmlspecialchars($tarefa['nome']);

?> " />

Após esta alteração, o código HTML do campo será gerado assim:

<input type="text" name="nome" value="Assistir "Star Wars"" /> Veja que as aspas foram alteradas para $quot;.

201

14.3. Resumo

Casa do Código

14.3

Resumo

Este foi um capítulo pequeno mas extremamente importante! Nele, foram exibidos

dois conceitos muito importantes do desenvolvimento web, sendo um deles a prote-

ção contra SQL Injection e o outro, o tratamento da geração de HTML para evitar

quebras de campos e templates.

Além do SQL Injection, existem outros tipos de ataques como XSS e CSRF e

estes tópicos merecem um estudo mais aprofundado.

Uma dica legal é que, em geral, os frameworks tratam destes tópicos, então este

é mais um motivo para pesquisar mais sobre eles.

14.4

Desafios

E aqui estão mais alguns desafios!

• Faça o tratamento contra SQL Injection em toda a aplicação das tarefas.

• Faça o tratamento da exibição dos campos de texto da aplicação das tarefas.

• Faça o tratamento contra SQL Injection e o tratamento da exibição dos campos

de texto da aplicação dos contatos e também do estacionamento.

202

Capítulo 15

Ao infinito... E além!

E aqui chegamos ao fim desde livro, mas não ao fim dos estudos!

Para aprender a dirigir automóveis é necessário praticar por várias horas. O

mesmo é válido para quem quer aprender a tocar um instrumento musical ou para

quem quer dominar algum tipo de arte ou tecnologia.

É claro que com programação não é diferente. Para se tornar um bom progra-

mador é necessário praticar. E quanto mais se pratica, mais se aprende.

Invente novos problemas para resolver, pois assim você se torna o primeiro usuá-

rio de suas aplicações. Crie um organizador de tarefas, um gestor para a sua coleção

de livros, uma agenda digital, um clone do Twitter etc. O importante é continuar

praticando.

15.1

Onde posso buscar mais informações?

A internet é bem vasta e as vezes é complicado achar bons conteúdos, por isso deixo

aqui algumas sugestões de onde buscar ajuda e procurar informações.

15.1. Onde posso buscar mais informações?

Casa do Código

Para saber mais sobre os recursos do PHP visite a documentação oficial em http:

//php.net/docs.php. Tem também a versão em português aqui http://www.php.net/

manual/pt_BR/index.php.

Um site que tem muita informação importante sobre as melhores práticas para

PHP é o http://www.phptherightway.com/. Existe também uma versão em portu-

guês aqui http://br.phptherightway.com/.

Participe da lista de discussão do livro. Lá você pode tirar suas dúvidas, ajudar

quem está passando por problemas diferentes e ainda conhecer pessoas interessadas

no mesmo assunto, o que pode turbinar seu aprendizado. A lista está neste endereço:

https://groups.google.com/forum/#!forum/phpemysqlcasadocodigo

Uma boa ideia é participar também de comunidades maiores como o GUJ –

http://www.guj.com.br. Lá tem pessoas conversando sobre várias linguagens e tec-

nologias e é possível aprender muito participando desde tipo de grupo.

Fique de olho no site da Casa do Código – http://www.casadocodigo.com.br –

para saber dos últimos lançamentos.

Vale lembrar que você pode baixar todos os exemplos usados no livro. Eles estão

no GitHub em https://github.com/InFog/phpmysql

Bons estudos e sucesso!

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